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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

BOM ÂNIMO E SABEDORIA

Ter bom ânimo é ter um espírito focado na fé, esperança e no amor, tudo isto em Confiança no amor de Deus por nós.

Esse bom ânimo é uno em seu olhar e sentir, pois, Tiago diz que o homem de ânimo dobre, duplo, não tem bom ânimo, sendo essa a razão dele ser inconstante em todos os seus caminhos.

Bom ânimo, para Paulo, era poder suportar tudo sem perder a exultação da esperança; como quando nada tendo, ainda assim se sentia possuindo tudo; ou quando atentava não para as coisas que se vêem, mas nas que se não vêem, pois as que se vêem são temporais, e as que se não vêem, são eternas.

Jesus sempre interrompia os medos com o brado de “tende bom ânimo”!




Tiago diz que esse ânimo uno, e não dobre, pode ser adquirido mediante a oração, pois, se alguém pede e não duvida em seu coração, por esse exercício de fé, de não-dúvida, ele está dando o primeiro passo para um sentir uno. Onde há fé não há espírito dobre. E onde este está, ali a fé não fez ainda morada.

O fruto de um ânimo uno e que caminha sem dúvida, embora não saiba nada, sendo este o supremo exercício da confiança como bem existencial, é que por meio desse único foco, o espírito aprende a sabedoria, visto que esta é resultado da simplicidade que, sem conflito algum, ouve, vê, entende, espera, confia, e jamais dúvida do amor de Deus.

O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, porém, seu melhor fruto, é que por ele seu possuidor ganha a serenidade da sabedoria. Ou seja: um bom ânimo!



Nele, em Quem só é possível ter bom ânimo,




Caio

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

OS PERDIDOS QUE SABEM OU QUASE SABEM...

Nas parábolas de Mateus 15 e 16 Jesus descreveu em cada uma delas muitos ângulos diferentes da condição humana em sua perdição, tanto quanto também expressou o modo redentivo do Pai agir em relação á alienação humana em cada um desses casos.

Inicialmente temos a Ovelha Perdida. É o ser humano que se atabalhoou no caminho e perdeu a direção, o sentido da vida; ou seja: o caminho do Pastor. Nesse caso, não se trata de rebeldia, mas de distração e tolice; o que frequentemente faz com que homens/ovelhas venham a alienar-se da vereda, do passo, do sentido do Evangelho, da obediência a Jesus; e, também, do vínculo fraterno/humano tão útil a manter-nos andando [...] tendo uns aos outros como admoestadores na caminhada. Trata-se, portanto, da distração que gera o desgarrar fraterno e a comunhão; e isso por razões diversas, muitas delas vinculadas à perda do foco em razão de relacionamentos sem vínculo com a fraternidade da fé; ou, também, pelo envolvimento excessivo com companhias que nos fazem abandonar o interesse pela Palavra e pela comunhão humana em torno da Palavra da fé.

Então, temos a Dracma Perdida. Em tal caso, na maioria das vezes, tem-se a alma humana que se perde em estado de alienação de si mesma, inconscientemente; posto que a dracma, pela sua própria natureza, tenha se “perdido dentro da casa”; e isto por não se conhecer, por não saber de si mesma... É o caso dos que têm grande valor pessoal, mas que desconhecem o significado de sua própria existência; os quais acabam ficando jogados dentro do ambiente familiar da fé, mas sem que se saiba de seu estado de perdição pessoal; e, semelhantemente à inconsciência da “dracma”, tal pessoa não se sabe perdida, posto que não reflita sobre seu próprio estado em razão da inconsciência espiritual. Em geral isto acontece muito com “crentes e seus filhos”; ou seja: com os que se habituaram à “religião como casa”; os quais, depois de um tempo, desaparecem em seu significado espiritual diante de Deus pela impressão de “pertencimento” ao ambiente da “casa”.

Tem-se, então, o Filho Pródigo. Ora, esse tal é aquele que se rebelou contra o amor do Pai, e julgou na sua adolescência espiritual que viver com o Pai é equivalente a “limites e castrações”. Trata-se daquele que se vai por deliberação, que se aliena com a sensação de esperteza, que se distancia a fim de “viver sua liberdade” como expressão de libertinagem contra o amor santo.

Depois aparece o Irmão Mais Velho. Sim, aquele perdido que pensa que está dentro da vontade de Deus pelos seus atos de obediência forçada e legalista, mas que nunca teve vida ou intimidade com o Pai; sendo ele próprio apenas um pecador que habita as proximidades [...], embora sua alma invejosa viaje longe do coração de Deus; ainda que, ele mesmo, jamais tenha a coragem de estabelecer o que habita seu coração como decisão de comportamento. Assim, torna-se magoado, judicioso e extremamente perdido do amor do Pai, especialmente pela sua raiva dos pecadores “sinceros na sua rebelião assumida”.

Por último, tem-se aquele que se dedica aos negócios do reino, mas que é Um Administrador Infiel. Estes equivalem aos pastores, sacerdotes e agentes supostamente explícitos do reino, mas que perderam a fidelidade, e, assim, tornaram-se ladrões e enganadores, fazendo do reino um “negócio” pessoal; e, portanto, explorando o povo e defraudando o Evangelho. Sim; são os pecadores malandros; os quais esquecem que haverá o dia do acerto de contas; embora, eles mesmos, pelo vício administrativo e mistrativo [...] pensem estarem para além do perigo, julgando que exista uma dependência de Deus em relação a eles [...] — portanto, criando tal engano em suas mentes uma espécie de permissão para o ágio, para o adicional de gestão, para a exploração como “direito”; até que chega dia...

Para cada um desses “perdidos” o tratamento de Deus é diferente.

A Ovelha Perdida é “procurada”, pois, perdeu-se pela tolice e pela imaturidade.

A Dracma Perdida precisa ser buscada, posto que não tenha autodeterminação para achar-se.

O Filho Pródigo tem que arrebentar-se antes de tudo [...]; pois, sem que sofra a falência, jamais cairá em si e voltará; e mais: ele tem que voltar boa parte do caminho sozinho.

O Irmão Mais Velho poderá ser salvo pelo ciúme da Graça; sim, esta será a sua melhor chance; isso se ele aceitar seu estado de perdição [...] embora enganado pela falsa ideia da salvação como profissão e gestão espiritual, moral e legal. Do contrário, morrerá na casa do Pai sem conhecer a Sua Graça jamais.

O Administrador Infiel somente é salvo pela vergonha e pela possibilidade da revelação pública de seu estado de falsidade e infidelidade. São aqueles que somente são salvos pelo escândalo de suas vidas.

Concluo perguntando:
Quem é você em relação aos arquétipos acima mencionados?

A Ovelha Perdida se afastou alienadamente do caminho e o Filho Pródigo deliberou tal ato em estado de revolta.

Os demais [...], a Dracma, o Pródigo, o Irmão Mais Velho e o Administrador Infiel [...], não foram para “longe” de nada; perderam-se dentro da casa; sim, perderam-se sem expressão notória de seus estados de alienação.

É sutil assim o caminho da perdição de quem se julga “pertencendo”!

A Ovelha tinha Pastor...

A Dracma tinha uma dona que a ela atribuía grande valor [...], mas a Dracma existia em estado de inconsciência no ambiente de sua proprietária...

O Pródigo sabia que tinha um Pai bom...

O Mais Velho tinha Pai, mas vivia como um órfão amargurado...

O Administrador Infiel nunca fora a lugar algum, mas jamais se entregará fielmente a nada...

Assim, vemos que tolice/ingênua, alienação, rebeldia, raiva invejosa, malandragem e perspectiva de controle — habitam os casos clássicos de perdição da alma no ambiente do convívio com a Palavra e com o Santo.

Olhe para você mesmo e pergunte-se:
Quem sou eu?


Nele, que deseja dar festas de amor pelo nosso encontro, ou pelo nosso regresso, ou pela nossa esperteza de buscar graça na nossa vergonha flagrada,


Caio

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Uma breve reflexão sobre dízimos e ofertas nas Igrejas Brasileiras

Hoje, “Dízimos e Ofertas” é conforme o Novo Testamento, quando Paulo dá os princípios da contribuição solidária, voluntária, amorosa e alegre e não para a Casa do Tesouro (Mal. 3:10), hoje na GRAÇA não existe mais tal ordenança, pois afinal não somos o Templo de Jerusalém e nem somos tributados para mantê-lo já que não somos judeus pós-exílio.
Israel era uma teocracia, (Governo em que o poder está na mão do clero), os sacerdotes Levíticos atuavam como um governo civil. Assim, o dízimo Levítico (Levítico 27:30-33) foi um percussor do imposto de renda de hoje, visto que era um segundo dízimo anual requerido por Deus para suprir uma festa nacional (Deuteronômio 14:22-29). Taxas menores foram também impostas ao povo pela lei (Levítico 19:9-10; Êxodo 23:10-11). Assim, a doação total requerida dos Israelitas não era 10 por cento, mas mais do que 20 por cento. Todo esse dinheiro era usado para colocar a nação em funcionamento.
Hoje o Templo (Igreja, casa de Deus, ou seja lá o que for) é o Ser Humano.

Não fazemos distinção entre dízimos e ofertas, pois ambos são ações voluntárias baseadas em auto-compromisso com a fé generosa.
A sua contribuição também pode ser direcionada aos orfãos e as viúvas e a todos os necessitados… O foco é dar sempre prioridade à gente e não à coisas.
Se o dízimo levítico fosse de fato adotado pelas igrejas evangélicas, a cada 3 anos não deveria ser recolhido no Templo e sim distribuído entre os pobres da terra, como manda o Pentateuco, neste ponto ninguém percebe né?!?

O dízimo não pode enriquecer a Igreja/Instituição e MUITO menos seus pastores, (mostre algum pastor rico nas escrituras) o salário do trabalhador da obra missionária era o sustento BÁSICO (viagem, alimentação e hospedagem quando necessária).
ESSA RIQUEZA DOS PASTORES EVANGÉLICOS NÃO EXISTE BASE BÍBLICA NEO TESTAMENTÁRIA.
O dinheiro que chega numa comunidade deve ser “desperdiçado” na direção da obra de Deus na terra, que é o Ser Humano!

O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e tais ‘apóstolos’ e ‘pastores’ da ganância enganam com falsas promessas de que você poderá receber de volta “uma benção tal” de Deus…
…aí que o povo se enreda nesta mentira milenar.

Hoje, na Graça, é recomendado ofertar somente aos que ajudam pessoas necessitadas e trabalhos sociais sérios, e quem faz este ato, deve fazer isso com alegria e amor, você não é obrigado a nada!
Muito menos dar o dízimo, pois depois da morte de Cristo a lei de Moisés foi abolida.
Os versículos no Novo Testamento (MT 23:23 e Hebreus 7:8) não justificam o dízimo nos nossos dias.
Mt 23:23 – Jesus Cristo estava vivo e ainda sobre vigência da Lei de Moisés (e neste contexto) conversava com os mestres da Lei, (Fariseus).

Jesus recomenda praticar os seus próprios costumes e afirma o que era mais importante (misericórdia, justiça)
Depois da sua morte e ressureição é estabelecido o Novo Testamento. Neste contexto de MT 23:23 ainda era o Velho Testamento!
O texto diz: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.”
Este texto que é a “fonte” dos líderes mal intencionados não é base para validar o dízimo nos dias da GRAÇA.
Se assim fosse o próprio Jesus estaria se contradizendo na parábola do fariseu e do publicano. Um era “dizimista” e dizia ser justo, o outro não dizimista, publicano, pediu misericórdia pelos seus pecados, e quem saiu justicado? – O publicano!

Não leve a escritura ao pé da letra e sim no Espírito de Vida que é se harmonizar com o ser humano para sua liberdade e crescimento em fé!
Hebreus 7:8 o Autor da carta faz uma analogia com o passado, se você ler o contexto e entenderá melhor…
Alguns defendem o dízimo dizendo que era antes da Lei.
Ok, mas e ai?

Pouco importa, pois o que vale é a recomendação de Jesus e seus apóstolos, leia II Cor. 9.
A questão é que sua voluntariedade pode ultrapassar os 10% da Lei, na GRAÇA podemos nos doar sem limites, mas o mais importante é que seja com amor e alegria, “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.” I Coríntios 13.3

Deus abençoe!


Daniel Innocente

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