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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer

O grande dilema de alguns é a morte. Acredito que a maioria dos cristãos tem medo de morrer e muitos não estão preparados pra isso, mesmo assim, querem ir pro céu.

Cristãos falam do céu, da vida eterna, do paraíso, da ressurreição... mas qualquer budista está mais preparado para a morte do que a maioria de nós. Qualquer indiano está mais preparado para morrer, qualquer muçulmano está mais preparado para morte do que a maioria dos cristãos.

A maioria de nós não aceita a morte, não quer morrer. Parece que o grande sonho da maioria dos cristãos é ser "arrebatado" só pra não experimentar a morte, ou quem sabe para ter uma entrada VIP no céu, mas o grande dilema é:

Todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer.

Quando nós estamos muito ligados a este mundo, as coisas e pessoas daqui, realmente não queremos partir. Mas pode ser também porque falta fé para acreditar que depois da morte existe o paraíso com Cristo, ou quem sabe exista uma réstia de dúvida se realmente é para o paraíso que iremos. O fato é que não existe na terra um povo com mais medo da morte do que os cristãos.

Se vc perguntar para um muçulmano se ele está disposto morrer pelas coisas que ele acredita a resposta é um sonoro e firme SIM. Se esta mesma pergunta fosse feita a vc e a mim, e soubessemos que seríamos cobrados pela nossa resposta, o que iríamos responder?

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho."
Felipenses 1:21

Pense nisso!

O semeador saiu a semear

Sempre gostei de parábolas, que são as narrações alegóricas que Jesus usava muito, porém o ensino por parábolas não foi invenção de Jesus. Era uma das formas didáticas da época e ele soube aproveitar os costumes para que suas lições fossem melhor entendidas.

A parábola do semeador mostra 4 situações.

"O semeador saiu a semear". Mateus 13:3. - Quando o agricultor colocava as sementes em uma peneira e as jogava por sobre o ombro par trás. Assim se semeavam grandes campos. Não havia covas individuais. Por isso:

1) Algumas caíram ao lado da estrada, porque o vento as teria levado para fora da área a ser cultivada. Foi pisada e comida por pássaros. ESTAVA FORA DO LOCAL DE DEUS.

2) Outro grupo de sementes caiu sobre local onde havia pouca terra e pouca umidade. Quis germinar, mas logo depois acabou morrendo porque a terra não era profunda, quando veio o sol a queimou e secou, PORQUE NÃO TINHA RAÍZ.

3) A terceira coleção de sementes foi abafada pelos espinhos e morreu. SUFOCADA PELOS ESPINHOS.

4) Finalmente um grupo caiu em terra fértil e produziu muito. A mil frutos por semente. DEU BOA COLHEITA.


SOMOS SEMENTES ? - Somos a semente que foi comida por pássaros? Ou a semente que não prosperou na sua germinação? Ou a semente que foi sufocagada pelos espinhos? Ou somos a semente fértil que está produzindo e dando boa colheita?

SOMOS SOLO ? - Podemos também ser os solos. O solo a beira do caminho nas margens da vontade de Deus? Ou as pedras onde não germinam nada, sem terra e sem umidade? Ou quem sabe o local de espinhos, que sufocam os outros com nossas regras? Ou quem sabe somos o solo fértil, a "boa terra"?

Que Deus faça brotar em nós o real conhecimento de quem verdadeiramente somos.

Texto: Buscai o Reino

Você vive querendo se defender?

Nascemos com o desejo de nos defender de tudo. E caso insista em defender a si mesmo, Deus permitirá que você o faça. Porém, se você entregar sua defesa a Deus, então Ele o defenderá. Ele disse a Moisés certa vez: “Serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários.” - Êxodo 23:22

Quando você pensar em se defender, não faça isso, não precisa lutar. O Senhor é quem luta por você. Ele será o inimigo dos seus inimigos e adversário de seus adversários, e você nunca mais precisará defender a si mesmo.

Porque nos defendemos? Tentamos defender nossa reputação. Sua reputação é o que os outros pensam que você. Caráter é o que você realmente é, portanto devemos nos preocupar mais como nosso caráter do que com nossa reputação.

Se deixarmos isso pra Deus, voltar completamente ao Senhor, ele o defenderá completamente e providenciará para que ninguém lhe cause dano. “Toda arma forjada contra ti não prosperará”, diz o Senhor, “toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás.” - Isaías 54:17

Henry Suso foi um grande crente em dias passados. Um dia, ele estava buscando o que alguns crentes têm-me dito que também estão buscando: conhecer melhor a Deus. Vamos colocar isso nestes termos: você está procurando ter um despertamento no íntimo de seu espírito que o leve para as coisas profundas de Deus. Quando Henry Suso estava buscando a Deus, pessoas começaram a contar histórias más sobre ele, e isso o entristeceu tanto que ele chorou muito e sentiu grande mágoa no coração.

Então, um dia, ele estava olhando pela janela e viu um cão brincando no terraço. O animal tinha um trapo que jogava por cima de si, e tornava a alcançá-lo apanhando-o com os dentes, e corria e jogava, e corria e jogava muitas vezes. Então Deus disse a Henry Suso:

“Este trapo é sua reputação, e estou deixando que os cães do pecado rasguem sua reputação em pedaços e a lancem por terra para seu próprio bem. Um dia desses, as coisas mudarão”.

E as coisas mudaram. Não demorou muito tempo até que os indivíduos que estavam atacando a reputação de Suso ficassem confundidos, e ele foi elevado a um lugar que o transformou numa autoridade em seus dias e numa grande bênção até hoje para aqueles que cantam seus hinos e lêem suas obras.

Preocupe-se com seu caráter, deixe o resto para Deus cuidar.

Abraço a todos

EM CRISTO, que leva sobre si todas as nossas imperfeições.

Buscai o Reino

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pastores que oprimem

jornalista Marília Camargo César
Autora do livro Feridos em nome de Deus, a jornalista Marília Camargo César falou sobre as dimensões que o abuso espiritual pode ter na vida de fiéis submetidos a lideranças eclesiásticas autoritárias. “Mas é possível identificar o problema e lidar com suas consequências”, diz, nesta entrevista a CRISTIANISMO HOJE:

CRISTIANISMO HOJE – A senhora diz que a motivação para escrever o livro foi um caso de abuso espiritual que presenciou. Fale sobre essa experiência.

MARÍLIA CAMARGO CÉSAR – Não fui, particularmente, machucada por pastores, porque não andava rotineiramente muito próxima deles, embora convivêssemos bem. Mas testemunhei, na vida de amigos próximos, o estrago que o convívio com nossas antigas lideranças produziu. Muitas histórias de abuso começaram a aparecer depois que um dos pastores de nossa antiga comunidade afastou-se por motivo de saúde. Pessoas que caminhavam bem perto daquele líder começaram a contar histórias tenebrosas de abuso de poder, manipulação psicológica e tirania explícita. As vítimas de abuso eram pessoas adultas e com uma boa formação socioeconômica, por isso eu não conseguia entender como haviam se deixado manipular daquele jeito, só tendo coragem de denunciar o que havia depois que ele se afastou.


Qual foi o caso mais grave de abuso que a senhora conheceu enquanto escrevia o livro?

Foi o caso de uma jovem que sofria de uma doença degenerativa rara – miastenia gravis – e que foi simplesmente massacrada por sua congregação porque não alcançou plenamente a cura. Além desse problema, ela foi levada a crer, pelo pastor, que deveria orar e investir num relacionamento afetivo com um rapaz da igreja, situação que acabou lhe causando enorme constrangimento quando ele apareceu na igreja com uma nova namorada. De certa forma, foi bom para ela, porque o embaraço serviu-lhe para mostrar o nível de adoecimento daquela comunidade, o nível de fundamentalismo que praticavam, e isso acabou por abrir os seus olhos. Ela saiu da igreja e, até onde eu sei, não fez parte de nenhuma outra congregação desde então.


Em sua opinião, quais são os principais tipos de abuso espiritual e suas características?

O livro fala de abuso de poder, de abuso financeiro, mas mostra as nuances do abuso que julgo mais sutil e difícil de identificar, mas bastante devastador da mesma forma, que é o abuso de ordem psicológica ou emocional. O líder impõe sua visão de mundo sobre a ovelha, e esta a aceita como uma ordem divina que precisa ser obedecida, sob pena de punição. O pastor diz, por exemplo, que o discípulo deve casar-se com determinada pessoa, porque teve uma “visão” de que esta era a vontade de Deus para a sua vida. Não importa que não haja, a princípio, nada em comum que possa unir aquele casal. E o fiel obedece. O pastor fala para uma mulher que apanha sistematicamente de seu marido que ela deve fidelidade a ele, porque isso é bíblico. Ou então fala para uma pessoa com uma doença grave que ela ainda não foi curada porque está fraquejando na fé. Todos esses são exemplos reais de pessoas que só se recuperaram emocionalmente após muitas horas de psicoterapia. E, claro, após deixarem essas igrejas.


E por que as pessoas deixam a situação chegar a tal ponto?

Depois de escrever o livro, compreendi que, quando acreditamos estar sofrendo alguma coisa por amor a Deus, aguentamos as piores humilhações. Aquelas pessoas acreditavam, sinceramente, que estavam sendo disciplinados por profetas do Senhor para o seu próprio bem e crescimento espiritual, quando na verdade estavam sendo é espezinhados emocionalmente.


Como os abusos podem ser evitados?

Maturidade espiritual não é alguma coisa trivial, que se alcance da noite para o dia. É preciso uma longa caminhada, tolerância e paciência; o fiel precisa estar bem acompanhado – e aí se incluem lideranças maduras, com uma boa formação, saudáveis física, psicológica e teologicamente, que possam ensinar um cristianismo autêntico, vivo e não-fundamentalista. É preciso também cercar-se de amigos verdadeiros, que nos apoiem e não fiquem nos julgando quando falamos aquilo que estamos sentindo, por mais horrível que isso possa ser.

Fonte: Revista Cristianismo Hoje

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Características de uma Igreja Orgânica

Embora não seja fácil descrever com exatidão o que seja uma igreja orgânica para alguém que não seja membro de uma, existem certas características que as distinguem:

A forma da igreja

A forma de uma igreja orgânica expressa a própria vida da igreja — tal como a forma do corpo humano expressa a vida do homem. As igrejas orgânicas não surgem a partir de estatutos, cargos e/ou de clérigos. Surgem de relacionamentos entre pessoas que amam a Jesus Cristo.

O clero

Não há clero nem ministro profissional nas igrejas orgânicas. Elas não reconhecem uma classe separada de clérigos para energizar os “leigos”. Nenhum cristão é leigo. Cristo energiza a todos e cada um energiza o outro.

A participação dos membros nas reuniões da igreja

As igrejas orgânicas permitem e encorajam todos os cristãos a funcionarem ativamente nas reuniões da igreja. Não apenas os “ministros” atuam privilegiadamente nos cultos. Todos os membros são sacerdotes ativos.

A idéia e visão de igreja

As pessoas nas igrejas orgânicas não associam “igreja” a um edifício-templo. Elas não vão à igreja – elas, juntas, são a igreja. Isto não é apenas uma teologia. Os membros experimentam isto de fato.

Os locais de reuniões

As reuniões ocorrem principalmente nos lares dos seus membros. Porém, onde estiverem dois ou três em nome de Jesus, ali é um local de reunião da igreja. Há também reuniões maiores com várias igrejas orgânicas juntas em outros locais maiores (sítios, auditórios etc.).

O que une a igreja

Os membros estão unidos unicamente em função de Cristo nas igrejas orgânicas. Não em função de um conjunto de tradições ou doutrinas.

O que sustenta a igreja

As igrejas orgânicas são sustentadas por relacionamentos construídos em Jesus Cristo. Não dependem de um prédio. Não há salário de clérigos. Os recursos financeiros são gastos com os pobres (principalmente os “entre vocês”) e na obra missionária.

O crescimento

Uma igreja orgânica cresce naturalmente por atrair pessoas. Não faz campanhas evangelísticas, embora seus membros evangelizem individualmente ou em pequenos grupos de dois ou três. Quando o número de pessoas se torna grande demais para caber num lar, elas simplesmente se dividem em duas. Esse tipo de crescimento é o mesmo observado em organismos vivos — suas células se multiplicam.

O foco principal

O foco de uma igreja orgânica está em possuir Jesus Cristo corporativamente, em uma comunidade face a face. Tudo mais surge a partir disto. Não está preocupada com a frequencia aos cultos, ou com os prédios da igreja, nem com orçamentos (elas não possuem os dois últimos).

O calendário anual

As igrejas orgânicas passam naturalmente pelas estações do ano. Não estão ligadas a calendários rituais.

Os dons espirituais

Nas igrejas orgânicas, os dons não são vistos como ofícios, mas sim como funções. Eles emergem naturalmente e organicamente, com o tempo. Eles crescem “do solo”, e as pessoas que recebem os dons de Deus não são intituladas, nem recebem mandatos.

O relacionamento entre os membros

Em uma igreja orgânica existe uma comunidade fortemente unida. Os membros são como uma família uns para os outros. Eles vivem uma vida compartilhada em Cristo. Eles se conhecem profundamente, compartilham refeições e não se veem apenas nos cultos da igreja.

A liderança

A liderança surge a partir do corpo. Plantadores de igreja equipam os santos no início da igreja, e presbíteros (quando surgem) supervisionam a igreja juntos.

A tomada de decisões

As decisões são tomadas por todos, em consenso. Não somente pelos ordenados ou por um conselho de ministros.

Os pastores

Pode existir mais de um pastor em cada igreja. Os pastores, nas igrejas orgânicas, são aqueles membros que possuem dons de pastoreio e cuidam do rebanho. Não são ordenados, mas reconhecidos pelo seu amor, integridade, sabedoria e conhecimento bíblico.

Fonte: Igreja Orgânica.

Igreja nos lares: uma tendência crescente nos EUA

Depois de muitos anos operando fora do radar, a Igreja nos lares começa a chamar a atenção da Igreja institucional e da mídia secular. Somente nesta semana que passou, o jornal USA Today, a CBS, o Denver Post e a Yahoo! News publicaram reportagens a respeito da Igreja nos lares nos EUA. Abaixo, o resumo de uma delas:

De acordo com os analistas, a Igreja nas casas é parte de uma mudança fundamental na maneira como os cristãos vêem a Igreja nos EUA. Esqueça os sermões, os edifícios grandes e caros, as multidões de desconhecidos – dizem eles. A Igreja nas casas é fundamentada em relacionamentos construídos em grupos pequenos.

“Penso que parte do atrativo para algumas pessoas é que o movimento da Igreja nas casas é fruto de um desejo de retornar à uma expressão mais simples de Igreja” – disse Ed Stetzer, professor de seminário bíblico e presidente do Instituto de Pesquisas LifeWay, afiliado à Igreja Batista do Sul. Para muitos, “a Igreja se tornou um tipo de negócio e eles só estão interessados em viver aquilo que a Bíblia descreve.”

Ao invés de um edifício, muitos cristãos americanos agora se congregam em igrejas nas casas. Ao contrário dos templos, onde os congregantes participam de cultos programados e escutam sermões, as igrejas nas casas consistem de grupos de doze a quinze pessoas que compartilham o que está acontecendo em suas vidas, sempre buscando direção nas Escrituras.

A Igreja nas casas é mais comum em países onde o Cristianismo não é a religião predominante. Mas os organizadores afirmam que este tipo de igreja está começando a se tornar popular nos EUA.

Os participantes dizem que a Igreja nas casas é uma espécie de retorno à Igreja Primitiva, sem clero, onde se espera que todos contribuam ensinando, cantando e orando.

Ed Stetzer diz que a Igreja nas casas não oferece tudo o que uma Igreja tradicional pode oferecer. “Eles não têm grupos de jovens, ministérios de mulheres ou de homens”, aponta. Entretanto, complementa dizendo que “eles estão em comunhão uns com os outros, e isso é o que define a Igreja como um todo.”

“A maioria dos cristãos concorda que não importa se uma Igreja se reune em uma catedral ou em uma cafeteria; o que importa [... ] é que funcione como uma Igreja bíblica e viva os valores que devem estar presentes em cada Igreja. Acho que esse é o fator é que está atraindo as pessoas [à Igreja nos lares]” – conclui Stetzer.

O Instituto Barna, uma empresa especializada em pesquisas na área de religião, estima que entre seis e doze milhões de cristãos congreguem em igrejas nas casas nos EUA.

Reportagem completa: USA Today. Tradução: Paoevinho.org

terça-feira, 20 de julho de 2010

A Grande prostituta de João Apocalipse 17

"Os fins justificam os meios" – Nicolau Maquiavel

Esta tão famosa expressão, citada no título, é a grande sugestão do livro “O Príncipe” que Maquiavel escreveu no início do século XVI. Dizem que o livro é um dos tratados políticos mais importantes do pensamento humano e, que seu papel foi crucial para a construção do conceito de Estado que conhecemos.
Maquiavel, em sua obra, deixa claro que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se em autoridade – esta é uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico. Para ele, um príncipe não deve medir esforços, mesmo que se utilizando de crueldade ou trapaça, para manter a integridade e o bem de seu povo [ou dele mesmo?].”… sou de parecer de que é melhor ser ousado do que prudente, pois a fortuna (oportunidade) é mulher e, para conservá-la submissa, é necessário (…) contrariá-la. Vê-se, que prefere, não raramente, deixar-se vender pelos ousados do que pelos que agem friamente. Por isso é sempre amiga dos jovens, visto terem eles menos respeito e mais ferocidade e subjugarem-na com mais audácia”.

Sempre que faço algum tipo de confrontação ao pensamento e prática da igreja contemporânea, ouço como reposta: “Mas tem um montão de gente se convertendo… as igrejas estão cheias… importante é que o evangelho está sendo pregado [será?]… que as pessoas estão quebrantadas, etc… Como se Deus não fosse suficiente em Cristo e pela revelação do Espírito Santo, alcançar pessoas independente de. Como se inchaço e volume fosse o grande sinal da aprovação de Deus em relação a conduta humana.

É como se me dissessem, “não importa se não fazem prestação contas, se não existe transparência, se prosperam a benefício das arrecadações, se criam doutrinas esquisitas, se dogmatizam a fé, se andam de anéis de ouro e rubi, se lideram arbitrariamente, se tiram proveitos da posição que ocupam, se só andam com os mais ricos, se não estão alinhados nem com a metade do sentimento que havia na Igreja primitiva… pois estão pregando e pessoas vêem aos montões para dentro de suas denominações, enfim, os fins justificam os meios.

Pergunto: realmente, os fins justificam os meios? Me desculpem pela pergunta maquiavélica. Pois assim como não importa o que o governante faça para manter a autoridade e domínio sobre seu povo, pelo jeito também não importa se usurpam de um poder para manter grandes máquinas religiosas. Não importa a crueldade que sobrepuja pessoas mau informadas, porém com fé; e nem importa se a trapaça financeira enriquece comandantes do topo de uma pirâmide – uma construção do Egito. Pouco importa se denominações estão virando potências econômicas que nada constroem.

Parece mesmo que ousadia sem prudência é a grande virtude, pois ela agarra a oportunidade – de ser grande, ficar rico, ter domínio… – para fazer submisso o povo fiel. Em favor disso, parece-me que o povo fiel também prefere se vender para os poderosos príncipes dessa pirâmide egípcia. Infelizmente.

Será mesmo que os fins justificam os meios? Será que nossas atitudes, por pior que sejam, poderá ser justificada pelos objetivos que temos?

Não seria melhor dizer que, “os fins determinam os meios”. Nesse sentido, não existem justificativas para tantos abusos, mas sim, uma extrema vaidade pessoal, com um objetivo egocêntrico, envolvendo poder e domínio, que determinará a maneira que faremos as coisas agora. Pelo jeito o fim não justifica, mas determina. Então o fim, que imaginávamos ser algo bom, já não é tão bom assim, então também não poderá ser justificável, porém determinante para elaboração de um plano maquiavélico. Agora, o fim com o qual nos deparamos, nada tem a ver com o propósito/finalidade de Deus para seus filhos. Me parece que o fim é algo meramente humano, envolvendo domínios e poderes.

Fonte: http://www.airo.biz/

Existe diferença entre as músicas, secular ou evangélica ou seja lá o nome que for??!!

Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados, aos que amam a Cristo em verdade.

Muito se fala sobre música... uns dizem que tudo é música... outros, como os evangélicos, dizem que somente as deles é que se pode ouvir, ou seja, a música evangélica ou gospel;

Seria mesmo assim??

Não!! Música evangélica não é sinal de louvor, música é música e pronto!!

Louvor extrapola a conotação de notas musicais, timbres, ou por exemplo, aquela gritaria em ressonância evangélica que algumas cantoras do gospel usam...

Louvor a Deus é algo muito além da música... mas, cantarolar uma música que bendiz ao nome do Senhor é algo que nos alegra o coração, assim como algumas músicas, ditas seculares, também nos alegra, falam das belezas de Deus, da Criação, de maravilhas que Deus nos preparou deste a fundação do mundo... portanto, existem músicas que todos podemos ouvir, secular ou evangélica;

Caio Fábio, tem entendimento neste sentido, eis uma compilação, de um questionamento (©Portal Você para Deus) acerca deste assunto:

Graça e Paz!
Olá Caio!
Tenho uma dúvida e preciso que o senhor me ajude.
Faço parte do ministério de louvor de uma pequena comunidade; sou músico, e muitas vezes escuto musica instrumental (música secular). Sou trompetista, e no meio cristão não ha muitas músicas do gênero.
Muitos músicos cristãos dizem que ouvir musica secular é prejudicial a saúde cristã.
A maioria das musicas evangélicas são muito pobres (musicalmente falando), muito básicas; poucos acordes, e etc...
Eu somente escuto música instrumental (jazz,bossa,mpb).
Agora, por favor, me ajude.
Eu estou errado?
Essas músicas, mesmo as estudando, é errado, ou é pecado?
Please!!!!Help-me!!!
Abraços em-graça-dos pra você!

Resposta:

Meu amado: bons sons para você!
Se eu disser a você que o que menos tenho são Cds evangélicos, isso ajudaria você?
Meu querido, toda dom vem do alto; e todo talento vem do Pai das Luzes.
O homem não tem nada que não tenha recebido.
Eu ouço tudo que é bom, até música evangélica—mas somente quando é boa!
E tem mais: toda boa música me inspira em Deus.
Eu vejo a imagem de Deus em todas as belezas humanas.
E vejo os atributos de Deus em toda a criação.
O Apocalipse diz que haverá o dia quando todas as nações virão e trarão todas as suas riquezas como Glória ao Cordeiro.
Haverá de tudo nesse dia!
Todas as formas culturais e toda produção humana estarão consagrados ao Cordeiro.
Eu não espero esse dia chegar. Usufruo-o Hoje!
Portanto, escute tudo o que for bom—e não precisa ser só instrumental—, mesmo que seja evangélico (rsrsrs).
O tecladista do Café, o Fernando Merlino, é tecladista da Elba Ramalho e da Leny Andrade.
Ele vai do culto ao trio elétrico ou ao show, e vice-versa.
Nunca caiu nenhum pedaço.
Pelo amor de Deus, meu amado!
Todas as coisas são puras para os puros!
Chega de loucura, fanatismo e opressão!
Cada um ouve o que gosta, porque no fim, nem tudo é a mesma...coisa. Gosta?
Fique livre.
Foi para liberdade que Cristo nos libertou.
Tudo é vosso—disse Paulo. Seja a vida, seja a morte, seja o mundo, ou as coisas presentes ou do porvir...
Tudo é vosso, e vós de Cristo; e Cristo de Deus!
Se não for assim, então, é melhor dizer: Me converti a um presídio de segurança máxima!
Boa seleção musical para você!
Nele, em que tudo o que bom recebe dele o amém,
Caio

Assim, espero que nossos amados leitores também possam usufruir de uma boa seleção musical e não se atolem nas crendices e fantasias de pastores evangélicos neuróticos, onde somente é santo o que eles vomitam em seus palcos (púlpitos) particulares...


Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo. Nos interesses de Sua Igreja.

Texto do blog: http://adoradores-em-casa.ning.com/

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Armadilha de Saber Demais

Ted DeMoss, presidente emérito do CBMC, ocasionalmente comentava que determinada pessoa tinha “uma formação acima de sua inteligência”. Era sua maneira bem-humorada de descrever alguém que sabia muito mas pensava pouco. Em outras palavras, ele acreditava que conhecimento não trabalhado, poderia ser perigoso se usado descuidadamente.
Tenho visto isso em mim mesmo. No início de minha carreira abri um negócio de revelação de fotos. Não sabia absolutamente nada sobre revelação. Portanto, tinha que pensar cuidadosamente em tudo e descobrir tudo por mim mesmo, confiando no meu coração e minha intuição (hoje sei que aquilo era sabedoria vinda de Deus e não qualquer conhecimento real que eu tivesse). Essa abordagem intuitiva levou a soluções criativas, que fizeram meu estúdio destacar-se entre os concorrentes, resultando em grande sucesso comercial.
Anos mais tarde engajei-me em outro projeto. Eu me sentia muito bem preparado e apliquei as mesmas regras dos concorrentes. Apesar de ter adquirido mais conhecimento sobre a profissão, o negócio não era mais bem sucedido do que outros do mesmo ramo. Olhando em retrospecto, estou certo que isso se devia ao fato de não ter sido forçado a ser criativo na busca de novas e melhores maneiras de fazer as coisas. Nós confiamos em nosso conhecimento e nas práticas do nosso ramo. Aparentemente eu sabia demais, mas isto não me beneficiava.

Parece contraditório. Era de se esperar que quanto mais conhecimento sobre alguma coisa melhor. Mas as coisas nem sempre funcionam assim. Tomemos, por exemplo, Steve Jobs, a força criativa por trás dos computadores Apple. Duvido que ele tivesse iniciado a empresa se viesse de uma experiência com IBM, que usava abordagem diferente na solução de problemas tecnológicos. A falta de experiência em computadores de Jobs levou-o a pensar de maneira inteiramente nova, às vezes não ortodoxa, mas que se mostrou muito produtiva.

Na esfera espiritual somos exortados a confiar em Deus e não em nosso próprio conhecimento:“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas” (Provérbios 3.5-6). Isso às vezes é difícil para veteranos do mundo empresarial e profissional, porque estão acostumados a buscar soluções tangíveis e mensuráveis para os problemas, em vez de agir pela fé. Contudo, é exatamente isto que Deus pede aos Seus seguidores.
Antes do período renascentista, do século XIV ao XVII, supunha-se que as pessoas eram essencialmente iguais. Se alguém fosse capaz de produzir algo na arte, na música ou na literatura, se devia a algum dom sobrenatural. Dizia-se que a pessoa “tinha” um gênio – habilidade divinamente conferida – e não que “era” um gênio. No Renascimento, entretanto, o pensamento humanista concluiu que o homem possuía criatividade própria, sem precisar de ajuda ou intervenção sobrenatural. Creio que esta linha de pensamento seja incorreta.

A Bíblia afirma que Deus concede ou não, dons e habilidades especiais. Assim, não deveríamos atribuir a nós mesmos demasiado crédito por possuí-los, nem nos sentirmos inferiores se não tivermos os dons que desejamos. Deus proporcionou a cada um de nós dons e talentos específicos, mesmo quando estes chegam até nós sob formas que não nos pareçam um dom. Se confiarmos Nele e em Sua direção, e não em nosso próprio conhecimento e entendimento, vamos nos descobrir usando e apreciando plenamente as habilidades exclusivas que Ele concedeu a cada um de nós.

Por Jim Mathis

segunda-feira, 5 de julho de 2010

7 características de pessoas (igrejas) que cometem abuso espiritual

1) Scripture Twisting (Distorção da Escritura): para defender os abusos usam de doutrinas do tipo "cobertura espiritual", distorcem o sentido bíblico da autoridade e submissão, etc. Encontram justificativas para qualquer coisa. Estes grupos geralmente são fundamentalistas e superficiais em seu conhecimento bíblico. O que o lider ensina é aceito sem muito questionamento e nem é verificado nas Escrituras se as coisas são mesmo assim, ao contrario do bom exemplo dos bereanos que examinavam tudo o que Paulo lhes dizia.

2) Autocratic Leadership (liderança autocrática): discordar do líder é discordar de Deus. É pregado que devemos obedecer ao ditador, digo discipulador, mesmo que este esteja errado. Um dos "bispos" de uma igreja diz que se jogaria na frente de um trem caso o "apóstolo" ordenasse, pois Deus faria um milagre para salvá-lo ou a hora dele tinha chegado. A hierarquia é em forma de pirâmide (às vezes citam o salmo 133 como base), e geralmente bastante rígida. Em muitos casos não é permitido chamar alguém com cargo importante pelo nome, (seria uma desonra) mas sim pelo cargo que ocupa, como por exemplo "pastor Fulano", "bispo X", "apostolo Y", etc. Alguns afirmam crer em "teocracia" e se inspiram nos líderes do Antigo Testamento. Dizem que democracia é do demônio, até no nome.

3) Isolationism (Isolacionismo): o grupo possui um sentimento de superioridade. Acredita que possui a melhor revelação de Deus, a melhor visão, a melhor estratégia. Eu percebi que a relação com outros ministérios se da com o objetivo de divulgar a marca (nome da denominação), para levar avivamento para os outros ou para arranjar publico para eventos. O relacionamento com outros ministérios é desencorajado quando não proibido. Em alguns grupos no louvor são tocadas apenas músicas do próprio ministério.

4) Spiritual Elitism (Elitismo espiritual): é passada a idéia de que quanto maior o nível que uma pessoa se encontra na hierarquia da denominação, mais esta pessoa é espiritual, tem maior intimidade com Deus, conhece mais a Biblia, e até que possui mais poder espiritual (unção). Isso leva à busca por cargos. Quem esta em maior nível pode mandar nos que estão abaixo. Em algumas igrejas o número de discipulos ou de células é indicativo de espiritualidade. Em algumas igrejas existem camisetas para diferenciar aqueles que são discípulos do pastor. Quanto maior o serviço demonstrado à denominação, ou quanto maior a bajulação, mais rápida é a subida na hierarquia.

5) Regimentation of Life (controle da vida): quando os líderes, especialmente em grupos com discipulado, se metem em áreas particulares da vida das pessoas. Controlam com quem podem namorar, se podem ou não ir para a praia, se devem ou não se mudar, roupas que podem vestir, etc. É controlada inclusive a presença nos cultos. Faltar em algum evento pro motivos profissionais ou familiares é um pecado grave. Um pastor, discípulo direto do líder de uma denominação, chegou a oferecer atestados médicos falsos para que as pessoas pudessem participar de um evento, e meu amigo perdeu o emprego por discordar dessa imoralidade.

6) Disallowance of Dissent (rejeição de discordâncias): não existe espaço para o debate teológico. A interpretação seguida é a dos lideres. É praticamente a doutrina da infalibilidade papal. Qualquer critica é sinônimo de rebeldia, insubmissão, etc. Este é considerado um dos pecados mais graves. Outros pecados morais não recebem tal tratamento. Eu mesmo precisei ouvir xingamentos por mais de duas horas por discordar de posicionamentos políticos da denominação na qual congregava. Quem pensa diferente é convidado a se retirar. As denominações publicam as posições oficiais, que são consideradas, obviamente, as mais fiéis ao original. Os dogmas são sagrados.

7) Traumatic Departure (saída traumática): quem se desliga de um grupo destes geralmente sofre com acusações de rebeldia, de falta de visão, egoismo, preguiça, comodismo, etc. Os que permanecem no grupo são instruídos a evitar influências dos rebeldes, que são desmoralizados. Os desligamentos são tratados como uma limpeza que Deus fez, para provar quem é fiel ao sistema. Não compreendem como alguém pode decidir se desligar de algo que consideram ser visão de Deus. Assim, se desligar de um grupo destes é equivalente a se rebelar contra o chamado de Deus. Muitas vezes relacionamentos são cortados e até famílias são prejudicadas apenas pelo fato de alguém não querer mais fazer parte do mesmo grupo ditatorial.

Fonte:http://emeurgente.blogspot.com

sábado, 3 de julho de 2010

Não Dizimo. Sou Ladrão?

Em meu artigo O Dízimo na Bíblia e na História, coloco diante da Igreja de Cristo algumas de minhas objeções à prática do dízimo obrigatório, tanto de um ponto de vista bíblico como histórico. O Evangelho deveria ser as boas novas de Deus ao pobre. Entretanto, na maneira como tem sido apresentado, acaba sendo uma forma de opressão ao pobre quando o assunto é finanças. Conheço cristãos sinceros que vivem sob acusação pelo fato de não terem condições de dizimar sem ter escolher entre fazer uma oferta na Igreja, ou suprir suas necessidades básicas.

Por muito tempo, ouvi dizer que se o pobre tem que decidir entre pagar o aluguel e dizimar, que deve “honrar a Deus” (pagando o dízimo) e que Deus o honrará. Mas onde encontramos bases bíblicas para colocar o pobre nesta situação?

A Igreja ensina que o pobre deve dizimar, e que Deus o abençoará um dia. É como se o Senhor tivesse uma conta bancária em algum lugar da estratosfera espiritual e um dia pagará com juros tudo aquilo que o fiel investiu na instituição religiosa. Infelizmente, o ensinamento de que “dizima que Deus te abençoa” é somente um lado da verdade. No Novo Testamento, o pobre era abençoado por meio da Igreja (Atos 2:44-45, Atos 4:34-35, Atos 6). Hoje, a Igreja cobra o dízimo do pobre, ensinando que Deus abençoa o dizimista, mas muitas vezes se recusa ser parte deste processo.

O dízimo não é um imposto religioso. Como já disse no artigo anterior:

O dízimo da Lei equivalia às primícias da lã da tosquia das ovelhas e dos primeiros frutos da colheita, portanto, somente os donos de rebanhos e de terras eram obrigados a dizimar. O pobre dava voluntariamente, mas não era obrigado a dizimar. Pelo contrário, o pobre colhia as sobras da colheita dos donos de terras (Dt. 24:19-21) e se beneficiava dos dízimos dos mais prósperos (Dt 26:12-13). Jesus e seus apóstolos não dizimavam, pois não eram donos de terras ou de rebanhos (eles eram considerados pobres e inclusivem se benefeciavam da Lei das sobras da colheita – Mateus 12:1-2). O imposto do templo era o único tributo compulsório pago por Jesus e seus discípulos (Mat. 17:24-27).1 Portanto, a maioria daqueles que usam Malaquias 3:9-10 para ensinar sobre o dízimo, chamando o pobre que não dizima de ladrão, não tem a menor idéia daquilo que está falando. Quem obriga o pobre a dizimar, de forma legalista, não pratica o dízimo nem da Antiga e nem da Nova Aliança.

Duas teses

Estas são as teses de números 46 e 47 das 95 que Lutero formulou:

[46] Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

[47] Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

Suponho que, nos dias atuais, estas teses devam ser atualizadas (substituindo-se a expressão “compra de indulgências” por “dízimos e ofertas”) e pregadas, desta vez não ao papado, mas à Igreja Protestante. As Escrituras nos ensinam a coletar dinheiro dos mais abastados para o auxilio ao pobre. Não nos mandam tirar o dinheiro do pobre para aplicar em obras que não sejam de caridade.
Considerações práticas

Qualquer oferta na Casa de Deus deve ser um ato de adoração (e não de coação), de acordo com a consciência e fé de cada um. Viver de forma egoísta desonra a Deus e se este têm sido seu caso, arrependa-se. De fato, se você tem para dar para o Reino e não o faz, está sendo negligente. Se alguém, no entanto, tem algum problema e não está em condições de pelo menos dizimar na Casa de Deus, tal fato não deve causar-lhe sentimento de condenação, somente desafiá-lo a estabelecer uma meta diante de Deus para reorganizar suas finanças - de modo a que possa contribuir com a obra de Deus com pelo menos 10% de sua renda.

Sugiro algumas coisas bem práticas a todos os que não podem pelo menos dizimar hoje: no caso daqueles que não tem dívidas e querem participar do privilégio de semear na obra do serviço aos santos, comece aos poucos, se você acha que seu orçamento hoje não comporta uma doação de pelo menos 10% de sua renda. Firme um propósito com o Senhor de dar gradativamente (1% ao mes, por exemplo) e ir subindo de acordo à properidade que o Senhor trará à sua vida. No caso dos endividados ou daqueles que têm dificuldade em disciplinar-se financeiramente, peça a Deus que:

1. Ajude-o a disciplinar-se na área financeira, não entrando em dívidas de bens ou serviços não essenciais, pelo menos até que você esteja em condições de abençoar a obra de Deus financeiramente;
2. Que o ajude a pagar suas dívidas, pois a dívida é uma forma de escravidão (Prov. 22:7);

Para os que estão em uma situação crítica, “afogados em dívidas”: agarre uma tesoura e ponha um fim em todos os seus cartões de crédito. Cancele o cheque especial. Depois disso, preocupe-se somente em pagar seus credores, pois é melhor que o faça antes de começar a ofertar na Casa de Deus de forma meramente legalista.

O Senhor Jesus nos ensina que antes de oferecer uma oferta ao Senhor, devemos pagar o que devemos ao nosso adversário, antes que ele acione a justiça contra nós (Mat 5:23-26). A Escritura é lida pelos evangélicos como se ela tratasse somente de uma reconciliação entre irmãos, mas se ignora que o Mestre se refere ao pagamento de uma dívida. Portanto, antes de ofertar ao Senhor, esforce-se para, com a ajuda de Deus, ser livre do jugo da escravidão (dívida). Um dizimista que deve ou que tem o nome no SPC é um paradoxo, o cúmulo da religiosidade que contraria todos os princípios e o espírito que está por trás de toda contribuição financeira, tanto no AT quanto no NT.

Coloque em seu coração o firme propósito de estabelecer um plano de pagamento das dívidas que o escravizam e, à medida que o Senhor lhe dá favor e prosperidade, comece a ofertar gradualmente no Reino de Deus. Com disciplina e determinação, você poderá sair das dívidas e, depois de um tempo, estar pelo menos dizimando na obra do Senhor.
Conclusão

Devemos entender que dizimar e ofertar na Casa de Deus é um provilégio que temos como cidadãos do Reino de Deus, e não uma carga. O pobre não deve ser coagido a dar, pois em nenhum dos dois Testamentos encontramos embasamento para tal arbitrariedade. No entanto, todos devemos ter como alvo reorganizar nossas finanças para podermos contribuir no Reino com as primícias de nossa renda. Lembre-se de que Deus é o maior interessado em prosperar-nos, para que uma vez que tenhamos tudo o que necessitamos, abundemos em toda boa obra e seu Nome possa ser glorificado (2 Cor. 9:6-12).


Pão e Vinho

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Billy Graham: "Precisamos desfazer de muita gente na Igreja"

De acordo com Billy Graham, uma minoria dedicada causa mais estragos no Império das Trevas do que uma maioria acomodada. O texto abaixo foi extraído de uma mensagem pregada no 19 de junho de 1969, no Madison Square Garden, Nova York, em um país de maioria protestante.

O que precisamos nos Estados Unidos é nos desfazermos de muita gente que temos na Igreja.

Creio que poderíamos fazer muito melhor trabalho se fôssemos discípulos dedicados e disciplinados como havia na Igreja primitiva.

É preciso ter disciplina para levantar uma hora mais cedo para estudar a Bíblia. É preciso ter disciplina para desligar a televisão à noite uma hora mais cedo para gastá-la em oração.

Julgo ser uma boa coisa o fato de os cristãos se tornarem minoria. Foi assim que a Igreja primitiva virou o mundo de cabeça para baixo. Creio que temos sido numerosos demais. Temos nos estorvado uns aos outros e não temos tido disciplina e dedicação.

O que precisamos é de uma minoria dedicada para transformar este país e o mundo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Dízimo na Bíblia e na História

Antes de mais nada, devo esclarecer que não sou contra a prática de dizimar, mas ao longo dos anos, depois de muito meditar sobre o assunto, me desfiz de todo tabu a respeito do tema. Tenho hoje a convicção de que o dízimo deve ser usado como uma referência de primícias ao cristão que deseja, voluntariamente, participar do privilégio de ministrar aos santos com suas finanças. Entretanto, não encontro bases bíblicas ou históricas que possam legitimar a maneira como o dízimo é ensinado e coletado pela igreja institucional. Minhas razões para alegar isso, estão abaixo:

1) Não há evidência bíblica que demonstre que a Igreja gentílica dizimava de forma obrigatória. O dízimo, como concebido na Antiga Aliança, servia para o sustento do Templo, dos sacerdotes e dos levitas. Com o fim desta Aliança, a obrigatoriedade do dízimo igualmente acabou. A Igreja gentílica neotestamentária nasceu fora deste sistema e não possuia sacerdotes, levitas ou templos. Justamente por isso, sempre que Paulo ensina sobre finanças na Igreja, fala em termos de doações voluntárias (2 Cor. 9). Portanto, o dízimo na Nova Aliança não pode ser praticado como um imposto religioso.

2) Há indícios históricos de que o dízimo deixou de ser um pagamento obrigatório com o fim da Antiga Aliança na maioria absoluta das Igrejas. Irineu, Orígenes, Justino Martir, Tertuliano, Cipriano, João Crisóstomo e outros cristãos dos séculos II ao V – cujos registros compõe a história da Igreja – nos falam somente de contribuições voluntárias na comunhão dos santos. Somente no século VI, no Sínodo de Mâcon (582), é que o dízimo começou a ser ensinado como algo obrigatório (quando se adotou a infame Teologia do Paralelismo entre a Igreja e o sistema sacerdotal/levítico veterotestamentário) e um milênio mais tarde – no Concílio de Trento – ganhou força de lei cujo não cumprimento seria punido com a excomunhão.

3) Somente algumas igrejas do Oriente dizimavam por obrigação porque interpretavam que o diálogo entre Jesus e o jovem rico (Lucas 18:18-24) ensinava a “generosidade sacrifícial”. Em primeiro lugar, esta interpretação é questionável, porque Jesus não pediu o dízimo ao jovem rico (o que supostamente já praticava) e sim que vendesse a totalidade de seus bens e desse aos pobres (o Senhor o testava porque o amor ao dinheiro era seu problema). Em segundo lugar, Deus não está interessado em ofertas feitas por obrigação. Em 2 Cor. 9:7, a palavra traduzida como “necessidade” é αναγκη (anagke), que na verdade quer dizer c0nstrangimento ou obrigação. Portanto, o versículo diz que “cada um deve dar conforme tiver proposto em seu coração, não por tristeza ou CONSTRANGIMENTO/OBRIGAÇÃO, porque Deus ama quem dá com alegria“.

4) Alguns alegam que o dízimo transcende a Lei porque veio antes da Lei (com Abraão e Jacó). Se estamos falando do dízimo voluntário, concordo em gênero, número e grau, porque tanto Abraão quanto Jacó dizimaram voluntariamente. Mas afirmar que o dízimo é obrigatório mesmo com o fim da Antiga Aliança (porque o dízimo precede a Lei) coloca a Igreja gentílica em maus lençois. O descanso sabático também aparece antes da Lei, já na primeira semana da Criação, e no entanto poucos advogam a favor de sua obrigatoriedade, com excessão de algumas comunidades sabatistas. Do mesmo modo, a circuncisão precede a Lei (Gen 17:10). Portanto, é prudente adotarmos um peso e uma medida na interpretação da Antiga Aliança: ou todos os preceitos do Antigo Testamento (como o dízimo, a circuncisão e o descanso sabático) são obrigatórios, ou a obrigatoriedade destas coisas caducou com o fim da Antiga Aliança.

5) A Antiga Aliança estabelecia 3 tipos de dízimos (Lev. 27:30-33, Num. 18:21-31 e Deut. 14:22-27 – este último a cada 3 anos). Quem ler estas Escrituras com atenção, verá que Israel tinha que dizimar 23.3% de sua renda anualmente e não somente 10%. Portanto, se vamos praticar o dízimo de acordo com a Lei, devemos ser coerentes e cumprí-la em sua totalidade. Ou damos voluntariamente ou adotamos todo o pacote mosáico.

6) Importante ressaltar também que o dízimo da Antiga Aliança nunca era pago em dinheiro, mas com lã (Deut. 18:4) e com comida (repare nas palavras de Jesus aos fariseus em Mt. 23:23). O argumento de que isso se dava porque na época não havia moeda é falso, pois o dízimo de Deut. 14:22-27 envolvia venda e compra – portanto os israelitas já dispunham de alguma moeda. O dízimo da Lei equivalia às primícias da lã da tosquia das ovelhas e dos primeiros frutos da colheita, portanto, somente os donos de rebanhos e de terras eram obrigados a dizimar. O pobre dava voluntariamente, mas não era obrigado a dizimar. Pelo contrário, o pobre colhia as sobras da colheita dos donos de terras (Dt. 24:19-21) e se beneficiava dos dízimos dos mais prósperos (Dt 26:12-13). Jesus e seus apóstolos não dizimavam, pois não eram donos de terras ou de rebanhos (eles eram considerados pobres e inclusivem se benefeciavam da Lei das sobras da colheita – Mateus 12:1-2). O imposto do templo era o único tributo compulsório pago por Jesus e seus discípulos (Mat. 17:24-27).1 Portanto, a maioria daqueles que usam Malaquias 3:9-10 para ensinar sobre o dízimo, chamando o pobre que não dizima de ladrão, não tem a menor idéia daquilo que está falando. Quem obriga o pobre a dizimar, de forma legalista, não pratica o dízimo nem da Antiga e nem da Nova Aliança.

7) Uma prática antibíblica herdada da Idade Média passou por Lutero (simpático à Igreja Estatal) e se cristalizou entre nós: absolutamente nenhum pastor ou líder espiritual tem o direito de “fiscalizar” as ofertas de seus membros e/ou usar o dízimo como parâmetro para medir a espiritualidade de ninguém.Tal ato se constitui em uma arbitrariedade que contraria o ensinamento bíblico que nos diz que todo ato de caridade deve ser anônimo, algo pessoal entre aquele que oferta e o próprio Deus. E assim, o que nossa mão direita faz, a esquerda não tenha que saber (Mat 6:1-3).

8) Hoje em dia, a Igreja institucional pede dinheiro ao pobre, ensinando-o que ele tem que dizimar (caso contrário estará roubando a Deus). No entanto, ao invés de ajudar o pobre, investe em propriedades e edifica obras que permanecerão aqui depois que Jesus Cristo voltar. Para justificar tal prática, ensina que Deus um dia pagará com juros tudo aquilo que o fiel investiu na instituição religiosa. Ainda que seja verdade que Deus abençoa aquele que semeia de forma abundante, este é somente um lado da verdade. No Novo Testamento os necessitados eram abençoados por Deus por meio da Igreja, com os fundos provenientes das doações. Infelizmente, o dízimo da forma em que é ensinado e praticado na Igreja denominacional oprime o pobre, pois a Igreja somente ensina que Deus abençoará o pobre de alguma forma, em algum dia, mas recusa-se a ser parte deste processo. Assim , o evangelho deixou de ser as boas novas ao pobre (Lucas 4:18) para se tornar uma forma de opressão ao pobre.

Concluo, portanto, que ainda que o dízimo seja bíblico, a aplicação que lhe é dada nos dias de hoje está longe de ser. É nada mais que um imposto religioso que herdamos da Igreja Estatal da Idade Média.

Pão e Vinho

TOME A SUA CRUZ

Em Mateus 10.38 disse Jesus: Quem não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim.
Tomar a sua cruz é assumir o compromisso definitivo com o Evangelho de Cristo, é o arrependimento, a conversão, o abandono do pecado, é entregar-se a inteira dispensação do Senhor, é o cumprimento dos mandamentos de Cristo e fazer a vontade do Pai.

Tomar a sua cruz é imitar o gesto do homem de Deus, o qual, sob o completo domínio de Cristo, disse: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2.20).
Tomar a sua cruz é amar a Deus acima de todas as coisas e ao seu próximo como Cristo nos amou, se necessário, dar a sua vida por ele.

A palavra do Senhor diz que se você não ama o seu irmão, o qual você vê, como poderá amar a Deus o qual não vê? Quem assim procede é mentiroso, e os mentirosos não herdarão o reino de Deus.

Tomar a sua cruz é entrar pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Lucas 14.33 - Disse Jesus: Assim, pois, qualquer de vós que não renunciar a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.

Ora erramos, ora acertamos. Mas, continuemos rumo ao alvo: JESUS.

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