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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

POR QUE O EVANGELHO NÃO SE CUMPRE NA SUA VIDA?


Jesus disse que as Palavras Dele são espírito e são vida!

No entanto, o que Ele nos mandou obedecer como Sua Palavra se põe em oposição a tudo o que o mundo pode compreender; posto que viole as convenções da honra, da reputação, da justiça própria, da valentia que se expõe às brigas, do enfrentamento de quem deseje nos defraudar, da defesa ante a calunia, do julgamento que se tem por certo, do ódio ao que se assuma como direito em razão da ofensa; ou ainda: da antipatia que decorra dos maus tratos, ou mesmo da indiferença para conosco; e, também, dando complemento a isto, Ele fala de abrir mão do desejo de possuir, mesmo que se possa atender ao nosso capricho como poder —; e, em contrapartida a tudo, Ele recomenda a via dos otários; dos que não aceitam a provocação, dos que desviam seu caminho do enfrentamento odioso, dos que levam desaforo para casa em oração, dos que não topam o embate com o perverso, dos que dão a outra face, dos que oferecem além da capa demandada até mesmo o paletó que não foi pedido, dos que recolhem os seus direitos, os seus tesouros, as suas pérolas, por não terem nenhuma necessidade de demonstração de quem sejam ou do que pensem, especialmente quando os circunstantes tenham espirito de porco ou sejam cães raivosos.

Entretanto, mesmo sabendo que este é o espirito do ensino de Jesus para a vida, a maioria dos que se dizem Seus discípulos, odeiam tais mandatos, tal espírito e tal vida.

O interessante é que mesmo nada querendo com as palavras que são espirito e são vida segundo Jesus, esses mesmos discípulos querem que a Palavra de Jesus se torne real sem que tais realidades da Palavra — seus conteúdos —, se tornem fatos, princípios, atitudes, posturas, sentimentos, decisões e práticas de nossas vidas e cotidianos.

É como querer habitar a profundidade dos mares sem guelras, como desejar voar sem asas, como ambicionar correr sem pernas, como pretender respirar sem pulmões, como buscar ver sem olhos, ouvir sem ouvidos; ou seja: é como quer ser sem alma e sem espírito!

O que vejo nas ambições dos crentes que querem que a Palavra se cumpra sem obediência à própria Palavra é equivalente a todas as formas de insanidade!

O argumento da maioria é que Jesus disse o que disse para nos dar referencias superiores, mas que, de um modo ou de outro, se crermos Nele, não necessariamente em Suas Palavras, mas no Seu poder, nas Suas milagrices, nos Seus dons de cura, nas Suas magias, ou, em algumas ocasiões, cremos também numa espécie de sequestro da honra de Jesus, quando se diz: “Eu sei que tu és Deus; então não me desapontes, pois estou confessando com a boca que Tu és o Maior dos maiores; não me deixes ficar, portanto, envergonhado ante aqueles a quem eu declaro o Teu poder sobre os ídolos!” — Ele fica sem saída; sendo esta uma formula mágica de uma crença muito divulgada acerca do encurralamento de Deus; crendo-se, assim, que desse modo se O põe a trabalhar em nosso favor em nome da Honra do Nome de Jesus para os outros; embora, para nós, Jesus seja apenas um nome destituído de pessoalidade, caráter, ensino, verdade e convocação à obediência; sempre esquecidos de que Ele disse: “se me amais, guardareis os meus mandamentos”; e mais: “...vós sóis meus amigos se fazeis o que eu vos mando”.

Então com esse Nome/Crença na boca [...] pulamos do pináculo do templo, aventuramo-nos contra os perversos, saímos no tapa em nome da honra ou da valentia; e mais: damos pérolas aos porcos, odiamos os que nos odeiam, antipatizamos os diferentes, julgamos quem achamos que deve ser julgado, andamos no caminho largo dos caprichos, edificamos nossa casa na areia, ficamos amigos do lobo vestido de ovelha [ou até casamos com ele ou ela]; enquanto, também, pedimos misericórdia de Deus para a nossa incapacidade de obedecer, de guardar puro o coração, de perdoar sempre, de amar os nossos inimigos, de orar pelos que nos perseguem; sim, rogamos a Ele que nos perdoe o adultério do qual nunca desistiremos, que nos justifique do que sabemos e não nos dispomos a pôr em prática em relação ao que ensinamos aos outros, mas, para nós mesmos, não acolhemos como espírito e vida.

Então [...] — apesar de tudo isto, reclamamos que a Palavra não nos faz bem, não realiza o prometido, não trás a paz que excede a todo entendimento, não nos faz viver em contentamento verdadeiro, não qualifica a nossa existência com a vida em abundancia.

O conceito de insanidade é fazer sempre as mesmas coisas [erradas], esperando obter resultados diferentes!

Ora, no caso das Palavras de Jesus a insanidade é ainda maior, posto que Ele tenha dito que todo aquele que ouve e conhece as Suas palavras, e não as pratica, é um tolo que constrói sua casa na areia de uma praia na qual a maré sobe todo dia; e mais: as intempéries nunca deixam de assolar.

Eu teria muito mais a dizer sobre isto, mas deixo com você a busca de aplicar na sua existência, com toda simplicidade obvia [...] estes pensamentos infalíveis; posto que não seja filosofia minha, mas a pura, simples e irrebatível Palavra de Jesus.

“As minhas palavras são espírito e são vida” — ; mas apenas para os quais elas [as palavras] se tornem espírito e vida mesmo; ou seja: interioridade, pensamento, entendimento, prática, atitude e comportamento. Do contrário, creia, é loucura pensar que não sendo assim possa realizar qualquer coisa em nossa vida.


Nele, em Quem somente é [...] aquilo que Ele disse que é,


Caio

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AOS CASADOS COM JESUS!


Cada vez que deliberada e conscientemente vamos contra o mandamento do Evangelho em nossa consciência, imediatamente sente-se, percebe-se e nota-se que algo diminui em nós; ou mesmo, que uma tristeza nos domina o coração.

A obediência espontânea ao mandamento que é amor, e, portanto, é sim, sim, e não, não em relação a tudo; não abrindo desse modo lugar em nós para as ambivalências [AMBIVALENCIA É O OUTRO NOME DA ALMA! ] e nem para autoenganos [O QUE É AUTOENGANO? ] e nem para deliberadas ambiguidades [A ÁRVORE DA AMBIGÜIDADE!... ] — sim; tal obediência nos aprofunda, nos alicerça, nos expande o ser, nos pacifica, nos acalma, nos dá serenidade, nos tira a ansiedade, nos dilata na graça, nos estende a fé, nos alegra na esperança, nos dá olhar contente decorrente da glória de Deus; e, sobretudo, nos enche do Espírito Santo, da presença de Deus, da realidade viva de Cristo em nós! [O CIÚME DO ESPÍRITO SANTO EM MIM! - A PAZ IGNORADA OU DESCONHECIDA!].

Porém, quando deliberadamente vamos contra o que sabemos, entendemos e cremos, ainda que de modo subjetivo, ainda que sem concreções, ainda que ninguém saiba, ainda que ninguém se ofenda, estranhamente, nós nos ofendemos a nós mesmos, e ofendemos o Alguém Verdade que nos habita; de tal modo que, por tal sensibilidade, um psicólogo poderia até dizer que estamos com neurose de perfeição e de obediência abstrata; posto que para a Psicologia, as nuances do Evangelho na consciência humana seja algo para além do que se possa conceber. Afinal, a Psicologia lida com categorias morais, éticas externas, sentimentais e comportamentais, e, quando isso seja mal [na Psicologia], precisa também implicar em provocação de dor deliberada em outros, pois, ficando na subjetividade, se aceita que tais coisas façam parte da sadia fantasia humana, ou que sejam elementos da necessidade humana de segredos transgressores; sendo estes considerados como parte sadia da individualidade humana. Isto é assim em razão de que na Psicologia não exista a categoria do ser habitado por Outro, por Deus, pelo Eterno, num casamento mais profundo do que qualquer casamento ou vinculo de fidelidade possa comportar.

Desse modo, a interioridade que se passa a possuir no Evangelho não pode ser compreendida pela Psicologia Clássica; posto que, para a Psicologia, recaia sobre tais cuidados nossos com os segredos do coração segundo o Evangelho, a designação de neurose ou paranoia.

É verdade, todavia, que muito do que habita o coração religioso seja neurose e paranoia mesmo. Todavia, isto tem a ver com as obediências medrosas, com a submissão pagã aos mandamentos de homens, aos usos e costumes, etc. Aqui, no entanto, falo do mandamento do amor e da sua explicitação simples e clara no Evangelho; e afirmo que por transgressões ainda que subjetivas a ele [...] se pode perder a paz e a tranquilidade de coração; e mais: também afirmo que desprezar esse desconforto que daí decorra é o caminho gradual para a dês-sensibilização do nosso espírito.

Ora, era acerca disto que Paulo fazia referencia quando falava e fala de se ter “a paz de Cristo como arbitro nos nossos corações”.

De fato, quem não vive para alimentar nesse nível o amor conjugal com Deus em nós [o Senhor é o teu marido!], jamais entenderá o significado de ser esposa de Cristo na dimensão assexual do espírito; o que é um fenômeno que se faz presente em homens e em mulheres; posto que nosso casamento com Deus seja a mais profunda relação de nossas vidas.

Assim, sem neurose, não despreze as sutilezas da fidelidade ao mandamento no seu coração; e mais: disponha-se sempre a buscar harmonia com seu Cônjuge Eterno sempre que seu coração o acuse, pela Palavra, de alguma coisa ou transgressão.

E ainda: não se canse de tais autoexames e nem de tais minucias, pois, saiba: é por meio delas que nosso espírito evolui e nossa salvação se desenvolve [...], na criação de uma consciência que cresce dia a dia no amor e na sensibilidade de Deus.

Nele, em Quem e com Quem tenho um casamento de amor eterno,

Caio

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O que é ser verdadeiramente um discípulo e igreja

PROCRASTINAÇÃO, O QUE É?

Procrastinar é muitas coisas, algumas conectadas a outras, e, em algumas pessoas, coisas apenas tópicas. Mas em todo procrastinador, não importando as causas psicológicas da procrastinação, o resultado é o mesmo: o atraso, o stress e a aflição; se não a aflição do próprio apenas [...], mas, com certeza, a dos que o observam ou o esperam...

Para pessoas diferentes a procrastinação pode ter razões diversas, mas o resultado não muda; conforme já disse.

Assim, com todas as ressalvas relativas à personalidade de cada procrastinador, procrastinação é...

[...] adiar até não dar mais; deixar cronicamente pra depois da hora; sempre fazer no stress e no atraso; viciar-se contra o tempo...; odiar que o tempo passe e lutar contra ele —; é também desordem mental seletiva; é preguiça organizacional também seletiva; é uma indisposição contra a ordem simples de que duas coisas não podem ocupar o mesmo lugar/tempo no tempo/espaço; é privilegiar a gratificação contra a obrigação; é julgar que tudo e todos possam esperar só um pouco...; é confusão de valores quanto ao que seja objetivamente prioritário; é preguiça seletiva; é medo do fazer; é vício de angustia operacional; é necessidade de criar para si uma hiper-ocupação pela via do atraso; é um rito psicológico; é um orgulhoso modo de ser e não mudar; é caso de importâncias minimalistas e que não possuem macro importâncias; é um agir sempre em detrimento de outra coisa pré-definida; é uma calma inconscientemente mórbida; é um inconsciente processo de esquecimento do tempo; é descaso com a hora, como rebeldia; é um ato de enfrentamento da autoridade e do instituído; é um direito egoísta de ser indo...; é um olhar difuso e inobjetivo; é o privilegiar das minucias e que nunca enxerga os cenários maiores; ou, quando se associa a preguiça, o que nem sempre é o caso, é como ter um leão na Rua dos Deveres e dos Compromissos!

Como disse [...], a procrastinação não é a mesma coisa para cada pessoa, mas, em cada caso de procrastinação, você encontrará alguns dos aspectos acima listados, ou até alguns deles em combinação.

Em geral o procrastinador é um ser que se viciou mentalmente no descaso com o tempo; e que sempre acha que o tempo/cronos tem que ser seu servo.

Outro dia escrevi que o homem tem que ser senhor do tempo, mas com isto não me referia a ser indiferente com o Cronos da existência, mas apenas em relação ao que nos seja imposto como obrigações das vaidades mundanas de cumprir os tempos como etapas existenciais sem as quais se creia que se está perdendo tempo/qualidade/existencial.

Todavia, no que tange ao Cronos da existência, eu, que vivo entre humanos e não numa ilha deserta, que tenho responsabilidades e obrigações, tenho que me fazer senhor do tempo pela ordem, pelas prioridades e pela organização. Sim, pois, paradoxalmente, do contrário, me torno escravo do tempo pelo descaso da procrastinação. E não apenas me torno escravo do tempo, mas escravizo outros à minha não reverencia para com o passar do tempo em cada dia.

Ora, cada dia já tem o seu próprio mal; mas para aquele que procrastina cada dia pode inventar muitos males que não existem; e isso apenas porque o descaso com o tempo cria o diabo das acumulações.

Um procrastinador é um acumulador de tarefas; ou é um desperdiçador de oportunidades kairóticas de tempo [tempo/oportunidade]; ou é um esbanjador relapso de vida e existência; sendo, por isto, também um desperdiçador de dons e de possibilidades de ser para si e para os outros.

Na existência do procrastinador cabe muito do que não precisa e pouco do que é importante, dia após dias.

A procrastinação também tem um poder corrosivo nas relações, especialmente para os que a assistem impotentes; posto que cansem e se exasperem; ou, em alguns casos, tornem-se co-dependentes do vício do outro; ou, ainda, aflitamente carentes de reorganizarem suas vidas em função de tal disfunção sócio/atemporal daquele com quem convive.

Não é preciso dizer que no ambiente de trabalho o procrastinador fica logo desempregado; embora alguns não sejam logo percebidos, especialmente no serviço público, quando, então, não podendo perder o emprego, passam a não ser utilizados ou demandados, a fim de que os demais não morram de irritação.

O maior ambiente de expressão do procrastinador é a família nuclear, vindo a seguir a família extensiva e os amigos.

A sorte do procrastinador familiar é quando a cultura da procrastinação é uma marca de todos; e, por vezes, até por gerações.

Mas já assisti romances acabarem por causa da procrastinação; ou casamentos também; como já ouvi cônjuges me dizerem que por vezes desejavam terminar o casamento em razão de que o outro não se curava jamais de tal vício de atemporalidade funcional e objetiva.

Procrastinação é uma amputação mental de funcionalidades; e, por isto, é coisa muito séria!

Ora, nem todo procrastinador é egoísta, mas o ato ou as ações de procrastinação são sempre implicam no egoísmo prático em sociedade; posto que se trate, ainda que inconscientemente, o tempo dos outros como inexistente.

Procrastinar, portanto, é perder a reverencia para com o tempo; o que é uma falta de consideração grande para com o próximo, para consigo mesmo, e, também, para com as dádivas de ser que acontecem entre o acordar e o adormecer.

A cura para a procrastinação vem de reconhecê-la sem auto-justificação; e, a seguir, enfrentá-la; deixando toda autogratificação para o ultimo lugar; ou, no caso dos mentalmente baratinados, fazendo uma agenda do dia, com hora para tudo; e, sobretudo, perguntando a quem nos ama: “O que é mais importante? O que é prioridade? O que deve vir primeiro?”

Sim, pois muitos procrastinadores não têm qualquer noção objetiva de importância e de prioridade objetiva; ainda que, muitas vezes, tenham grande noção de significados subjetivos.

Teria muito a dizer, mas esses são alguns conselhos básicos aos procrastinadores que não são seres preguiçosos, mas apenas mentalmente atemporais, confusos, inobjetivos, ou viciados na escravidão da pseudoliberdade de que o tempo existe para servir-lhes como cronos.


Pense nisto!


Caio
10 de janeiro de 2012
Copacabana
RJ

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CRENTES INSEGUROS (re-publicação)

Biblicamente falando, reconhecemos claramente dois tipos de pecados: aquele que pecamos por agir (ação); e aquele que pecamos por nos omitir (omissão).

Não quero, neste espaço, contrariar a minha consciência e, para ser agradável a alguns, deixar de falar algumas verdades, pecando por omissão.

Portanto, como tem sido o meu comportamento, neste blog, continuarei a falar aquilo que minha consciência me dita, seguindo sempre o propósito de esclarecer os meus queridos irmãos leitores, sempre, claro, na medida de minhas forças.

Hoje, proponho-me a refletir um pouquinho sobre o tipo de fé que nos impele a realizar tudo aquilo que concerne ao Reino, e as possíveis implicações que isso possa vir a ter, em nossa vida, enquanto cristãos.

Entretanto, como o espaço é pequeno (e se não fosse assim, muitos desistiriam de ler), não farei rodeios: desejo falar, neste post, sobre um tipo de “fé” entre aspas, que, além de ser enganosa, adoece a vida daquele que confessa ou reconhece tê-la.

Refiro-me aquilo que chamarei aqui de “fé auto-enganadora”.

QUE TIPO DE FÉ É ESSE?

A fé auto-enganadora é, na verdade, uma fé tipo fantasia,encobridora e disfarçadora das maiores e mais inconfessáveis inseguranças.

É aquele tipo de fé aparentada com a credulidade, que tem medo de ser confrontada, tem medo de não resistir, tem medo de ser demovida. Por essa razão, não perscruta, não se submete à lógica da vida, não se envolve com nada que, mesmo de longe, vislumbre ameaça-la, pois é uma fé temerosa.

Ou seja: segundo a Bíblia é mesmo uma fé que não existe. Mas, infelizmente, é o único tipo de fé que muitos cristãos, supostamente piedosos, conseguem esposar.

COMO SE EXTERIORIZA ESSA FÉ?

Como já referido acima, exterioza-se sempre através do medo. O indivíduo que professa essa qualidade de fé não lê, por exemplo, um livro como “O Código da Vinci”, pois, nele, o autor afirma que Jesus foi casado com Maria Madalena, e teve filhos terrenos, cuja descendência humana continua até os dias de hoje.

Esse tipo de fé também se recusa a reconhecer a Psicanálise, pois, seu criador, Freud, apesar de ter sido um judeu, foi também um ateu confesso. Portanto, nem ele e nem sua ciência "devem ser aceitos".

Da mesma maneira, esse tipo de fé recusa-se a procurar conhecer a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, porque ele afirma em seu livro sobre a origem das espécies, que todos nós, seres vivos (animais e vegetais) somos descendentes de um ancestral comum,ue, através da seleção natural e das mutações, foi se diferenciando, através de milhões de anos. dando origem a todas as espécies de organismos.

Essa “fé” proíbe ler determinados livros, assistir a determinados filmes, ler determinados jornais; abomina editoras “não denominacionais”, esconjura o aprofundar-se nos estudos “seculares” e evita toda e qualquer coisa que possa representar “uma ameaça” a sua (falsa) segurança.

Ora, nem é preciso seguir mais adiante com argumentos, pois, quem quer que tenha bom-senso, já terá percebido que tal tipo de fé está edificada sobre a areia e pode, de fato, ruir a qualquer momento.

A FÉ VERDADEIRA

A fé verdadeira é aquela que faz o bem, que não se omite diante das dificuldades de outrem, mas, principalmente, NÃO TEM MEDO DE CONHECER O OUTRO LADO DA MOEDA.

E, mesmo conhecendo todo o outro lado da moeda, não se abala e segue avante confiadamente pois sabe que nada, nem Código Da Vinci, nem darwinismo, nem Sigmund Freud e a Psicanálise, nem a teoria do “Big Bang” ou do “Buraco Negro”, nos poderá separar de estarmos firmes na Rocha, que não é nem pode ser outra do que a “pedra de esquina”, tão bem descrita por Paulo: JESUS CRISTO DE NAZARÉ!

"Por que estou certerto de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rom.8.39-39)


Toni Ayres

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A ORAÇÃO COMO MACUMBA CRISTÃ…




“Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa”.



Quem disse isto ou é o maior cara de pau do mundo, ou, então, diz o que diz porque pode bancar o que afirma.

Entretanto, para quem lê desavisadamente, parece que Jesus está prometendo o Baú dos Desejos feitos prece.

Todavia, não é assim.

Ele não manda que se peça o que se quer, mas sim que se deseje o que a Deus e de Deus se possa pedir.

Por isto Tiago diz:

“Pedis e nada tendes; pois, pedis mal, para esbanjardes nos vossos prazeres”.

João complementa afirmando:

“Pois sabemos que obtemos o que lhe pedimos, pois é segundo a sua vontade que pedimos”.

Isto nos é dito porque quase sempre as orações são preces do egoísmo, do hedonismo ou da dor irrefletida.

Pouca gente ora por prazer e amor; e com a alma cheia de gratidão em todas as coisas.

Isto porque o espírito da religião quase sempre faz a pessoa crer que haja uma contravenção prometida na oração.

Daí se ouvir pessoas, afirmando suas causas, dizerem: “A oração tem poder” — visto que lhes pareça que “orar” seja a macumba permitida pelo “Deus” que não é o diabo.

A crença é que “Jesus” seja uma espécie Grau 33 da Maçonaria Universal, e que os crentes sejam os fies cúmplices Dele na Grande Loja Cristã.

Na realidade se crê que a “Igreja” seja a Loja. Seja o lugar dos confrades de Deus. Seja o lugar/vínculo entre o Grande Mestre [Jesus] e os demais maçons de “igreja”, especialmente os pastores e sacerdotes oficiais.

No alto de tudo está o Grande Arquiteto do Universo dos Crentes: “Deus”.

Para outros, menos sofisticados, quando pensam em orações respondidas segundo as suas vontades e desejos, e não segundo a vontade de Deus, a melhor imagem de oração como contravenção solidária é a Máfia.

Nesse caso “Jesus” é o Chefão, a “igreja” é a Família, e os crentes simples são os filhos dos “gângsteres-sacerdotes”, que são os representantes dos interesses do Chefão e da Família.

Nesse caso Deus é “Deus” conforme “Deus” seja para a Máfia.

E creia: não existe máfia sem “Deus”.

Quase todo contraventor é profundamente religioso e supersticioso, assim como quase todo traficante é cheio de “crença” em “Deus”.

Sei o que falo. Passei três anos conversando com os principais traficantes do Brasil em Bangu I.

Uma vez “Celsinho da Vila Vintém”, que eu havia conseguido transferir de Bangu I para o presídio Milton Dias Moreira, desobedeceu ao acordo que tinha comigo — eu havia conseguido transferi-los com a condição de que não fugissem, ele e mais outros 11, entre eles “Gregório, o Gordo”, bem como o “Japonês”.

Pois bem, o “Celsinho” fugiu e voltou para a pobre Vila Vintém, no Rio.

Um mês depois ele havia matado dezenas...

Tocou terror geral...

As senhoras, as “tias” da favela, pediam a ele que não fizesse mais aquela vingança contra os que ele julgava que o haviam traído.

Ele disse que somente ouviria a mim...

Era o meio da Operação Rio, com o exercito nas ruas e nas favelas, e as Polícias em estado de guerra — 1994.

Foi uma mirabolância chegar até ele... De madrugada... Largado no escuro no meio de um terreno baldio no coração do nada, na Vila Vintém.

Ele pulou do alto de uma laje até onde eu estava!...

“Revendo, não me amaldiçoe. Me abençoe!” — foi logo pedindo, como se eu fosse um bruxo com poderes de matá-lo com uma palavra.

“Tô matando, mas é só malandro e traidor. Ponho o corpo no pneu e toco fogo mermo... Mas, pastor, a causa é justa... Ponha a mão na minha cabeça!...” — gritava ele, em pânico, temendo que eu dissesse que ele estava amaldiçoado.

No entanto, o que ele cria era que, como eu estivera com ele e outros 47, durante três anos, duas vezes na semana, e ajudara as famílias deles, e fizera com que direitos adquiridos fossem por eles ganhos — que isto me fazia cúmplice dele; e mais: que, por meu intermédio, Deus se faria sócio dele em orações e interesses.

Em geral é o mesmo espírito que encontro entre os crentes!

Como aceitaram a Jesus, se batizaram, dão o dízimo, cantam no coral ou nos grupos de louvor, aceitam as ordens pastorais e vivem dentro do ambiente físico do templo — pensam que, por tal razão, sejam da Família, ou da Loja, ou da Confraria, ou do Bando de Jesus.

De fato “crente” acaba se convencendo que Jesus seja o líder do bando dos fieis aos cultos e no dízimo.

Ora, tais “pactos” feitos entre eles e “Deus” pela via da Loja, da Família ou da Gang, dão ao crente esse sentimento que, pela oração, Deus esteja disponível para a contravenção contra a vida, e até contra o que Ele mesmo chame Verdade.

Quando o espírito é esse, creia: toda oração respondida é respondida pelo diabo como deus dos espíritos existentes em ódio, amargura e vingança.

Ou seja:

Quem responde as orações da morte e do ódio é sempre aquele que vem para roubar, matar e destruir.

Assim, dependendo da oração que se faça, se estará orando a Deus ou ao diabo.

O que determina uma oração não é seu ato, nem tampouco se o nome “Jesus” é utilizado, e nem se o termo “Deus” aparece o tempo todo na prece, mas sim exclusivamente seu espírito e seu conteúdo.

Dependendo do conteúdo existencial de quem ora e dependendo do que se pede, a oração vai para Deus ou vai para o diabo — falando do modo mais infantil possível, pra ver se sou entendido.

O endereço da oração é determinado pelo que o homem tenha no coração, e não na boca.

A oração é sempre o desejo...

Se o desejo for bom e do bem, a oração será boa e para Deus.

Se desejo for mal e do mal, a oração é uma macumba feita com despacho.

Por isto, digo:

Não peça a Deus aquilo que é o diabo que gosta de atender!

Oração a Deus mesmo, saiba: somente acontece segundo a Sua Vontade.

O mais é macumba...



Nele,



Caio

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