Enquanto os homens conspiram para entregar Jesus à morte, a carne de Pedro conspira contra ele. Graças à intervenção de João, ele é admitido no pátio interior da casa do sumo sacerdote, mas logo procura a companhia dos guardas e outros que ajudaram a prender Jesus, para se aquecer em torno da mesma fogueira.
Pedro é reconhecido por uma mulher: "Você não é um dos discípulos desse homem?" Ele nega por medo da mulher. Então é a vez dos que estão ao redor da fogueira questionarem: "Você não é um dos discípulos dele?". Pedro nega outra vez. Finalmente é reconhecido pelo parente do homem que teve a orelha cortada: "Eu não o vi com ele no olival?". Pedro nega pela terceira vez e o galo canta.
O evangelho de Lucas dá mais detalhes do que acontece após o galo cantar: "O Senhor voltou-se e olhou diretamente para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra que o Senhor lhe tinha dito: 'Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes'. Saindo dali, chorou amargamente" (Lc 22:61). Prestes a morrer, Jesus preocupa-se com seu discípulo. Ele já sabia que Pedro iria fraquejar e tinha orado por ele. Agora é com o olhar, e não com uma repreensão, que Jesus toca o coração covarde do discípulo corajoso. Aquele que se dizia disposto a encarar a morte por Jesus não teve sequer coragem de encarar a pergunta de uma mulher.
Se Pedro vivesse nos dias de hoje ele seria um assíduo consumidor de livros e palestras de autoajuda, com mensagens do tipo "Confie em si mesmo", "Descubra o poder que há em seu interior" ou "Siga o seu coração". Tudo isso pode soar bonito, mas não passa de confiança na carne. Um pouco antes Jesus tinha deixado claro aos discípulos que, por maior disposição de espírito que eles demonstrassem ter, a carne é fraca. Confiar na carne e nos sentidos nos deixa vulneráveis ao pecado. Pedro que o diga.
Sempre desconfie de sua capacidade natural quando ela é colocada ao serviço do Senhor pela vontade própria. Jeremias escreveu que é maldito o homem que confia no homem, e isso inclui confiar em si mesmo. O temperamento de Pedro só podia ser útil quando controlado pelo Espírito de Deus, como em Atos 4:13, quando Anás e Caifás darão testemunho da intrepidez e coragem de Pedro ao testemunhar de Jesus sob o risco de morrer por isso.
O primeiro Salmo diz que é feliz o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Assentado na roda dos ímpios guardas, em busca daquilo que os aquece, Pedro nega a Jesus. Sempre que você buscar conforto na companhia dos ímpios, seu testemunho será enfraquecido e você acabará sendo uma negação daquilo que deveria ser neste mundo: um testemunho para Jesus.
Mário Persona
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Dragão em pele de cordeiro
No Antigo Testamento Davi é uma figura de Jesus, o rei traído e desprezado que o profeta Isaías descreveu como não tendo "qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos" (Is 53:2). Por sua vez, Absalão, o filho de Davi elogiado por sua beleza, é uma figura do Anticristo, o usurpador do trono e representante visível do príncipe deste mundo, Satanás.
Porém, quando Jesus voltar para reinar, já não virá mais como o servo manso e humilde, mas como um rei poderoso e implacável para com seus inimigos. Aqueles que hoje creem nesse Jesus desprezado e exilado no céu, recebem a salvação. Os que o rejeitam serão levados a crer no Anticristo, aquele que João descreve como a "besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão". (Ap 13:11).
Como fez Absalão, cujo nome significava "Patrono da Paz", o Anticristo virá vestido em pele de cordeiro para encobrir sua natureza de dragão herdada de Satanás. O apóstolo João previu que muitos "anticristos" surgiriam antes do derradeiro Anticristo, e algumas características os denunciariam. Uma seria o fato de negarem que Jesus veio em carne, isto é, que Deus assumiu a forma humana. Outra seria a sua habilidade em fazer sinais e milagres.
Se você vive atrás de sinais e maravilhas, saiba que pessoas assim serão as vítimas do Anticristo. Paulo fala que "a vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar" (2 Ts 2:8-10).
Quando Deus ordenou a Faraó que deixasse os israelitas saírem livres da escravidão no Egito, Faraó se opôs. Ao invés de libertar o povo de Deus, mandou que este recebesse uma carga maior de trabalho. Nos capítulos 7 e 8 do livro de Êxodo, por cinco vezes Faraó endureceu seu próprio coração. Então, no capítulo 9 diz que "o Senhor endureceu o coração de Faraó". O homem que se recusa teimosamente a ouvir a Palavra de Deus chega a um ponto sem volta, quando o endurecimento de seu coração passa a vir de Deus.
É o que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Para aqueles que ouviram o evangelho e foram deixados para trás, "Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade" (2 Ts 2:11, 12). Quanto tempo falta para isso acontecer? A Bíblia responde: um piscar de olhos. A hora de crer em Jesus é agora.
Mário Persona
Porém, quando Jesus voltar para reinar, já não virá mais como o servo manso e humilde, mas como um rei poderoso e implacável para com seus inimigos. Aqueles que hoje creem nesse Jesus desprezado e exilado no céu, recebem a salvação. Os que o rejeitam serão levados a crer no Anticristo, aquele que João descreve como a "besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão". (Ap 13:11).
Como fez Absalão, cujo nome significava "Patrono da Paz", o Anticristo virá vestido em pele de cordeiro para encobrir sua natureza de dragão herdada de Satanás. O apóstolo João previu que muitos "anticristos" surgiriam antes do derradeiro Anticristo, e algumas características os denunciariam. Uma seria o fato de negarem que Jesus veio em carne, isto é, que Deus assumiu a forma humana. Outra seria a sua habilidade em fazer sinais e milagres.
Se você vive atrás de sinais e maravilhas, saiba que pessoas assim serão as vítimas do Anticristo. Paulo fala que "a vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar" (2 Ts 2:8-10).
Quando Deus ordenou a Faraó que deixasse os israelitas saírem livres da escravidão no Egito, Faraó se opôs. Ao invés de libertar o povo de Deus, mandou que este recebesse uma carga maior de trabalho. Nos capítulos 7 e 8 do livro de Êxodo, por cinco vezes Faraó endureceu seu próprio coração. Então, no capítulo 9 diz que "o Senhor endureceu o coração de Faraó". O homem que se recusa teimosamente a ouvir a Palavra de Deus chega a um ponto sem volta, quando o endurecimento de seu coração passa a vir de Deus.
É o que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Para aqueles que ouviram o evangelho e foram deixados para trás, "Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade" (2 Ts 2:11, 12). Quanto tempo falta para isso acontecer? A Bíblia responde: um piscar de olhos. A hora de crer em Jesus é agora.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
VOCÊ CRÊ NAQUILO QUE VOCÊ NÃO VÊ?
Eliseu, o profeta, pediu a Deus em favor de seu ajudante, o seguinte:
“Senhor, abre-lhe os olhos, para que veja que mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.
Jesus perguntou a Seus discípulos quando estava sendo preso:
“Ou não crêem que se eu pedisse meu Pai não enviaria legiões de anjos?”
Também é Jesus quem diz:
“Eu vi Satanás cair do céu como um relâmpago!”
E diz mais:
“Em verdade vos digo que os anjos dos pequeninos vêem a face de meu Pai, em favor deles, de dia e de noite”.
E, na mesma toada, vêm dezenas de outros textos, tanto da Antiga Aliança quanto da Nova, todos garantindo que entre nós e o que vemos, existem milhares de forças e poderes que não vemos.
Desse modo, percebemos apenas uma porção extremamente pequena da realidade. E digo não apenas acerca da realidade que vemos [da qual somos quase totalmente ignorantes], mas, sobretudo, da realidade invisível, a qual somente pode ser acessada pela fé, e que é muito mais lotada de vida do que o mundo que vemos.
Eu sei que estou sendo visto o tempo todo. Visto por anjos, demônios e muitas criaturas que não vejo. Não as vejo, mas sei que existem; e sei que me conhecem...
Para não irmos muito longe..., basta dizer de modo reduzido que Jesus e Paulo viam muito mais o mundo que não se vê do que o mundo que se vê.
Ora, quem perde esse sentido das coisas..., mas insiste em dizer que vê, se assemelha a um cego que se oferece para dar aula em classe de cirurgia oftalmológica.
Não é possível ler o Novo Testamento é continuar não aceitando que a fé em Jesus é cheia de seres invisíveis, de lutas, de confortos e de socorros espirituais.
Quem pensa que lida apenas com o que se vê faz-se presa fácil de tudo o que existindo não se vê.
Daí Paulo dizer que nossa luta maior não é contra o que se vê, mas contra o que se não vê, e que se manifesta de modo perversamente organizado no mundo, na forma de Principados, Potestades, Poderes, Tronos, e Soberanias diversas...
Mas a maioria prefere crer que o mundo é feito, em seus maiores poderes, de Osamas e Obamas...
Não! Os Osamas e os Obamas são apenas pequenos coadjuvantes em uma trama muito mais sofisticada, para qual ambos estão igualmente cegos...
Ah, quem dera nossos olhos se abrissem para vermos tudo o que está rolando nas regiões invisíveis...
Então, veríamos como nossas ações, pensamentos, eleições de importância, causas, valores, significados, etc. — repousam sobre muito do engano que nos é administrado por tais poderes espirituais.
Eu ousaria dizer que se os nossos olhos se abrissem talvez percebêssemos que 99% do que chamamos de importante sejam apenas imposições do mundo dos manipuladores espirituais.
A grande especialidade desses seres, quando são hostis, é distrair a nossa existência em relação ao que seja o real sentido de viver.
Ora, Jesus disse que eles não somente influenciam, mas também disse que eles podem habitar mentes e possuir pessoas, que, pela entrega, tornam-se um com tais forças...
É por esta razão que o convite é para que se ponha o capacete da salvação, se vista a couraça da Justiça de Jesus, se calce os pés com o Evangelho da paz, se empunhe a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e que se tenha sempre o escudo da Fé, com qual se pode apagar as setas inflamadas e envenenadas desses poderes hostis; e isso sempre vestindo a verdade como roupa intima do ser.
Quem não tiver tais percepções não sobreviverá nos dias maus que se avizinham do mundo.
Nele, que nos ordenou que andássemos vigilantes,
Caio
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Um titulo que ninguém quer
Estou impressionado com a quantidade de títulos eclesiásticos criados nos últimos anos. De apóstolo, a apóstolo embaixador, o que mais temos no meio evangélico é o culto a hierarquia institucionalizada.
Há pouco ouvi um relato de uma irmã que ao dirigir-se a um senhor chamou-lhe de irmão. Para surpresa dela, o homem de modo sisudo respondeu firmemente dizendo: Irmão não. Pastor. Por favor me chame de pastor.
Pois é, lamentavelmente alguns dos líderes evangélicos tupiniquins tem demonstrado ao longo dos anos uma enorme fome por titulos. Se não bastasse os oficios e titulos convencionais, esta corja aproveitadora, inventou outros tantos mais. Nesta perspectiva multiplicaram-se os apóstolos, apareceram os profetas da restauração que a reboque fabricaram os titulos de paipostolo, Patriarca Apostólico, Principe de Israel, dentre tantos outros mais.
Caro leitor, essa busca desenfreada por títulos e oficios me enoja. A questão é que essa galera descompromissada com as Escrituras prefere a ostentação de uma função eclesiástica a ser um simples servo. Aliais, o termo servo, definitivamente caiu em desuso. Todavia, ao contrário do que deveria ser, parte da igreja evangélica brasileira esqueceu das Palavras de Jesus que nos ensina que todo aquele que deseja ser grande deve aprender a servir.
Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Marcos 10:42-45
Lamentavelmente os homens querem ostentação, sem contudo entenderem que somos e fomos chamados para servir àqueles que conosco se relacionam. Como bem afirmou Thomas Brooks, "os cristãos que permanecem no serviço do Senhor precisam considerar mais a cruz do que a coroa."
Prezado amigo, quem somos nós? Que possuímos nós? Ora, não somos nada! Como bem disse o reformador Martinho Lutero, nós não passamos de sacos de esterco, servos inúteis carentes da graça e da misericórdia de Deus.
Pense nisso!
Renato Vargens
Há pouco ouvi um relato de uma irmã que ao dirigir-se a um senhor chamou-lhe de irmão. Para surpresa dela, o homem de modo sisudo respondeu firmemente dizendo: Irmão não. Pastor. Por favor me chame de pastor.
Pois é, lamentavelmente alguns dos líderes evangélicos tupiniquins tem demonstrado ao longo dos anos uma enorme fome por titulos. Se não bastasse os oficios e titulos convencionais, esta corja aproveitadora, inventou outros tantos mais. Nesta perspectiva multiplicaram-se os apóstolos, apareceram os profetas da restauração que a reboque fabricaram os titulos de paipostolo, Patriarca Apostólico, Principe de Israel, dentre tantos outros mais.
Caro leitor, essa busca desenfreada por títulos e oficios me enoja. A questão é que essa galera descompromissada com as Escrituras prefere a ostentação de uma função eclesiástica a ser um simples servo. Aliais, o termo servo, definitivamente caiu em desuso. Todavia, ao contrário do que deveria ser, parte da igreja evangélica brasileira esqueceu das Palavras de Jesus que nos ensina que todo aquele que deseja ser grande deve aprender a servir.
Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Marcos 10:42-45
Lamentavelmente os homens querem ostentação, sem contudo entenderem que somos e fomos chamados para servir àqueles que conosco se relacionam. Como bem afirmou Thomas Brooks, "os cristãos que permanecem no serviço do Senhor precisam considerar mais a cruz do que a coroa."
Prezado amigo, quem somos nós? Que possuímos nós? Ora, não somos nada! Como bem disse o reformador Martinho Lutero, nós não passamos de sacos de esterco, servos inúteis carentes da graça e da misericórdia de Deus.
Pense nisso!
Renato Vargens
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
O diabo envia seus erros de dois em dois
Sinto o forte desejo de lhe dizer – e acho que você sente a mesma coisa – qual dos dois erros é pior. Essa é a estratégia do diabo para nos pegar.
Ele sempre envia ao mundo erros aos pares – pares de opostos.
E sempre nos estimula a desperdiçar um tempo precioso na tentativa de adivinhar qual deles é o pior.
Sabe por quê? Ele usa o fato de você abominar um deles para levá-lo aos poucos a cair no extremo oposto. Mas não nos deixemos enganar.
Temos de manter os olhos fixos em nosso objetivo, que está bem à nossa frente, e passar reto no meio de ambos os erros.
Nem um nem outro dos interessam
C. S. Lewis
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O Espírito da Verdade
No capítulo 16 do evangelho de João os discípulos de Jesus são avisados que receberiam algo que ninguém jamais recebera: o Espírito Santo. Até mesmo um israelita, que se considerava cidadão de uma nação governada por Deus, nunca pensou em ter o Espírito Santo de Deus habitando dentro de si.
No Antigo Testamento, nos evangelhos e no período anterior ao dia de Pentecostes descrito em Atos 2, o Espírito Santo inspirava e influenciava os que eram de Deus, capacitando-os para coisas extraordinárias. Era assim com os apóstolos de Jesus. Porém o Espírito, que estava com eles ou sobre eles, jamais esteve neles.
Com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, o Espírito de Deus seria enviado para habitar na igreja, como um todo, e no crente individualmente. É esta a promessa que Jesus agora faz aos discípulos, não sem antes alertá-los de que neste mundo eles seriam odiados, como o próprio Jesus era odiado e seria odiado até hoje.
Não se iluda: o ódio da humanidade contra Jesus é o mesmo do dia em que a multidão escolheu Barrabás. Não falo só do ódio que se traduz em perseguição aos cristãos em países avessos ao cristianismo. Nesses o ódio a Jesus é notório e o diabo "anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar" (1 Pd 5:8).
Falo dos países cristianizados, onde "Satanás se disfarça de anjo de luz" e seus servos fingem ser "servos da justiça" (2 Co 11:14-15). A civilização ocidental disfarça seu ódio com uma fachada de reverência que esconde guerras, torturas psicológicas e estelionatos praticados em nome de Jesus. Se você quiser arruinar a reputação de alguém é só associar o nome dessa pessoa a atividades criminosas. É o que o Ocidente vem fazendo com o nome de Jesus há dois mil anos.
Você acha que os discípulos entendem o que Jesus lhes diz? Absolutamente nada! Neste momento eles não passam de cabos eleitorais em plena euforia de campanha. Para eles Jesus é o candidato vitorioso a Rei de Israel. Afinal, ele acabara de ser aclamado pelo povo em sua entrada triunfal em Jerusalém. Eles estão certos de que Jesus veio libertá-los do opressor romano e estabelecer seu reino.
Mas Jesus lhes diz: "Vocês serão expulsos das sinagogas; de fato, virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus" (Jo 16:2). Bem, não é exatamente isso o que eles esperam. Ser expulso da sinagoga é humilhante; é como perder a identidade de judeu em uma nação considerada teocrática, isto é, governada por Deus.
Mal sabem eles que muito em breve os únicos governados por Deus neste mundo seriam aqueles que tivessem o Espírito Santo de Deus habitando em si. E que nos séculos seguintes o mundo seria como um grande tribunal, com Deus perguntando à humanidade: "Onde está meu Filho?".
Mário Persona
No Antigo Testamento, nos evangelhos e no período anterior ao dia de Pentecostes descrito em Atos 2, o Espírito Santo inspirava e influenciava os que eram de Deus, capacitando-os para coisas extraordinárias. Era assim com os apóstolos de Jesus. Porém o Espírito, que estava com eles ou sobre eles, jamais esteve neles.
Com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, o Espírito de Deus seria enviado para habitar na igreja, como um todo, e no crente individualmente. É esta a promessa que Jesus agora faz aos discípulos, não sem antes alertá-los de que neste mundo eles seriam odiados, como o próprio Jesus era odiado e seria odiado até hoje.
Não se iluda: o ódio da humanidade contra Jesus é o mesmo do dia em que a multidão escolheu Barrabás. Não falo só do ódio que se traduz em perseguição aos cristãos em países avessos ao cristianismo. Nesses o ódio a Jesus é notório e o diabo "anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar" (1 Pd 5:8).
Falo dos países cristianizados, onde "Satanás se disfarça de anjo de luz" e seus servos fingem ser "servos da justiça" (2 Co 11:14-15). A civilização ocidental disfarça seu ódio com uma fachada de reverência que esconde guerras, torturas psicológicas e estelionatos praticados em nome de Jesus. Se você quiser arruinar a reputação de alguém é só associar o nome dessa pessoa a atividades criminosas. É o que o Ocidente vem fazendo com o nome de Jesus há dois mil anos.
Você acha que os discípulos entendem o que Jesus lhes diz? Absolutamente nada! Neste momento eles não passam de cabos eleitorais em plena euforia de campanha. Para eles Jesus é o candidato vitorioso a Rei de Israel. Afinal, ele acabara de ser aclamado pelo povo em sua entrada triunfal em Jerusalém. Eles estão certos de que Jesus veio libertá-los do opressor romano e estabelecer seu reino.
Mas Jesus lhes diz: "Vocês serão expulsos das sinagogas; de fato, virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus" (Jo 16:2). Bem, não é exatamente isso o que eles esperam. Ser expulso da sinagoga é humilhante; é como perder a identidade de judeu em uma nação considerada teocrática, isto é, governada por Deus.
Mal sabem eles que muito em breve os únicos governados por Deus neste mundo seriam aqueles que tivessem o Espírito Santo de Deus habitando em si. E que nos séculos seguintes o mundo seria como um grande tribunal, com Deus perguntando à humanidade: "Onde está meu Filho?".
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CRENTES INSEGUROS
Biblicamente falando, reconhecemos claramente dois tipos de pecados: aquele que pecamos por agir (ação); e aquele que pecamos por nos omitir (omissão).
Não quero, neste espaço, contrariar a minha consciência e, para ser agradável a alguns, deixar de falar algumas verdades, pecando por omissão.
Portanto, como tem sido o meu comportamento, neste blog, continuarei a falar aquilo que minha consciência me dita, seguindo sempre o propósito de esclarecer os meus queridos irmãos leitores, sempre, claro, na medida de minhas forças.
Hoje, proponho-me a refletir um pouquinho sobre o tipo de fé que nos impele a realizar tudo aquilo que concerne ao Reino, e as possíveis implicações que isso possa vir a ter, em nossa vida, enquanto cristãos.
Entretanto, como o espaço é pequeno (e se não fosse assim, muitos desistiriam de ler), não farei rodeios: desejo falar, neste post, sobre um tipo de “fé” entre aspas, que, além de ser enganosa, adoece a vida daquele que confessa ou reconhece tê-la.
Refiro-me aquilo que chamarei aqui de “fé auto-enganadora”.
QUE TIPO DE FÉ É ESSE?
A fé auto-enganadora é, na verdade, uma fé tipo fantasia,encobridora e disfarçadora das maiores e mais inconfessáveis inseguranças.
É aquele tipo de fé aparentada com a credulidade, que tem medo de ser confrontada, tem medo de não resistir, tem medo de ser demovida. Por essa razão, não perscruta, não se submete à lógica da vida, não se envolve com nada que, mesmo de longe, vislumbre ameaça-la, pois é uma fé temerosa.
Ou seja: segundo a Bíblia é mesmo uma fé que não existe. Mas, infelizmente, é o único tipo de fé que muitos cristãos, supostamente piedosos, conseguem esposar.
COMO SE EXTERIORIZA ESSA FÉ?
Como já referido acima, exterioza-se sempre através do medo. O indivíduo que professa essa qualidade de fé não lê, por exemplo, um livro como “O Código da Vinci”, pois, nele, o autor afirma que Jesus foi casado com Maria Madalena, e teve filhos terrenos, cuja descendência humana continua até os dias de hoje.
Esse tipo de fé também se recusa a reconhecer a Psicanálise, pois, seu criador, Freud, apesar de ter sido um judeu, foi também um ateu confesso. Portanto, nem ele e nem sua ciência "devem ser aceitos".
Da mesma maneira, esse tipo de fé recusa-se a procurar conhecer a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, porque ele afirma em seu livro sobre a origem das espécies, que todos nós, seres vivos (animais e vegetais) somos descendentes de um ancestral comum,ue, através da seleção natural e das mutações, foi se diferenciando, através de milhões de anos. dando origem a todas as espécies de organismos.
Essa “fé” proíbe ler determinados livros, assistir a determinados filmes, ler determinados jornais; abomina editoras “não denominacionais”, esconjura o aprofundar-se nos estudos “seculares” e evita toda e qualquer coisa que possa representar “uma ameaça” a sua (falsa) segurança.
Ora, nem é preciso seguir mais adiante com argumentos, pois, quem quer que tenha bom-senso, já terá percebido que tal tipo de fé está edificada sobre a areia e pode, de fato, ruir a qualquer momento.
A FÉ VERDADEIRA
A fé verdadeira é aquela que faz o bem, que não se omite diante das dificuldades de outrem, mas, principalmente, NÃO TEM MEDO DE CONHECER O OUTRO LADO DA MOEDA.
E, mesmo conhecendo todo o outro lado da moeda, não se abala e segue avante confiadamente pois sabe que nada, nem Código Da Vinci, nem darwinismo, nem Sigmund Freud e a Psicanálise, nem a teoria do “Big Bang” ou do “Buraco Negro”, nos poderá separar de estarmos firmes na Rocha, que não é nem pode ser outra do que a “pedra de esquina”, tão bem descrita por Paulo: JESUS CRISTO DE NAZARÉ!
"Por que estou certerto de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rom.8.39-39)
Toni Ayres
Não quero, neste espaço, contrariar a minha consciência e, para ser agradável a alguns, deixar de falar algumas verdades, pecando por omissão.
Portanto, como tem sido o meu comportamento, neste blog, continuarei a falar aquilo que minha consciência me dita, seguindo sempre o propósito de esclarecer os meus queridos irmãos leitores, sempre, claro, na medida de minhas forças.
Hoje, proponho-me a refletir um pouquinho sobre o tipo de fé que nos impele a realizar tudo aquilo que concerne ao Reino, e as possíveis implicações que isso possa vir a ter, em nossa vida, enquanto cristãos.
Entretanto, como o espaço é pequeno (e se não fosse assim, muitos desistiriam de ler), não farei rodeios: desejo falar, neste post, sobre um tipo de “fé” entre aspas, que, além de ser enganosa, adoece a vida daquele que confessa ou reconhece tê-la.
Refiro-me aquilo que chamarei aqui de “fé auto-enganadora”.
QUE TIPO DE FÉ É ESSE?
A fé auto-enganadora é, na verdade, uma fé tipo fantasia,encobridora e disfarçadora das maiores e mais inconfessáveis inseguranças.
É aquele tipo de fé aparentada com a credulidade, que tem medo de ser confrontada, tem medo de não resistir, tem medo de ser demovida. Por essa razão, não perscruta, não se submete à lógica da vida, não se envolve com nada que, mesmo de longe, vislumbre ameaça-la, pois é uma fé temerosa.
Ou seja: segundo a Bíblia é mesmo uma fé que não existe. Mas, infelizmente, é o único tipo de fé que muitos cristãos, supostamente piedosos, conseguem esposar.
COMO SE EXTERIORIZA ESSA FÉ?
Como já referido acima, exterioza-se sempre através do medo. O indivíduo que professa essa qualidade de fé não lê, por exemplo, um livro como “O Código da Vinci”, pois, nele, o autor afirma que Jesus foi casado com Maria Madalena, e teve filhos terrenos, cuja descendência humana continua até os dias de hoje.
Esse tipo de fé também se recusa a reconhecer a Psicanálise, pois, seu criador, Freud, apesar de ter sido um judeu, foi também um ateu confesso. Portanto, nem ele e nem sua ciência "devem ser aceitos".
Da mesma maneira, esse tipo de fé recusa-se a procurar conhecer a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, porque ele afirma em seu livro sobre a origem das espécies, que todos nós, seres vivos (animais e vegetais) somos descendentes de um ancestral comum,ue, através da seleção natural e das mutações, foi se diferenciando, através de milhões de anos. dando origem a todas as espécies de organismos.
Essa “fé” proíbe ler determinados livros, assistir a determinados filmes, ler determinados jornais; abomina editoras “não denominacionais”, esconjura o aprofundar-se nos estudos “seculares” e evita toda e qualquer coisa que possa representar “uma ameaça” a sua (falsa) segurança.
Ora, nem é preciso seguir mais adiante com argumentos, pois, quem quer que tenha bom-senso, já terá percebido que tal tipo de fé está edificada sobre a areia e pode, de fato, ruir a qualquer momento.
A FÉ VERDADEIRA
A fé verdadeira é aquela que faz o bem, que não se omite diante das dificuldades de outrem, mas, principalmente, NÃO TEM MEDO DE CONHECER O OUTRO LADO DA MOEDA.
E, mesmo conhecendo todo o outro lado da moeda, não se abala e segue avante confiadamente pois sabe que nada, nem Código Da Vinci, nem darwinismo, nem Sigmund Freud e a Psicanálise, nem a teoria do “Big Bang” ou do “Buraco Negro”, nos poderá separar de estarmos firmes na Rocha, que não é nem pode ser outra do que a “pedra de esquina”, tão bem descrita por Paulo: JESUS CRISTO DE NAZARÉ!
"Por que estou certerto de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rom.8.39-39)
Toni Ayres
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Por que o legalismo é perigoso?
As considerações que fazemos, neste post, têm base na psicologia profunda de C. G. Jung. Portanto, consideraremos, para efeito de entendimento, a palavra "legalismo" (para nós, cristão, excesso da lei mosaica), como diferente de "moral" (entendida, para todas as pessoas, como aplicação de princípios éticos-morais, adotados por uma sociedade).
Quero dizer, com isso, que "legalismo" e "moral" não vêm a ser uma só e mesma coisa, também dentro da cultura cristã evangélica.
O Engano Que Os Cristãos Cometem
Iniciando nossa argumentação, devemos deixar claro que o engano e a confusão que nós, cristão, muitas vezes, impensadamente, cometemos, é imaginar que a moral foi dada a nós e a todos os homens, pelas tábuas da lei, que Moisés trouxe do Monte Sinai.
Aquelas tábuas da lei e os mandamentos nela contidos, foram dados ao povo hebreu, à nação israelita, ao povo eleito de Deus, como um sinal visível, no deserto, em primeira mão.
Nós os recebemos depois, na forma do ensinamento dos dez mandamentos que, evidentemente, valem sim, para nós, assim como valem para os judeus.
Onde Reside o Engano, Então?
O engano está em confundir a Lei com o sentimento moral, comum a todo ser humano.
Paulo disse que não conheceríamos o pecado, se não houvesse a Lei e isso é verdadeiro.
No entanto, apesar de a Lei ser a Lei de Deus, explicitamente manifestada através dos dez mandamentos, existe um sentimento moral que já nasce com todos os homens e faz parte de sua psiquê.
A psicologia, a sociologia e a antropologia confirmam que todos os povos, de todas as culturas e de todas as religiões (até aquelas das mais primitivas civilizações, nas mais remotas ilhas) nascem com um sentimento moral, manifestado sob a forma de um sentimento religioso, mesmo que o "deus" que veneram sejam um totem, um ídolo, o fogo, o sol, a lua ou as estrelas.
Esses povos nunca chegaram a conhecer o decálogo de Moisés e os que chegaram, tinham a sua religiosidade manifesta muito antes disso.
E Onde Reside o Perigo, Então?
O perigo reside no fato (de consequências nefastas, infelizmente) de que os cristãos exageradamente legalistas, ao privilegiarem o legalismo, recalcam para o inconsciente, todo o seu sentimento moral-religioso inato.
Quando isso acontece, toda a sua "fé" e todo o seu "discurso piedoso" passam a ser sustentados exclusivamente pelo legalismo exagerado, extremamente frágil (pois constitui apenas uma casca) para resistir às tentações.
Essa é a razão pela qual, tantas e tantas vezes, testemunhamos aquelas pessoas mais defensoras de uma "pretensa santidade", através do legalismo exagerado, caírem nos mais torpes e mais rasteiros pecados.
E as Consequências Acabam Aí?
Infelizmente, não, uma vez que, segundo Jung, o homem deve aprender a conviver e a aceitar o seu lado mais negro (que ele, em sua psicologia, chama de sombra.
Mesmo os cristãos mais sinceramente convertidos, continuam sendo pecadores e possuem, portanto, a sua sombra, com a qual devem aprender a conviver pacificamente.
Uma prova disso é que, quem quer que leia atentamente os ensinos paulinos, perceberá que o apóstolo Paulo nunca deixou de trazer dentro dele o velho Saulo de Tarso, mas houve uma harmonia entre os "dois", uma vez que, pela Graça, Paulo não negou, mas absorveu em sua personalidade, o antigo Saulo.
O que não acontece com os cristãos legalistas extremados. Estes, ao invés de integrarem o velho Adão – o seu lado sombra – preferem renegá-lo, recalcando-o para o inconsciente.
Os Resultados
O primeiro deles é aquela fragilidade moral, sobre a qual já falamos. O legalista acha-se "santo", vê-se como "piedoso", acusa e coloca na cadeira dos réus a seus irmãos, com a maior facilidade.
No entanto, o seu coração está repleto das fantasias mais imorais imagináveis, a sua mente está repleta das mais sórdidas perversões, os seus pensamentos, quase sempre, são de sensualidade e luxúria.
As condenações que fazem aos demais são projeções de suas próprias condenações, que não suportariam admitir.
A Lei dos Opostos
Em seguida, em algum momento de suas vidas, acontece a Lei dos Opostos, ou Lei dos Contrários, no dizer de Jung. De repente, de uma forma surpreendente, passam para o extremo oposto.
Um exemplo inocente é o caso de um pastor que conheci que, numa Copa do Mundo abominava o futebol e defendia a exclusão de todos os crentes que possuíam televisão.
Na Copa do Mundo seguinte, não apenas ele próprio adquiriu uma TV para assistir aos jogos, como orava para que o Brasil fosse campeão.
Exemplos Menos Inocentes
Os exemplos menos inocentes constituem aqueles em que, os conteúdos recalcados inconscientes, vêm à tona da consciência como que um vulcão.
Nesses casos, a pessoa mais "santa" passa a ser exageradamente liberal; as que vêem pecado em tudo passam a não enxergar pecado em mais nada.
É comum tornarem-se "liberais", permissivas e promíscuas. Em alguns casos, infelizmente, tornam-se literalmente apóstatas e defensoras do ateísmo mais pagão.
Conclusão
Lutar contra o pecado é o espinho na carne de todos nós. Essa é uma luta, por vezes inglória; todavia deve sempre estar respaldada na Graça, pois somente pela Graça é que podemos ser salvos, unicamente pelos méritos de Cristo.
Isto posto, é dever de todos nós, pedirmos em nossas orações, que o Senhor nos conceda discernimento para reconhecermos e evitarmos o legalismo que anula a Graça.
E que os pastores legalistas reconheçam que estão emocionalmente doentes. Orem e procurem ajuda para, como Paulo, ficarem em paz com seus "Saulos de Tarso" interiores.
Que possam ficar tão emocionalmente sadios de tal maneira que, ao invés de esbravejarem com o dedo em riste, sejam capazes de pregar, obedecendo o ensino paulino, em Gálatas 6.1:
"Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado".
Tony Ayres
Quero dizer, com isso, que "legalismo" e "moral" não vêm a ser uma só e mesma coisa, também dentro da cultura cristã evangélica.
O Engano Que Os Cristãos Cometem
Iniciando nossa argumentação, devemos deixar claro que o engano e a confusão que nós, cristão, muitas vezes, impensadamente, cometemos, é imaginar que a moral foi dada a nós e a todos os homens, pelas tábuas da lei, que Moisés trouxe do Monte Sinai.
Aquelas tábuas da lei e os mandamentos nela contidos, foram dados ao povo hebreu, à nação israelita, ao povo eleito de Deus, como um sinal visível, no deserto, em primeira mão.
Nós os recebemos depois, na forma do ensinamento dos dez mandamentos que, evidentemente, valem sim, para nós, assim como valem para os judeus.
Onde Reside o Engano, Então?
O engano está em confundir a Lei com o sentimento moral, comum a todo ser humano.
Paulo disse que não conheceríamos o pecado, se não houvesse a Lei e isso é verdadeiro.
No entanto, apesar de a Lei ser a Lei de Deus, explicitamente manifestada através dos dez mandamentos, existe um sentimento moral que já nasce com todos os homens e faz parte de sua psiquê.
A psicologia, a sociologia e a antropologia confirmam que todos os povos, de todas as culturas e de todas as religiões (até aquelas das mais primitivas civilizações, nas mais remotas ilhas) nascem com um sentimento moral, manifestado sob a forma de um sentimento religioso, mesmo que o "deus" que veneram sejam um totem, um ídolo, o fogo, o sol, a lua ou as estrelas.
Esses povos nunca chegaram a conhecer o decálogo de Moisés e os que chegaram, tinham a sua religiosidade manifesta muito antes disso.
E Onde Reside o Perigo, Então?
O perigo reside no fato (de consequências nefastas, infelizmente) de que os cristãos exageradamente legalistas, ao privilegiarem o legalismo, recalcam para o inconsciente, todo o seu sentimento moral-religioso inato.
Quando isso acontece, toda a sua "fé" e todo o seu "discurso piedoso" passam a ser sustentados exclusivamente pelo legalismo exagerado, extremamente frágil (pois constitui apenas uma casca) para resistir às tentações.
Essa é a razão pela qual, tantas e tantas vezes, testemunhamos aquelas pessoas mais defensoras de uma "pretensa santidade", através do legalismo exagerado, caírem nos mais torpes e mais rasteiros pecados.
E as Consequências Acabam Aí?
Infelizmente, não, uma vez que, segundo Jung, o homem deve aprender a conviver e a aceitar o seu lado mais negro (que ele, em sua psicologia, chama de sombra.
Mesmo os cristãos mais sinceramente convertidos, continuam sendo pecadores e possuem, portanto, a sua sombra, com a qual devem aprender a conviver pacificamente.
Uma prova disso é que, quem quer que leia atentamente os ensinos paulinos, perceberá que o apóstolo Paulo nunca deixou de trazer dentro dele o velho Saulo de Tarso, mas houve uma harmonia entre os "dois", uma vez que, pela Graça, Paulo não negou, mas absorveu em sua personalidade, o antigo Saulo.
O que não acontece com os cristãos legalistas extremados. Estes, ao invés de integrarem o velho Adão – o seu lado sombra – preferem renegá-lo, recalcando-o para o inconsciente.
Os Resultados
O primeiro deles é aquela fragilidade moral, sobre a qual já falamos. O legalista acha-se "santo", vê-se como "piedoso", acusa e coloca na cadeira dos réus a seus irmãos, com a maior facilidade.
No entanto, o seu coração está repleto das fantasias mais imorais imagináveis, a sua mente está repleta das mais sórdidas perversões, os seus pensamentos, quase sempre, são de sensualidade e luxúria.
As condenações que fazem aos demais são projeções de suas próprias condenações, que não suportariam admitir.
A Lei dos Opostos
Em seguida, em algum momento de suas vidas, acontece a Lei dos Opostos, ou Lei dos Contrários, no dizer de Jung. De repente, de uma forma surpreendente, passam para o extremo oposto.
Um exemplo inocente é o caso de um pastor que conheci que, numa Copa do Mundo abominava o futebol e defendia a exclusão de todos os crentes que possuíam televisão.
Na Copa do Mundo seguinte, não apenas ele próprio adquiriu uma TV para assistir aos jogos, como orava para que o Brasil fosse campeão.
Exemplos Menos Inocentes
Os exemplos menos inocentes constituem aqueles em que, os conteúdos recalcados inconscientes, vêm à tona da consciência como que um vulcão.
Nesses casos, a pessoa mais "santa" passa a ser exageradamente liberal; as que vêem pecado em tudo passam a não enxergar pecado em mais nada.
É comum tornarem-se "liberais", permissivas e promíscuas. Em alguns casos, infelizmente, tornam-se literalmente apóstatas e defensoras do ateísmo mais pagão.
Conclusão
Lutar contra o pecado é o espinho na carne de todos nós. Essa é uma luta, por vezes inglória; todavia deve sempre estar respaldada na Graça, pois somente pela Graça é que podemos ser salvos, unicamente pelos méritos de Cristo.
Isto posto, é dever de todos nós, pedirmos em nossas orações, que o Senhor nos conceda discernimento para reconhecermos e evitarmos o legalismo que anula a Graça.
E que os pastores legalistas reconheçam que estão emocionalmente doentes. Orem e procurem ajuda para, como Paulo, ficarem em paz com seus "Saulos de Tarso" interiores.
Que possam ficar tão emocionalmente sadios de tal maneira que, ao invés de esbravejarem com o dedo em riste, sejam capazes de pregar, obedecendo o ensino paulino, em Gálatas 6.1:
"Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado".
Tony Ayres
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Amar sem reservas...
A grande constatação é que nós perdemos a paixão pelo Evangelho de Cristo.
O que ficou foi à megalomania de nossos sonhos de grandeza, mas isto não é paixão, é apenas ambição.
Nós somos filhos de um tempo no qual não há paixão. Para nós, paixão é uma coceira ardente e incomoda, e que logo passa...é coisa de criança.
Sim, nós ainda não conhecemos a paixão como ela é: loucura. E se é por Deus, é mais loucura ainda... O fato é que somos assim, não porque nos falte conhecimento, mas paixão; ou seja: falta vontade ardente.
A maioria sabe até muita coisa - pelo menos o suficiente -, a fim de poder tomar decisões... e andar... seguindo e segundo Jesus.
Saber a gente sabe, mas quase ninguém está disposto a seguir, a se mover, a andar após Jesus. Nossa sociedade cristã é apenas uma massa de espectadores exigentes e caprichosos.
Quase ninguém quer viver com Deus, mas a maioria gosta de saber que alguém ou alguns o fazem. E no dia que esses “seres vicários” deixarem de realizar o que deles é esperado, então conhecerão a única paixão que os cristãos têm: a paixão pelo juízo! Ninguém parece desejar conhecer por si mesmo e para si mesmo.
A maioria quer apenas saber para oprimir os outros. E tal motivação jamais gerará conhecimento de Deus, posto que Deus é amor. Como é que gente que não ama pode dizer que conhece ao Deus que é amor?
O conhecimento que a maioria dos cristãos têm acerca de Jesus é um conhecimento de terceira ou quarta mão. Já é um conhecimento viciado pela “igreja” e pelos seus escribas e anciãos, e praticada com ardor pelos seus fariseus.
Assim, nossa maior maldição é a mediocridade, e nossa grande morte é nossa presunção de vida. O que precisamos saber é que a vontade de Deus é uma só: Ele quer encontrar adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
E isto só acontece quando nossa vontade de conhecer a Deus não se satisfaz com a mediação de terceiros.
O conhecimento de Deus é pessoal, e a verdade da Palavra só se atualiza como tal se fizer acompanhar da paixão que segue...a Jesus...e a nenhum outro.
O que passar disso é “prosa” é proselitismo, e jamais realizará a vida de ninguém. Caio
O que ficou foi à megalomania de nossos sonhos de grandeza, mas isto não é paixão, é apenas ambição.
Nós somos filhos de um tempo no qual não há paixão. Para nós, paixão é uma coceira ardente e incomoda, e que logo passa...é coisa de criança.
Sim, nós ainda não conhecemos a paixão como ela é: loucura. E se é por Deus, é mais loucura ainda... O fato é que somos assim, não porque nos falte conhecimento, mas paixão; ou seja: falta vontade ardente.
A maioria sabe até muita coisa - pelo menos o suficiente -, a fim de poder tomar decisões... e andar... seguindo e segundo Jesus.
Saber a gente sabe, mas quase ninguém está disposto a seguir, a se mover, a andar após Jesus. Nossa sociedade cristã é apenas uma massa de espectadores exigentes e caprichosos.
Quase ninguém quer viver com Deus, mas a maioria gosta de saber que alguém ou alguns o fazem. E no dia que esses “seres vicários” deixarem de realizar o que deles é esperado, então conhecerão a única paixão que os cristãos têm: a paixão pelo juízo! Ninguém parece desejar conhecer por si mesmo e para si mesmo.
A maioria quer apenas saber para oprimir os outros. E tal motivação jamais gerará conhecimento de Deus, posto que Deus é amor. Como é que gente que não ama pode dizer que conhece ao Deus que é amor?
O conhecimento que a maioria dos cristãos têm acerca de Jesus é um conhecimento de terceira ou quarta mão. Já é um conhecimento viciado pela “igreja” e pelos seus escribas e anciãos, e praticada com ardor pelos seus fariseus.
Assim, nossa maior maldição é a mediocridade, e nossa grande morte é nossa presunção de vida. O que precisamos saber é que a vontade de Deus é uma só: Ele quer encontrar adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
E isto só acontece quando nossa vontade de conhecer a Deus não se satisfaz com a mediação de terceiros.
O conhecimento de Deus é pessoal, e a verdade da Palavra só se atualiza como tal se fizer acompanhar da paixão que segue...a Jesus...e a nenhum outro.
O que passar disso é “prosa” é proselitismo, e jamais realizará a vida de ninguém. Caio
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Pregação simples e honesta
Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus. (2 Co 4: 2 – NVI)
...Se os cristãos tomarem a suposição infundada de que a violência é errada em si mesma, ficam abertos a todos os tipos de criticismo contra os santos do Antigo Testamento, contra a pena de morte, a legítima defesa, contra o castigo físico na criação de filhos, e daí por diante.
Mas todas das críticas contra a fé cristã são defeituosas, e essa aqui não é uma exceção.
Deus mandou os santos do Antigo Testamento os povos para que pudessem se apossar da terra prometida, e não para disseminar a fé.
Foi algo realizado por uma nação em guerra com outras nações, e não pela igreja como uma entidade espiritual ou por crentes agindo individualmente por conta própria.
Deus tinha decidido expulsar os pagãos adoradores de ídolos – as suas falsas religiões eram as verdadeiras atrocidades – e ele cumpriu a sua promessa com referência à terra ao garantir a vitória de Israel. Depois Deus expulsou os próprios judeus, e agora os cristãos são o povo de Deus, e nós não lutamos por uma terra porque o nosso reino é espiritual.
Nesse sentido, a violência dos santos do Antigo Testamento não tem relação com a agenda cristã. Do mesmo modo, quando executamos um criminoso, não se trata de uma tentativa de converter sua alma por esse alto, como se quiséssemos ameaçá-lo à fé. Trata-se de uma questão distinta da pregação do evangelho.
Queremos que as pessoas creiam em seus corações, e não que meramente se vistam de uma aparência. Dessa forma, o uso da violência não é somente contra as ordens de Deus, mas é também impotente para obter o resultado que buscamos.
O mesmo se aplica ao uso de truques e artimanhas, bajulação e apelos aos desejos pecaminosos dos homens. Ou você deseja a coisa errada, ou você não vai conseguir o que quer por nenhum outro método a não ser o discurso claro e sincero.
Nós apresentamos a mensagem do evangelho como uma questão de verdade e de erro, de justiça e impiedade.
Assim, levamos para dentro da mente dos homens que isso é uma questão de certo e errado. Apelamos à consciência deles, e não às suas carteiras ou aos seus apetites e desejos sensuais.
A propagação do Evangelho não é uma questão de sutileza na oratória, de manobra política, de relevância cultural ou social. É expressão clara da verdade que pronunciamos diante de Deus e em direção aos homens – não adulterada pela ambição e livre de filosofia humana. Essa obra está aberta a todos os crentes.
Qualquer cristão pode falar a alguém sobre o Senhor Jesus Cristo em linguagem forte e honesta, e esperar que o Espírito Santo venha com grande poder e convicção.
Monergismo
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Sandro
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
FRASE
"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação."
Madre Tereza de Calcutá
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
QUEM ESTÁ QUALIFICADO PARA PREGAR A PALAVRA??
...
Primeiro: saiba apenas o que está revelado...
Segundo: ensine somente aquilo que você sabe que Jesus ensinou e que os apóstolos ensinaram; portanto, não invente...
Terceiro: veja quais são as implicações de suas opiniões em relação ao que já esteja revelado... Não tenha opinião que se choque com a revelação, nem ao menos de resvalo...
Quarto: creia que você se torna responsável pela mentira, pelo engano, pelo distorcimento, pela perda de rumo que seu ensino sugerir...
Quinto: saiba que sua falta de fé não deve ser sua mensagem, pois, por ela você será cobrado...
Sexto: por mais cheio de conhecimento que você seja..., ainda assim não pregue se você apenas souber sem fé... Não anuncie nada sem fé... Nem mesmo um grande conhecimento!...
Sétimo: saiba que aquele que ensina fabrica idéias e pensamentos... Portanto, veja o que você semeia na mente das pessoas... No fim você será cobrado por todas as sementes hibridas que plantou ou por todas as sementes que você anunciou como sendo de uma qualidade... , quando, de fato, eram de outra...
Leva tempo até que a Palavra seja decantada em nós...
Por isto se diz que o “neófito”, ou “recém”, o “novinho”, “o jovem imaturo”, ou o “homem empolgado”..., não devem sair pregando; antes, precisam dar tempo ao tempo, e ver que qualidade de fruto será produzido em sua própria existência...
E mais:
Se em sua casa, com os seus, você não frutifica o Evangelho, por que haveria você se pregar a outros... se você não faz o Evangelho mostrado em silencio pela sua própria vida?...
A seara é grande e os trabalhadores são poucos... Mas Jesus não mandou treinar e nem recrutar...
Não! Ele disse que se deveria pedir ao Senhor da seara para que Ele mesmo mandasse trabalhadores para a Sua seara!
Assim, melhor do que uma multidão de pastores que não sabem discernir entre a mãe direita e a esquerda... — é se ter apenas uns poucos pastores maduros, mas que façam tudo com amor e certeza em fé.
Não se apresse em levantar-se para pregar!...
Deixe que a Palavra levante você!
Quanto ao mais, apenas compartilhe o que seja o amor de Deus em você, mas não se apresse em ensinar...
Pense nisso!...
Caio Fábio
Primeiro: saiba apenas o que está revelado...
Segundo: ensine somente aquilo que você sabe que Jesus ensinou e que os apóstolos ensinaram; portanto, não invente...
Terceiro: veja quais são as implicações de suas opiniões em relação ao que já esteja revelado... Não tenha opinião que se choque com a revelação, nem ao menos de resvalo...
Quarto: creia que você se torna responsável pela mentira, pelo engano, pelo distorcimento, pela perda de rumo que seu ensino sugerir...
Quinto: saiba que sua falta de fé não deve ser sua mensagem, pois, por ela você será cobrado...
Sexto: por mais cheio de conhecimento que você seja..., ainda assim não pregue se você apenas souber sem fé... Não anuncie nada sem fé... Nem mesmo um grande conhecimento!...
Sétimo: saiba que aquele que ensina fabrica idéias e pensamentos... Portanto, veja o que você semeia na mente das pessoas... No fim você será cobrado por todas as sementes hibridas que plantou ou por todas as sementes que você anunciou como sendo de uma qualidade... , quando, de fato, eram de outra...
Leva tempo até que a Palavra seja decantada em nós...
Por isto se diz que o “neófito”, ou “recém”, o “novinho”, “o jovem imaturo”, ou o “homem empolgado”..., não devem sair pregando; antes, precisam dar tempo ao tempo, e ver que qualidade de fruto será produzido em sua própria existência...
E mais:
Se em sua casa, com os seus, você não frutifica o Evangelho, por que haveria você se pregar a outros... se você não faz o Evangelho mostrado em silencio pela sua própria vida?...
A seara é grande e os trabalhadores são poucos... Mas Jesus não mandou treinar e nem recrutar...
Não! Ele disse que se deveria pedir ao Senhor da seara para que Ele mesmo mandasse trabalhadores para a Sua seara!
Assim, melhor do que uma multidão de pastores que não sabem discernir entre a mãe direita e a esquerda... — é se ter apenas uns poucos pastores maduros, mas que façam tudo com amor e certeza em fé.
Não se apresse em levantar-se para pregar!...
Deixe que a Palavra levante você!
Quanto ao mais, apenas compartilhe o que seja o amor de Deus em você, mas não se apresse em ensinar...
Pense nisso!...
Caio Fábio
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O DISCÍPULO PSÍQUICO E O DISCÍPULO PNEUMÁTICO
Quem me tem lido ultimamente deve estar notando minha ênfase na diferenciação entre a vida do Homem Psíquico (Natural) e a do Homem Pneumático (Espiritual).
Escrevendo antes de qualquer outro, Paulo diz que há discípulos de Jesus que vivem ainda na alma e há aqueles que vivem no espírito e no Espírito.
Acerca do Discípulo Psíquico, Paulo diz o seguinte:
Ele crê em Jesus numa certa medida. Aceitou a idéia de que Jesus, pelo Seu poder, provou que era Deus. Foi educado a ter “Deus” na vida, por isso — pela prova do Poder, pela satisfação na lógica doutrinária, pela necessidade de Deus na alma e pelos encontros humanos que acontecem quando alguém se aproxima da fé (encontros que, para muitos, constituem o único grupo social de convívio) —, muita gente fica; e crê no que crê; e vai aprendendo a fé como ensino pedagógico; e passa a falar o que sabe; e, assim, se compromete social e publicamente com a fé pela confissão assistida por muitos. E por tal razão, envolve-se mais profundamente com a comunidade, o que leva a pessoa a subir na escala das percepções de terceiros e, depois, das importâncias.
Desse modo, assim surge mais um Discípulo Psíquico, que ensinará a outros o que aprendeu, embora para ele mesmo isso não se traduza, de fato, em paz, em segurança, em consciência firme e segura, em certeza para a vida, em relação com Deus e em entendimento do sentido simples e revolucionário do Evangelho. Tampouco isso o torna pacificado em seu ser, pois apesar de tudo isso, o Discípulo Psíquico ainda vive a experiência de Deus do mesmo modo como vive a experiência psíquica de um relacionamento humano importante (nem sempre essencial). Por isso, ele prova Deus com a alma, com as emoções e com os serviços prestados a Ele no meio do povo. Todavia, ainda assim não passou do nível da alma, e, por tal fato existencial, vive à mercê de impressões, opiniões, percepções de terceiros. Vive angustiado porque é invejoso, ciumento, possessivo, implicante, crescentemente hostil ao mesmo tempo em que é sempre lascivo; sempre sexualmente meio imprensado no ventre pelo estranho peso de desejos. Ao mesmo tempo, na vida social ele tenta se mostrar digno de um bom testemunho, enquanto na “igreja-comunidade” ele começa a experimentar cada vez mais intensamente a necessidade de ser percebido como aquilo que ele não é, e, assim, nasce o Discípulo Psíquico Engajado: um crente-homem-natural, mas que pode ser o Arcebispo de qualquer coisa.
Na maioria das vezes o Discípulo Psíquico é religioso, pois a alma pede ritos; assim como o corpo pede água e pão, ela come símbolos.
Já o Discípulo Pneumático não é assim. Ele pode até já ter sido um Discípulo Psíquico que discerniu e fez a virada; entretanto, a maioria dos que se tornam Discípulos Pneumáticos já são assim em razão da qualidade essencial da experiência de Deus que tiveram pela fé desde o inicio.
Paulo, por exemplo, fez uma viagem diferente da de Pedro, que foi de homem natural a homem espiritual. Paulo, entretanto, já nasceu para além do homem natural, como tenho visto acontecer com muitos e muitos.
Paulo simplifica a descrição de tal ser apenas dizendo que ele vive pela fé no Filho de Deus que o amou e a Si mesmo se entregou por ele, e mais: que tal revelação sempre se faz acompanhar do fruto do amor, e o amor é espiritual, pois Deus é amor. Por isso o Discípulo Pneumático é filho exclusivamente do dogma do amor. E para ele, qualquer outra via é inviável.
Ora, o Discípulo Pneumático é um ser Psíquico também. Portanto, se emociona, chora, ri, gargalha, experimenta solidão, sente necessidade de amigos, deseja e quer ser desejado em amor, tem sonhos, gosta do que gosta e prefere o que prefere; e tudo o mais que é como a alma gosta. Todavia, conforme se vê na existência de Paulo, tão evidentes em suas cartas, tais coisas da alma podem e devem ser conduzidas pelo espírito. Em tal caso, não são elas que determinam o andar e o agir (reagir) da pessoa, mas sim a sua consciência, sempre dando preferência à sabedoria em vez do mero impulso ou desejo, e, desse modo, tendo sempre a chance de não se condenar naquilo que aprova, pois no amor não há a vontade de chocar ou de ferir ninguém. E ao mesmo tempo, como o amor é o condutor da verdade de Deus, a pessoa também não deixa de buscar crescer serena e sensatamente naquilo que aprova, conferindo sempre coisas espirituais com coisas espirituais, de modo que ela não se sente mais julgada por ninguém, posto que ela mesma julga em si todas as coisas.
Assim é o caminho do Discípulo Pneumático. Nesse ponto a pessoa goza sem machucar; alegra-se sem ofender; chora sem se lamuriar; enfrenta sem se fazer inimigo; e aprecia tudo o que faz bem, e não apenas o que é sensorialmente gostoso.
Ora, pelo que está acima, por coisas outras ditas anteriormente e por milhares de outras razões ainda a serem declaradas é que estou dizendo tudo o que nos últimos dias tem sido a minha ênfase acerca da alma e do espírito. E tudo isso não com a intenção de desintegrá-los; ao contrário, na intenção de integrá-los, pois a vida abundante vem da integração de todas as dimensões no Espírito Santo — e isso inclui nosso corpo-ser: lugar síntese da integração visível de nosso ser total.
Pense nisso!
Caio
Escrevendo antes de qualquer outro, Paulo diz que há discípulos de Jesus que vivem ainda na alma e há aqueles que vivem no espírito e no Espírito.
Acerca do Discípulo Psíquico, Paulo diz o seguinte:
Ele crê em Jesus numa certa medida. Aceitou a idéia de que Jesus, pelo Seu poder, provou que era Deus. Foi educado a ter “Deus” na vida, por isso — pela prova do Poder, pela satisfação na lógica doutrinária, pela necessidade de Deus na alma e pelos encontros humanos que acontecem quando alguém se aproxima da fé (encontros que, para muitos, constituem o único grupo social de convívio) —, muita gente fica; e crê no que crê; e vai aprendendo a fé como ensino pedagógico; e passa a falar o que sabe; e, assim, se compromete social e publicamente com a fé pela confissão assistida por muitos. E por tal razão, envolve-se mais profundamente com a comunidade, o que leva a pessoa a subir na escala das percepções de terceiros e, depois, das importâncias.
Desse modo, assim surge mais um Discípulo Psíquico, que ensinará a outros o que aprendeu, embora para ele mesmo isso não se traduza, de fato, em paz, em segurança, em consciência firme e segura, em certeza para a vida, em relação com Deus e em entendimento do sentido simples e revolucionário do Evangelho. Tampouco isso o torna pacificado em seu ser, pois apesar de tudo isso, o Discípulo Psíquico ainda vive a experiência de Deus do mesmo modo como vive a experiência psíquica de um relacionamento humano importante (nem sempre essencial). Por isso, ele prova Deus com a alma, com as emoções e com os serviços prestados a Ele no meio do povo. Todavia, ainda assim não passou do nível da alma, e, por tal fato existencial, vive à mercê de impressões, opiniões, percepções de terceiros. Vive angustiado porque é invejoso, ciumento, possessivo, implicante, crescentemente hostil ao mesmo tempo em que é sempre lascivo; sempre sexualmente meio imprensado no ventre pelo estranho peso de desejos. Ao mesmo tempo, na vida social ele tenta se mostrar digno de um bom testemunho, enquanto na “igreja-comunidade” ele começa a experimentar cada vez mais intensamente a necessidade de ser percebido como aquilo que ele não é, e, assim, nasce o Discípulo Psíquico Engajado: um crente-homem-natural, mas que pode ser o Arcebispo de qualquer coisa.
Na maioria das vezes o Discípulo Psíquico é religioso, pois a alma pede ritos; assim como o corpo pede água e pão, ela come símbolos.
Já o Discípulo Pneumático não é assim. Ele pode até já ter sido um Discípulo Psíquico que discerniu e fez a virada; entretanto, a maioria dos que se tornam Discípulos Pneumáticos já são assim em razão da qualidade essencial da experiência de Deus que tiveram pela fé desde o inicio.
Paulo, por exemplo, fez uma viagem diferente da de Pedro, que foi de homem natural a homem espiritual. Paulo, entretanto, já nasceu para além do homem natural, como tenho visto acontecer com muitos e muitos.
Paulo simplifica a descrição de tal ser apenas dizendo que ele vive pela fé no Filho de Deus que o amou e a Si mesmo se entregou por ele, e mais: que tal revelação sempre se faz acompanhar do fruto do amor, e o amor é espiritual, pois Deus é amor. Por isso o Discípulo Pneumático é filho exclusivamente do dogma do amor. E para ele, qualquer outra via é inviável.
Ora, o Discípulo Pneumático é um ser Psíquico também. Portanto, se emociona, chora, ri, gargalha, experimenta solidão, sente necessidade de amigos, deseja e quer ser desejado em amor, tem sonhos, gosta do que gosta e prefere o que prefere; e tudo o mais que é como a alma gosta. Todavia, conforme se vê na existência de Paulo, tão evidentes em suas cartas, tais coisas da alma podem e devem ser conduzidas pelo espírito. Em tal caso, não são elas que determinam o andar e o agir (reagir) da pessoa, mas sim a sua consciência, sempre dando preferência à sabedoria em vez do mero impulso ou desejo, e, desse modo, tendo sempre a chance de não se condenar naquilo que aprova, pois no amor não há a vontade de chocar ou de ferir ninguém. E ao mesmo tempo, como o amor é o condutor da verdade de Deus, a pessoa também não deixa de buscar crescer serena e sensatamente naquilo que aprova, conferindo sempre coisas espirituais com coisas espirituais, de modo que ela não se sente mais julgada por ninguém, posto que ela mesma julga em si todas as coisas.
Assim é o caminho do Discípulo Pneumático. Nesse ponto a pessoa goza sem machucar; alegra-se sem ofender; chora sem se lamuriar; enfrenta sem se fazer inimigo; e aprecia tudo o que faz bem, e não apenas o que é sensorialmente gostoso.
Ora, pelo que está acima, por coisas outras ditas anteriormente e por milhares de outras razões ainda a serem declaradas é que estou dizendo tudo o que nos últimos dias tem sido a minha ênfase acerca da alma e do espírito. E tudo isso não com a intenção de desintegrá-los; ao contrário, na intenção de integrá-los, pois a vida abundante vem da integração de todas as dimensões no Espírito Santo — e isso inclui nosso corpo-ser: lugar síntese da integração visível de nosso ser total.
Pense nisso!
Caio
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Reeducação para a vida
Por Ricardo Godim
Decepções, desapontamentos e traições serviram para reeducar-me.
Eu precisava desaprender alguns valores que incorporei ao longo dos anos.
Minha escola foi complicada. Convivi ao lado de vespas fascinadas por luz de qualquer espécie e também acabei hipinotizado.
Não sei precisar quando, mas, entrevi, em meio às minhas próprias vaidades, que convivia com certos Adônis travestidos de profetas.
Acordei: afetações de gente altiva vinham corroendo valores que aprendera com meu velho pai.
Em algum ponto, notei que tinha chegado a hora de desensoberbecer o coração de delírios jactanciosos.
Hoje converso com a alma para não cobiçar nada que me deixe de gravata lavada e colarinho branco. Quero nunca mais precisar de confete, holofote, palmas.
Proponho a mim mesmo viver sem espalhafato. Depois de muita luta, reconheço: tenho poucos relatos surpreendentes para contar.
Na maioria das vezes falo e não vejo grandes arrebatamentos em quem me ouve.
Querubins não aparecem em minhas preces. Desejo continuar assim. Espero que pessoas comuns se tornem os meus amigos.
Quero a companhia de gente que se sente atraída pela simplicidade.
Não evitarei a densidade de minhas inquietações. Dúvidas me assolam. Lido com desejos impossíveis. Partilho alegria e perplexidade ao lado de famílias com filhos portadores de síndrome genética.
Choro junto de pais de toxicodependentes. Abraço alcoólicos. Decido não distanciar-me do drama humano. Abandono doutrinas que creditavam o sofrimento universal na conta de uma “providência” divina, elas me roubavam a humanidade.
Nesse percurso de solidariedade, me recuso repetir o pessimismo antropológico que trata crianças como pecadoras, víboras, prestes a injetar a peçonha que herdaram de Adão.
Choro com as condições subumanas que ditadores impuseram aos muçulmanos. Não aceito a miséria da Índia como consequência do pecado de idolatria; critico o imperialismo britânico que produziu aquela pobreza extrema. Não me conformo com tentativas de justificar, teologicamente, a sanha destruidora do colonialismo na África e América Latina.
Sei que viver é amedrontador, mas mesmo assim pretendo nunca esquecer de refutar-me. Serei crítico mordaz do que escrevo. Persevarei em duvidar das conclusões que julguei ter alcançado e zombar de minhas certezas.
Não hesitarei quando ver-me encalacrado com os paradoxos de minhas reflexões. Marretarei a teologia que há pouco me fazia sentido. Não serei tímido ao derrubar parapeitos que protegeram convicções. Por que temer a incerteza? Confesso que me sinto desafiado a dialogar com gente que contesta os alicerces religiosos – basta que sejam éticos e íntegros.
Perco o medo de exílios impostos por probos fariseus. De alguma forma, vejo que me preparei para dar de ombro para convites tentadores. Não sonho voltar às luzes da ribalta. Abri mão de conviver com a nata e não me arrependo.
Não nego a angústia de saber-me mortal. Inconformado com a brevidade da vida intensifico o dia-a-dia. Tenho pouco tempo, mas ainda pretendo conhecer alguma geleira chilena, escalar algum pico alpino e mergulhar em algum coral caribenho.
Conto os anos e me pergunto quantos livros lerei. Entenderei a filosofia de Hegel? Degustarei mais poesia? Meditarei nas Escrituras? Noto essa fome de viver sempre que observo a areia da ampulheta escorrer sem trégua.
Assumo que felicidade não é um absoluto, apenas um jeito de perceber os instantes.
Tardiamente, aprendo a transformar refeições em rito sagrado.
Mais do que nunca cuido para que apertos de mão valham como gesto de amizade.
Espero saber rir de falsas onipotências – as minhas, principalmente.
Coloco esperança em meu horizonte existencial. A frágil semente que despretensiosamente planto precisa carregar o destino de ser carvalho.
Breve, passarei. Despeço-me do sonho de Ícaro, não ambiciono o sol; na estrada, basta-me um lampião. Ah, por último: se acendo rastilhos de pólvora, estou contente!
Soli Deo Gloria
Decepções, desapontamentos e traições serviram para reeducar-me.
Eu precisava desaprender alguns valores que incorporei ao longo dos anos.
Minha escola foi complicada. Convivi ao lado de vespas fascinadas por luz de qualquer espécie e também acabei hipinotizado.
Não sei precisar quando, mas, entrevi, em meio às minhas próprias vaidades, que convivia com certos Adônis travestidos de profetas.
Acordei: afetações de gente altiva vinham corroendo valores que aprendera com meu velho pai.
Em algum ponto, notei que tinha chegado a hora de desensoberbecer o coração de delírios jactanciosos.
Hoje converso com a alma para não cobiçar nada que me deixe de gravata lavada e colarinho branco. Quero nunca mais precisar de confete, holofote, palmas.
Proponho a mim mesmo viver sem espalhafato. Depois de muita luta, reconheço: tenho poucos relatos surpreendentes para contar.
Na maioria das vezes falo e não vejo grandes arrebatamentos em quem me ouve.
Querubins não aparecem em minhas preces. Desejo continuar assim. Espero que pessoas comuns se tornem os meus amigos.
Quero a companhia de gente que se sente atraída pela simplicidade.
Não evitarei a densidade de minhas inquietações. Dúvidas me assolam. Lido com desejos impossíveis. Partilho alegria e perplexidade ao lado de famílias com filhos portadores de síndrome genética.
Choro junto de pais de toxicodependentes. Abraço alcoólicos. Decido não distanciar-me do drama humano. Abandono doutrinas que creditavam o sofrimento universal na conta de uma “providência” divina, elas me roubavam a humanidade.
Nesse percurso de solidariedade, me recuso repetir o pessimismo antropológico que trata crianças como pecadoras, víboras, prestes a injetar a peçonha que herdaram de Adão.
Choro com as condições subumanas que ditadores impuseram aos muçulmanos. Não aceito a miséria da Índia como consequência do pecado de idolatria; critico o imperialismo britânico que produziu aquela pobreza extrema. Não me conformo com tentativas de justificar, teologicamente, a sanha destruidora do colonialismo na África e América Latina.
Sei que viver é amedrontador, mas mesmo assim pretendo nunca esquecer de refutar-me. Serei crítico mordaz do que escrevo. Persevarei em duvidar das conclusões que julguei ter alcançado e zombar de minhas certezas.
Não hesitarei quando ver-me encalacrado com os paradoxos de minhas reflexões. Marretarei a teologia que há pouco me fazia sentido. Não serei tímido ao derrubar parapeitos que protegeram convicções. Por que temer a incerteza? Confesso que me sinto desafiado a dialogar com gente que contesta os alicerces religiosos – basta que sejam éticos e íntegros.
Perco o medo de exílios impostos por probos fariseus. De alguma forma, vejo que me preparei para dar de ombro para convites tentadores. Não sonho voltar às luzes da ribalta. Abri mão de conviver com a nata e não me arrependo.
Não nego a angústia de saber-me mortal. Inconformado com a brevidade da vida intensifico o dia-a-dia. Tenho pouco tempo, mas ainda pretendo conhecer alguma geleira chilena, escalar algum pico alpino e mergulhar em algum coral caribenho.
Conto os anos e me pergunto quantos livros lerei. Entenderei a filosofia de Hegel? Degustarei mais poesia? Meditarei nas Escrituras? Noto essa fome de viver sempre que observo a areia da ampulheta escorrer sem trégua.
Assumo que felicidade não é um absoluto, apenas um jeito de perceber os instantes.
Tardiamente, aprendo a transformar refeições em rito sagrado.
Mais do que nunca cuido para que apertos de mão valham como gesto de amizade.
Espero saber rir de falsas onipotências – as minhas, principalmente.
Coloco esperança em meu horizonte existencial. A frágil semente que despretensiosamente planto precisa carregar o destino de ser carvalho.
Breve, passarei. Despeço-me do sonho de Ícaro, não ambiciono o sol; na estrada, basta-me um lampião. Ah, por último: se acendo rastilhos de pólvora, estou contente!
Soli Deo Gloria
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A estrada menos trilhada
Querido José,
Hoje, acordei pensando no caminho estreito, naquele caminho pouco trilhado, sem grandes atrativos. Antes, confesso que nem sempre escolhi essa estrada apertada. Mariposa, voei desesperado em busca de luzes, querendo o brilho da fama. Tantas vezes busquei as passarelas largas. Hoje, ao contemplar meus antigos passos, percebo que andei em círculo, rodopiei, patinei, ofuscado por labaredas fugazes. As lamparinas que desejei eram falsas. Ultimamente, não sei se devido a idade, as decepções ou mesmo a uma revelação sagrada, passei a interessar-me por trilhas menos atraentes.
Fui marcado na juventude pelo poeta norte americano Robert Frost. Mas, antes de sua poesia, preciso contar um pedacinho de sua história. Frost ganhou notoriedade quando ainda era jovem. Ele foi um talentoso poeta. Ganhou quatro prêmios Pulitzer. Com a fama, vieram os apelos para o estrelato. De todas as partes surgiam convites para que escrevesse sob encomenda, que se projetasse. Frost encarava tais convites como o canto da sereia, sedutor, mas mortal para a alma. Ele preferiu continuar como professor universitário, sem as badalações do sucesso.
Li o seu mais famoso poema, “The Road not Taken – A Estrada não percorrida” e nunca mais fui o mesmo. Quero repartir com você, meu irmão, uma tradução livre do poema – que certamente não reflete a sua grandeza (procure lê-lo em inglês).
Duas estradas divergiam numa árvore amarela
E me ressenti não poder ambas percorrer
Sendo um só viajante, por muito me detive
E observei uma até quão longe pude
Só para observar que na relva desaparecia
Então segui pela outra, tão boa quanto,
E talvez por ter melhor reclame
Mais ramos possuía e talvez por ansiar uso
embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,
as tivesse marcado por igual.
E, naquela manhã, em ambas igualmente jaziam
Folhas que passo algum pisara.
Ó deixei a primeira para outro dia!
E sabendo que um caminho leva a outro caminho
Duvidei se algum dia eu voltaria.
Isto eu hei de contar mais tarde, num suspiro
Em algum ponto, eras e eras ainda nesta existência,
Duas estradas bifurcavam numa árvore,
Eu trilhei a menos percorrida,
E isto fez toda a diferença.
Quando Robert Frost já havia completado 86 anos, John Kennedy o convidou para que lesse sua poesia na cerimônia de inauguração como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro de 1961. Robert Frost escolhera a estrada menos percorrida. E naquele dia viu que havia feito toda a diferença.
Jesus contou uma parábola sobre um semeador. Enquanto ele jogava as sementes, parte delas caiu em terreno duro. Mas nenhuma das que cairam na terra batida, frutificou. Em terra pisada, a vida não germina. No caminho por onde segue a maioria, o chão se enrijece pavimentado pela contenda. Rivalidades empurram as pessoas a desejarem os primeiros lugares e quando todos optam pelo caminho da notoriedade, a disputa amesquinha. Torna-se tão importante ganhar que os Narcisos se odeiam e os Neros desconfiam da própria sombra.
Quem escolhe o caminho menos repetido, abre mão dos aplausos, dos tapinhas nas costas e dos confetes. Na verdade, as pessoas não invejam as conquistas dos grandes heróis, sequer o preço que pagaram, mas cobiçam os aplausos, as ovações e a bajulação dos triunfantes. E tudo isso não passa de vaidade, de um nada de nada.
Plutarco escreveu a hagiografia – biografia ufanista – de Júlio César. Júlio César foi, com certeza, um dos maiores imperadores de todos os tempos. Seu reinado marcou a história de tal maneira que os sucessores ao trono romano adotaram seu nome. Augusto, Marco Aurélio e todos os demais também queriam ser César. Até imperadores da Rússia passaram a se chamar de Tsar – César em russo – e os germânicos, de Keiser- César em alemão.
Acontece que o próprio Júlio César era insatisfeito consigo mesmo. Ele invejava Alexandre, o Grande. Plutarco narra que certa vez flagrou Júlio César banhado de lágrimas enquanto lia a vida do imperador da Macedônia. Plutarco perguntou o motivo das lágrimas: “Choro não por Alexandre, que morreu tão cedo, mas por mim. Com a minha idade Alexandre já havia conquistado o mundo e eu nada fiz”.
Eis o nó: todos queriam ser iguais a Júlio César, mas ele queria ser Alexandre. Todavia, o cenário foi pior: O grande Alexandre não era satisfeito consigo mesmo. Ele queria ser Hércules. Mas Hércules não existia, pois era um personagem mitológico.
Amigo, entendamos: o caminho mais usado não leva a lugar nenhum porque termina no inferno da perfeição. Perfeição que cobra dos humanos um padrão que só os deuses mitológicos alcançam. Fuja dessa armadilha que não só fatiga como destrói com o ácido chamado ansiedade.
Portanto, não se sinta diminuído pelo anonimato. Nunca pense que jogou a vida fora por não ter alcançado as luzes da ribalta. Jamais inveje os que gravaram o nome na calçada da fama. Tudo vira pó. A glória humana se dispersa em nada. Dedique-se a construir relacionamentos significativos. Priorize os encontros despretensiosos. Doe-se sem esperar recompensa humana.
Escolha abrir sua própria picada. Evite bitolas, cabrestos, vendas, algemas. Escreva a sua história sem se preocupar se alguém vai considerá-la digna de ser publicada. Só você conhece o valor de seus momentos. Um dia, com um suspiro, você também verá que duas estradas bifurcaram e valeu ter viajado pela menos preferida.
Abraços,
Ricardo
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
A salvação da sobrecarga e do cansaço espiritual
Uma consciência religiosa exercida sob uma possessão de não-mansidão e não-humildade é o que gera sobrecarga e cansaço insuportáveis.
A não-mansidão é aquele ímpeto reacionista que permite o adversário ter controle sobre nós pela via da provocação, que gera na gente uma obrigação de “cair dentro” de forma belicosa e a fim de “dar satisfação” a algum sistema de status e valor qualquer, exterior ao coração.
E a não-humildade é aquela incapacidade de viver de forma permeável à toda sabedoria, todo discernimento, toda luz, toda salvação, toda semente que seja de vida. A não-humildade é a mãe de toda esterilidade.
Daí a sobrecarga e o cansaço opressivo, vicioso, neurótico, extremo e mortal. Afinal de contas, quem suporta viver tendo que reagir a cada “toque” de qualquer um e qualquer coisa em algum ponto de entrada sensorial nosso? E quem aguenta viver fazendo força pra dar fruto, sem nunca ver o fruto do seu penoso trabalho, e enxergando mais e mais, de forma cada vez mais agigantada a absoluta falta de sentido e a vaidade suicida?
O Espírito do Evangelho vem pra trazer grande luz aos que jazem nesse vale da sombra da morte.
Sim, pois o Evangelho nos faz andar no Caminho, olhando pro alvo, sem estarmos abertos a distrações e manipulações das marginais da via. E nos faz também sermos plantados na Videira Verdadeira, para no devido tempo darmos fruto conforme a sua Espécie.
O Evangelho nos faz viver para Deus, e não contra alguém ou alguma coisa.
O Evangelho nos revela que, sem Ele, nada podemos fazer, e o melhor que podemos fazer é “tudo quanto Ele nos disser”. Só assim a Alegria da Vida se renova. Só assim a figueira vaidosa e amaldiçoada abandona as tentativas de se encher de folhas na entre-safra.
O Evangelho nos livra da pior sobrecarga e do pior cansaço. Que não é algo físico, mas espiritual.
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”. (2 Coríntios 4:16 ) “Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. (Isaías 40:29-31)
Sim, o Caminho do Evangelho é muito melhor – É Vinho Novo! - e tem um sabor irresistivelmente escolhível para todos os que não se viciaram no vinho velho e não estão rígidos-rígidos e sem elasticidade para acomodação espiritual do vinho vivo. Sim o odre velho não suporta o Vinho Novo.
O Caminho do Evangelho, para os quebrantados, cativos, oprimidos, chorosos, exaustos... é Boa Nova vantajosa! É “muito mais negócio”!
O Evangelho é uma pessoa, e o seu nome é Jesus.
E esse é o convite escrachado que Jesus faz, se candidatando a Mestre de todo aquele que quiser viver sem sobrecarga e cansaço.
Sempre que eu leio o texto abaixo, imagino um tipo de “Horário eleitoral gratuito” de Mestres espirituais. E cada “mestre” que aparece na TV vem com uma fórmula mais penitencial, zelosa e sacrifical do que o outro.
De repente aparece “O Mestre”:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.
Esse termo “jugo” não é somente aquela peça de madeira que se põe em cima de cavalos.
“Jugo” é também o “peso de zelo e minuciosidade religiosa” da doutrina de um Rabi Judaico.
Chega Jesus, diante de todos os Rabis de Israel e da Terra, e diante de todos os oprimidos por estes “Rabis”, e diz sem vergonha alguma:
“Venham ser meus discípulos. Todos vocês que estão cansados e sobrecarregados por eles. Pois eu sou um Rabi que possui um JUGO suave e um fardo leve. Além disso, sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão em mim descanso para vossas almas”.
Seja qual for a tua lida espiritual, o teu “ministério” ou “vocação”, aprenda a vivê-la com Jesus, que é humilde e manso.
Humildade e mansidão são elementos espirituais que nos livram da sobrecarga e do cansaço. Experimente!
Abandone a soberba belicosa e reacionista e renuncie a rigidez que faz ter um coração de pedra para com as sementes do que é bom, do que é Vida.
E veja se uma fonte de águas vivas não jorrarão de dentro de você para a vida eterna! Mesmo que, a semelhança da mulher samaritana – que foi a quem Jesus falou sobre essa fonte e sobre a morte definitiva da sede e do cansaço – você também tenha que fazer esse trajeto da casa ao poço ainda dez milhões de vezes durante a vida.
Em Jesus, entretanto, qualquer caminho jamais é o mesmo, ainda que aos olhos de quem vê de fora, pareça ser.
“Vinde a mim!” - diz ele.
“Dá-me dessa água!” - digo eu.
Amém.
Marcello Cunha
A não-mansidão é aquele ímpeto reacionista que permite o adversário ter controle sobre nós pela via da provocação, que gera na gente uma obrigação de “cair dentro” de forma belicosa e a fim de “dar satisfação” a algum sistema de status e valor qualquer, exterior ao coração.
E a não-humildade é aquela incapacidade de viver de forma permeável à toda sabedoria, todo discernimento, toda luz, toda salvação, toda semente que seja de vida. A não-humildade é a mãe de toda esterilidade.
Daí a sobrecarga e o cansaço opressivo, vicioso, neurótico, extremo e mortal. Afinal de contas, quem suporta viver tendo que reagir a cada “toque” de qualquer um e qualquer coisa em algum ponto de entrada sensorial nosso? E quem aguenta viver fazendo força pra dar fruto, sem nunca ver o fruto do seu penoso trabalho, e enxergando mais e mais, de forma cada vez mais agigantada a absoluta falta de sentido e a vaidade suicida?
O Espírito do Evangelho vem pra trazer grande luz aos que jazem nesse vale da sombra da morte.
Sim, pois o Evangelho nos faz andar no Caminho, olhando pro alvo, sem estarmos abertos a distrações e manipulações das marginais da via. E nos faz também sermos plantados na Videira Verdadeira, para no devido tempo darmos fruto conforme a sua Espécie.
O Evangelho nos faz viver para Deus, e não contra alguém ou alguma coisa.
O Evangelho nos revela que, sem Ele, nada podemos fazer, e o melhor que podemos fazer é “tudo quanto Ele nos disser”. Só assim a Alegria da Vida se renova. Só assim a figueira vaidosa e amaldiçoada abandona as tentativas de se encher de folhas na entre-safra.
O Evangelho nos livra da pior sobrecarga e do pior cansaço. Que não é algo físico, mas espiritual.
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”. (2 Coríntios 4:16 ) “Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. (Isaías 40:29-31)
Sim, o Caminho do Evangelho é muito melhor – É Vinho Novo! - e tem um sabor irresistivelmente escolhível para todos os que não se viciaram no vinho velho e não estão rígidos-rígidos e sem elasticidade para acomodação espiritual do vinho vivo. Sim o odre velho não suporta o Vinho Novo.
O Caminho do Evangelho, para os quebrantados, cativos, oprimidos, chorosos, exaustos... é Boa Nova vantajosa! É “muito mais negócio”!
O Evangelho é uma pessoa, e o seu nome é Jesus.
E esse é o convite escrachado que Jesus faz, se candidatando a Mestre de todo aquele que quiser viver sem sobrecarga e cansaço.
Sempre que eu leio o texto abaixo, imagino um tipo de “Horário eleitoral gratuito” de Mestres espirituais. E cada “mestre” que aparece na TV vem com uma fórmula mais penitencial, zelosa e sacrifical do que o outro.
De repente aparece “O Mestre”:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.
Esse termo “jugo” não é somente aquela peça de madeira que se põe em cima de cavalos.
“Jugo” é também o “peso de zelo e minuciosidade religiosa” da doutrina de um Rabi Judaico.
Chega Jesus, diante de todos os Rabis de Israel e da Terra, e diante de todos os oprimidos por estes “Rabis”, e diz sem vergonha alguma:
“Venham ser meus discípulos. Todos vocês que estão cansados e sobrecarregados por eles. Pois eu sou um Rabi que possui um JUGO suave e um fardo leve. Além disso, sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão em mim descanso para vossas almas”.
Seja qual for a tua lida espiritual, o teu “ministério” ou “vocação”, aprenda a vivê-la com Jesus, que é humilde e manso.
Humildade e mansidão são elementos espirituais que nos livram da sobrecarga e do cansaço. Experimente!
Abandone a soberba belicosa e reacionista e renuncie a rigidez que faz ter um coração de pedra para com as sementes do que é bom, do que é Vida.
E veja se uma fonte de águas vivas não jorrarão de dentro de você para a vida eterna! Mesmo que, a semelhança da mulher samaritana – que foi a quem Jesus falou sobre essa fonte e sobre a morte definitiva da sede e do cansaço – você também tenha que fazer esse trajeto da casa ao poço ainda dez milhões de vezes durante a vida.
Em Jesus, entretanto, qualquer caminho jamais é o mesmo, ainda que aos olhos de quem vê de fora, pareça ser.
“Vinde a mim!” - diz ele.
“Dá-me dessa água!” - digo eu.
Amém.
Marcello Cunha
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terça-feira, 13 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
VOCÊ ESTÁ DESVIADO?
O Caminho de Deus em nós vai do pesado para o essencial. Vai da total dependência a outros até que se chegue apenas à total dependência de Deus!
Nascemos e somos completamente dependentes de cuidados de outros. Nossos pais e ou nossos guardiões nos são essenciais. Sem eles não sobrevivemos. No entanto, chega a hora em que ficarmos menos e menos dependente dele será a nossa saúde e salvação nesta existência. Enquanto moramos com eles ou somos por eles sustentados, temos que lhes ser dependentes, pelo menos no que diz respeito às decisões que pretendemos tomar na vida. Entretanto, vem a hora quando a saúde de ser nos compele a vivermos de nosso próprio sustento, e, além disso, impõem-se a necessidade de termos nossa própria casa e família. Então, deixamos pai e mãe, nos unimos a um outro, e fazemo-nos com ele ou ela uma só carne.
Com Deus é assim também. No início precisamos de muitos ajudadores espirituais. Sem eles somos como recém-nascidos indefesos neste mundo. Necessitamos que nos sirvam o genuíno leite espiritual. Chega a hora, todavia, que se espera que cada um cresça o suficiente para não mais dependermos de outros, mas apenas os reconhecermos como família espiritual, embora nossa vida seja vivida para além da necessidade de que outros nos sirvam. De fato, instala-se em nós outra a necessidade, que é a de servi-los.
Na viagem espiritual nascemos de Deus, mas precisamos muitos dos nossos guias e ajudadores na fé. Depois, no entanto, se espera que cada um cresça a fim de andar com as próprias pernas como resultado de nosso vínculo adulto com Deus na fé.
Daí em diante nossa relação com nossos pais espirituais passa a ser de carinho, gratidão e reverencia, mas já não de dependência. O mesmo se diz dos demais irmãos. Sim, os amamos e gostamos de com eles estar, mas já não por dependência. Surge apenas a alegria de amá-los e de servi-los. Todavia, já não necessitamos de ninguém para que sobrevivamos, talvez, exceto, no meio de uma grande crise ou calamidade. Espera-se que cada um aprenda a cuidar de si mesmo e de outros. E também espera-se que tenha na maturidade de seu casamento com Deus a sua própria segurança no caminhar.
Esse é o caminho para a maturidade tanto humana quanto espiritual!
Todavia, na maioria dos casos não é assim. E a razão é que “nossos pais”, no caso a “igreja”, nos “educam” para que j amais tenhamos tal autodeterminação em Deus. Desse modo, não somos educados para a vida, mas para a “igreja”. Daí a “igreja” criar eternos dependentes de si mesma, visto que pretende que seus “filhos” vivam sob suas asas; e mais: que a sirvam como filhos/escravos até ao fim da vida.
Seria e é [...] como se cada crente fosse e seja [...] como um adulto na idade, mas que vive com a atitude emocional de um bebê. Nesse caso, se qualquer coisa acontece [e acontece o tempo todo], a pessoa morre; posto que nunca aprendeu a viver de Deus e com Deus!
A “igreja” não quer que seus filhos se tornem adultos filhos de Deus!
Na realidade, a “igreja” cria filhos para ela mesma, não para Deus e nem para a vida. E, por esta razão, os filhos da “igreja” têm nela o seu “Deus”; e, nesse caso, jamais crescem para deixar pai e mãe, quando a idade chega, a fim de viver a vida com outra consciência.
É também por esta razão que os “crentes” vivem sem Deus no mundo o tempo todo; posto que a “igreja” [ou mesmo a Igreja], não seja Deus, mas apenas a família da fé.
Por esta razão, quando alguém se decepciona com “a família”, desvia-se de Deus; posto que para o crente a “igreja” é um “Deus”. É também por esta razão que todo crente que não esteja na “igreja” [por qualquer que seja a razão], sente-se desviado de Deus, além de que se declara que ele está de fato “afastado de Deus” em razão de não estar frequentando as reuniões “de família”, ainda que “família” seja louca ou totalmente tirânica e adoecida.
A verdadeira Igreja tem que ser como pais bons e conscientes que criam filhos para a vida em Deus!
Mas, infelizmente, não é assim na maioria dos casos. Afinal, o Cristianismo, em qualquer de suas versões, é Católico/Constantiniano, posto que ensine que “fora da igreja não há salvação”.
O problema é que muitos não têm essa compreensão, e, quando enxergam as “loucuras da família” afastam-se do convívio humano adoecido, não buscam mais nenhuma outra comunhão humana, e, no processo sentem-se separados de Deus para sempre!
Cada um de nós precisa de comunhão humana, tanto quanto se precisa de vínculos familiares. No entanto, mesmo que os nossos pais nos abandonem ou nos traiam, diz o Senhor: “Eu te acolherei!”
Mais uma coisa: todos os que assim discernem a vida em Deus, nunca ficam órfãos de irmãos!
Pense nisso, cresça e deixe a sua orfandade!
Nosso Pai tem muitos filhos!
Nele, que nunca nos deixa órfãos,
Caio
Nascemos e somos completamente dependentes de cuidados de outros. Nossos pais e ou nossos guardiões nos são essenciais. Sem eles não sobrevivemos. No entanto, chega a hora em que ficarmos menos e menos dependente dele será a nossa saúde e salvação nesta existência. Enquanto moramos com eles ou somos por eles sustentados, temos que lhes ser dependentes, pelo menos no que diz respeito às decisões que pretendemos tomar na vida. Entretanto, vem a hora quando a saúde de ser nos compele a vivermos de nosso próprio sustento, e, além disso, impõem-se a necessidade de termos nossa própria casa e família. Então, deixamos pai e mãe, nos unimos a um outro, e fazemo-nos com ele ou ela uma só carne.
Com Deus é assim também. No início precisamos de muitos ajudadores espirituais. Sem eles somos como recém-nascidos indefesos neste mundo. Necessitamos que nos sirvam o genuíno leite espiritual. Chega a hora, todavia, que se espera que cada um cresça o suficiente para não mais dependermos de outros, mas apenas os reconhecermos como família espiritual, embora nossa vida seja vivida para além da necessidade de que outros nos sirvam. De fato, instala-se em nós outra a necessidade, que é a de servi-los.
Na viagem espiritual nascemos de Deus, mas precisamos muitos dos nossos guias e ajudadores na fé. Depois, no entanto, se espera que cada um cresça a fim de andar com as próprias pernas como resultado de nosso vínculo adulto com Deus na fé.
Daí em diante nossa relação com nossos pais espirituais passa a ser de carinho, gratidão e reverencia, mas já não de dependência. O mesmo se diz dos demais irmãos. Sim, os amamos e gostamos de com eles estar, mas já não por dependência. Surge apenas a alegria de amá-los e de servi-los. Todavia, já não necessitamos de ninguém para que sobrevivamos, talvez, exceto, no meio de uma grande crise ou calamidade. Espera-se que cada um aprenda a cuidar de si mesmo e de outros. E também espera-se que tenha na maturidade de seu casamento com Deus a sua própria segurança no caminhar.
Esse é o caminho para a maturidade tanto humana quanto espiritual!
Todavia, na maioria dos casos não é assim. E a razão é que “nossos pais”, no caso a “igreja”, nos “educam” para que j amais tenhamos tal autodeterminação em Deus. Desse modo, não somos educados para a vida, mas para a “igreja”. Daí a “igreja” criar eternos dependentes de si mesma, visto que pretende que seus “filhos” vivam sob suas asas; e mais: que a sirvam como filhos/escravos até ao fim da vida.
Seria e é [...] como se cada crente fosse e seja [...] como um adulto na idade, mas que vive com a atitude emocional de um bebê. Nesse caso, se qualquer coisa acontece [e acontece o tempo todo], a pessoa morre; posto que nunca aprendeu a viver de Deus e com Deus!
A “igreja” não quer que seus filhos se tornem adultos filhos de Deus!
Na realidade, a “igreja” cria filhos para ela mesma, não para Deus e nem para a vida. E, por esta razão, os filhos da “igreja” têm nela o seu “Deus”; e, nesse caso, jamais crescem para deixar pai e mãe, quando a idade chega, a fim de viver a vida com outra consciência.
É também por esta razão que os “crentes” vivem sem Deus no mundo o tempo todo; posto que a “igreja” [ou mesmo a Igreja], não seja Deus, mas apenas a família da fé.
Por esta razão, quando alguém se decepciona com “a família”, desvia-se de Deus; posto que para o crente a “igreja” é um “Deus”. É também por esta razão que todo crente que não esteja na “igreja” [por qualquer que seja a razão], sente-se desviado de Deus, além de que se declara que ele está de fato “afastado de Deus” em razão de não estar frequentando as reuniões “de família”, ainda que “família” seja louca ou totalmente tirânica e adoecida.
A verdadeira Igreja tem que ser como pais bons e conscientes que criam filhos para a vida em Deus!
Mas, infelizmente, não é assim na maioria dos casos. Afinal, o Cristianismo, em qualquer de suas versões, é Católico/Constantiniano, posto que ensine que “fora da igreja não há salvação”.
O problema é que muitos não têm essa compreensão, e, quando enxergam as “loucuras da família” afastam-se do convívio humano adoecido, não buscam mais nenhuma outra comunhão humana, e, no processo sentem-se separados de Deus para sempre!
Cada um de nós precisa de comunhão humana, tanto quanto se precisa de vínculos familiares. No entanto, mesmo que os nossos pais nos abandonem ou nos traiam, diz o Senhor: “Eu te acolherei!”
Mais uma coisa: todos os que assim discernem a vida em Deus, nunca ficam órfãos de irmãos!
Pense nisso, cresça e deixe a sua orfandade!
Nosso Pai tem muitos filhos!
Nele, que nunca nos deixa órfãos,
Caio
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Uma paz diferente de qualquer outra coisa...
Há momentos em nossas vidas quando a nossa paz é baseada simplesmente em nossa própria ignorância. Mas quando estamos despertos para as realidades da vida, a verdadeira paz interior é quase impossível, a menos que seja recebida diretamente de Jesus. Quando Ele fala de paz, cria a paz; porque as palavras que Jesus diz, sempre são "vivas".
Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo (disse Jesus) - João 14:27
Muitas pessoas confundem PAZ com a falsa sensação de segurança.
Você está sem paz agora? Você tem medo ou está confuso pelas ondas e pela turbulência da sua vida?
A prova que você está em paz com Deus é quando, ao olhar as ondas dos problemas, você pode apenas confiar... Confiar é não ter medo. Todo medo, por menor que seja, é falta de paz. Porque quem está em paz não tem medo.
A sua vida parece completamente estéril? Se você olhar para cima, para Jesus, você pode recebe o contentamento silencioso dEle.
Refletindo: a Sua paz é a prova de que você está bem com Deus, porque você está exibindo a liberdade de voltar sua mente para Ele. Se você não está bem com Deus, você nunca pode transformar sua mente em um lugar de paz.
Com relação ao problema que está pressionando você agora, você está "olhando para Jesus" e esperando receber a paz dEle, ou está tentando resolver os seus problemas sozinho?
Se você decidir entregar seus problemas e sua vida para Deus, Ele será uma bênção graciosa de paz exibida através de você. Mas se você apenas tenta sair do problema por suas próprias forças, você destrói a eficácia da paz de Deus em você.
Quando uma pessoa confere à Jesus Cristo a sua vida, a confusão pára, porque não há confusão nEle. Tudo pára diante dele, e quando você se depara com as dificuldades, o luto e as tristezas, vai sentir Jesus lhe dizer:
“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo” - João 14:27
Porque a paz dEle é diferente de qualquer outra coisa.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
SALVAÇÃO ATÉ PARA CAMELOS
Leia: Lucas 17 a 19 e Mateus 22
Quem lê o Evangelho sem lhe discernir o espírito, não entende certas arbitrariedades de Jesus.
Coisas como: Por que o CONVITE do Reino de Deus não entende a recusa de recém casados que não aceitam o convite porque desejam ter um tempo para gozar amores? Ou por que pede a um filho que não perca tempo sepultando o próprio pai? Ou por que quem comprou um campo não possa nem mais vê-lo se a razão for seguir e atender o convite do Reino?
De fato, há decisões arbitrárias nas parábolas de Jesus.
O filho que desperdiçou tudo foi recebido com uma festa; um administrador infiel, que foi esperto e sábio na administração de seu próprio erro, é elogiado; sem falar nas Duas Bodas parabólicas, em Mateus e Lucas, nas quais a decisão do Rei é não desperdiçar a festa, e nem perdoar os que mataram os que foram convidar os convidados que se negaram a vir ao Banquete das Bodas; e, decido a "encher a casa", o Rei manda convidar a todos, mesmo que fossem mendigos, cegos, coxos e paralíticos; ou gente de qualquer esquina ou beco; qualquer um, bom ou mal; sim, toda gente poderia vir e comer e beber; pois está foi a Sua decisão.
Porém, se o Rei entrar e encontrar na Festa do Filho uma única pessoa e que não esteja vestida de traje nupcial—o tal pode ser mendigo, coxo, pobre ou quem quer que seja—, infalivelmente esse convidado será eleito para ser lançado fora. Assim, para Ele, não interessa quem é a pessoa, mas o que a cobre.
E como explicar que dificilmente os ricos entrarão no reino dos céus? Só por que um jovem rico recebeu como premio por seus esforços de perfeição ouvir o decreto de Jesus que lhe disse “uma só coisa te falta”, assim, pelo meio da testa? Para depois prosseguir ouvindo: ”Vai, vende tudo o que tens, dá tudo aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois vem e segui-me.” Seria por essa razão tão estranhamente arbitrária que os ricos dificilmente herdarão o Reino?
Mas, se é assim, como então Jesus age diferente quando logo a seguir Ele encontra um outro rico, cujas riquezas não eram fruto do trabalho mais dignificado na época—para ser irônico—, um publicano; e, de graça e por nada, o chama e pede para ir jantar em sua casa? E, ao fim do banquete diz que a salvação entrou na casa daquele homem rico de Jericó, chamado Zaqueu?
Sim, que lógica há em que um homem que ora em voz alta, e agradece a Deus por ser obediente à Lei, e cumpridor dos deveres religiosos, sempre entregue a grandes sacrifícios, e que não é como os demais pecadores da terra, é visto como um homem que Deus não aceita a oração? Sim, enquanto ao lado dele um pecador assumido e confesso, e que tem até vergonha de estar ali, e que ali só vai porque deseja fazer a catarse de suas culpa, sendo ele um desprezível publicano, justamente a pessoa que Jesus diz que sai da oração e volta para casa justificado e perdoado?
Não há lógica moral, ética, religiosa, filosófica, psicológica ou de qualquer outra natureza no Evangelho.
Quem nele busca construir uma moral, alguma lógica, ou algum sentido que possa se valer de um mínimo de lógica humana a fim de determinar os resultados das decisões de Jesus nos Evangelhos, jamais conseguirá entendê-lo.
Ele pode simplesmente não entrar numa questão de justiça, apenas com uma pergunta: “Quem me constituiu juiz e partidor entre vós?”
E por que Ele que é a Verdade não responde acerca do tema quando Pilatos Lhe levantou a bola, perguntando: “O que é a Verdade?”
O que há nos Evangelhos é o diagnóstico divino de que única verdade humana é que ele é um ser caído, e carece de Deus, sem outra escolha; e é a tomada dessa consciência em fé por parte do homem justamente o que faz com que ele seja aceito por Deus; visto que o tal homem, apesar de si mesmo, acreditou na Graça de Deus em seu favor, sem explicações; exceto uma: todos creram que Deus é misericordioso.
E isto desencadeia o maior milagre; pois a salvação começa quando se toma a consciência, em fé, da nossa total impotência humana quanto a barganhar com Deus.
Quando esse milagre acontece, até o camelo pode passar pelo fundo da agulha. Mesmo que o nome do camelo seja Zaqueu.
Somente quando o homem vem a Deus sem barganha, é que mesmo sendo ele um grande camelo, ele passa pelo fundo da agulha. E pior, ele pode ser até um camelo muito rico, pois esse “impossível para os homens” termina na hora em que o camelo admite que não pode passar.
Essa é a coisa impossível para o homem, e que é possível para Deus. Ninguém se salva, a menos que desista da salvação, e veja tal tarefa assim...tão caricatamente impossível para ele quanto fazer um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
Nesse dia de consciência total da impossibilidade absoluta de sua salvação, em confessando que se sabe disso, pela própria consciência da impossibilidade humana, o tal camelo passa para o outro lado; visto que Deus aciona a Graça da fé, que remete o camelo para o outro lado da agulha...
Assim, o camelo passa, não as riquezas que carrega em sua caravana de vaidades; mas ele mesmo passa...
Isto porque esta é decisão de Deus: operar a salvação em favor dos que desistem dela; e se abandonam na fé, como o publicano Zaqueu; mas não a libera como certeza na Graça em favor do rico penitente, que pensava que poderia “alcançar a vida eterna” por seus próprios méritos religiosos; portanto, sem a Graça.
Caminho da Graça
Quem lê o Evangelho sem lhe discernir o espírito, não entende certas arbitrariedades de Jesus.
Coisas como: Por que o CONVITE do Reino de Deus não entende a recusa de recém casados que não aceitam o convite porque desejam ter um tempo para gozar amores? Ou por que pede a um filho que não perca tempo sepultando o próprio pai? Ou por que quem comprou um campo não possa nem mais vê-lo se a razão for seguir e atender o convite do Reino?
De fato, há decisões arbitrárias nas parábolas de Jesus.
O filho que desperdiçou tudo foi recebido com uma festa; um administrador infiel, que foi esperto e sábio na administração de seu próprio erro, é elogiado; sem falar nas Duas Bodas parabólicas, em Mateus e Lucas, nas quais a decisão do Rei é não desperdiçar a festa, e nem perdoar os que mataram os que foram convidar os convidados que se negaram a vir ao Banquete das Bodas; e, decido a "encher a casa", o Rei manda convidar a todos, mesmo que fossem mendigos, cegos, coxos e paralíticos; ou gente de qualquer esquina ou beco; qualquer um, bom ou mal; sim, toda gente poderia vir e comer e beber; pois está foi a Sua decisão.
Porém, se o Rei entrar e encontrar na Festa do Filho uma única pessoa e que não esteja vestida de traje nupcial—o tal pode ser mendigo, coxo, pobre ou quem quer que seja—, infalivelmente esse convidado será eleito para ser lançado fora. Assim, para Ele, não interessa quem é a pessoa, mas o que a cobre.
E como explicar que dificilmente os ricos entrarão no reino dos céus? Só por que um jovem rico recebeu como premio por seus esforços de perfeição ouvir o decreto de Jesus que lhe disse “uma só coisa te falta”, assim, pelo meio da testa? Para depois prosseguir ouvindo: ”Vai, vende tudo o que tens, dá tudo aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois vem e segui-me.” Seria por essa razão tão estranhamente arbitrária que os ricos dificilmente herdarão o Reino?
Mas, se é assim, como então Jesus age diferente quando logo a seguir Ele encontra um outro rico, cujas riquezas não eram fruto do trabalho mais dignificado na época—para ser irônico—, um publicano; e, de graça e por nada, o chama e pede para ir jantar em sua casa? E, ao fim do banquete diz que a salvação entrou na casa daquele homem rico de Jericó, chamado Zaqueu?
Sim, que lógica há em que um homem que ora em voz alta, e agradece a Deus por ser obediente à Lei, e cumpridor dos deveres religiosos, sempre entregue a grandes sacrifícios, e que não é como os demais pecadores da terra, é visto como um homem que Deus não aceita a oração? Sim, enquanto ao lado dele um pecador assumido e confesso, e que tem até vergonha de estar ali, e que ali só vai porque deseja fazer a catarse de suas culpa, sendo ele um desprezível publicano, justamente a pessoa que Jesus diz que sai da oração e volta para casa justificado e perdoado?
Não há lógica moral, ética, religiosa, filosófica, psicológica ou de qualquer outra natureza no Evangelho.
Quem nele busca construir uma moral, alguma lógica, ou algum sentido que possa se valer de um mínimo de lógica humana a fim de determinar os resultados das decisões de Jesus nos Evangelhos, jamais conseguirá entendê-lo.
Ele pode simplesmente não entrar numa questão de justiça, apenas com uma pergunta: “Quem me constituiu juiz e partidor entre vós?”
E por que Ele que é a Verdade não responde acerca do tema quando Pilatos Lhe levantou a bola, perguntando: “O que é a Verdade?”
O que há nos Evangelhos é o diagnóstico divino de que única verdade humana é que ele é um ser caído, e carece de Deus, sem outra escolha; e é a tomada dessa consciência em fé por parte do homem justamente o que faz com que ele seja aceito por Deus; visto que o tal homem, apesar de si mesmo, acreditou na Graça de Deus em seu favor, sem explicações; exceto uma: todos creram que Deus é misericordioso.
E isto desencadeia o maior milagre; pois a salvação começa quando se toma a consciência, em fé, da nossa total impotência humana quanto a barganhar com Deus.
Quando esse milagre acontece, até o camelo pode passar pelo fundo da agulha. Mesmo que o nome do camelo seja Zaqueu.
Somente quando o homem vem a Deus sem barganha, é que mesmo sendo ele um grande camelo, ele passa pelo fundo da agulha. E pior, ele pode ser até um camelo muito rico, pois esse “impossível para os homens” termina na hora em que o camelo admite que não pode passar.
Essa é a coisa impossível para o homem, e que é possível para Deus. Ninguém se salva, a menos que desista da salvação, e veja tal tarefa assim...tão caricatamente impossível para ele quanto fazer um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
Nesse dia de consciência total da impossibilidade absoluta de sua salvação, em confessando que se sabe disso, pela própria consciência da impossibilidade humana, o tal camelo passa para o outro lado; visto que Deus aciona a Graça da fé, que remete o camelo para o outro lado da agulha...
Assim, o camelo passa, não as riquezas que carrega em sua caravana de vaidades; mas ele mesmo passa...
Isto porque esta é decisão de Deus: operar a salvação em favor dos que desistem dela; e se abandonam na fé, como o publicano Zaqueu; mas não a libera como certeza na Graça em favor do rico penitente, que pensava que poderia “alcançar a vida eterna” por seus próprios méritos religiosos; portanto, sem a Graça.
Caminho da Graça
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