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sábado, 30 de outubro de 2010

As Patologias Crônicas Das Igrejas Institucionalizadas

As Igrejas Pentecostais

Nesta parte da série de estudos sobre As Patologias Crônicas Das Igrejas Institucionalizadas, enfocaremos o que impede as igrejas carismáticas, “avivadas” ou pentecostais, de experimentarem o Cristianismo original, de acordo com a vida da igreja que encontramos no Novo Testamento.

É preciso dizer inicialmente que não faço nenhuma objeção a um mover genuíno do Espírito Santo na igreja em nossos dias. Entretanto, sou da opinião que as igrejas pentecostais colocaram a carroça na frente dos bois. Eles procuram obter o poder do Espírito Santo antes de passarem pela experiência de morte na cruz.

Nas Escrituras, a cruz precede o Pentecostes. O Espírito Santo somente encontra seu lugar de habitação numa vida crucificada.

Começar pelo Espírito ao invés de pela cruz é perigoso para a vida espiritual. Primeiramente porque pode guiar a pessoa a uma busca por poder sem caráter; por experiência mística sem semelhança de Cristo; por excitação da alma sem discernimento espiritual. E os demônios atuam quando não há discernimento.

Muitas pessoas, em sua necessidade de serem tocadas por Deus, se tornam consumidores de todo vento de doutrina ou experiência que sopre sobre a igreja de Cristo (Ef. 4.14). Como conseqüência, muitas pessoas desenvolveram uma dependência doentia de fenômenos e experiências “sobrenaturais”. Esta dependência é semelhante a um vício, e obscurece o papel das Escrituras Sagradas na vida de um crente. Além disso, gera uma insegurança espiritual patológica.

Não digo que o movimento pentecostal seja sem valor para o corpo de Cristo. O pentecostalismo despertou na igreja contemporânea uma genuína fome pelo mover de Deus. Contribuiu para desenvolver uma teologia carismática onde os dons espirituais continuam sendo distribuídos aos membros da igreja. E nos presenteou com vários e belos cânticos de adoração.

Sua falha básica consiste em super-enfatizar a experiência sobrenatural. Em sua tendência de colocar os dons espirituais no trono, ao invés de Cristo – aquele que distribui os dons. E no seu zelo excessivo pelo sistema clerical. Francamente, o pastor de uma igreja pentecostal é o rei. E os membros dessas igrejas possuem pouca liberdade para funcionarem durante um culto.

O “guruismo cristão” também é endêmico nas igrejas pentecostais. “Profetas” poderosos e “apóstolos” são numerosos no movimento. Eles são reverenciados como ícones espirituais, quase possuindo fã-clubes.

Muitos pentecostais têm abraçado com devoção certos fenômenos que possuem pouca ou nenhuma base bíblica. Ao mesmo tempo, eles têm dado de ombros à experiência de vida em uma igreja tipicamente bíblica.

Paradoxalmente, a experiência que muitos pentecostais procuram só pode ser encontrada em uma igreja neotestamentária, orgânica. Quando as pessoas experimentam a autêntica vida no Corpo de Cristo, elas ficam curadas para sempre de seu vício por experiências místicas e de sua síndrome do avivamento. Elas descobrem vitalidade e estabilidade dentro de uma igreja local cativada e apaixonada por Cristo. Aqueles que têm sede de Deus irão encontrá-lo na ekklesia, pois ela é a sua paixão.

Infelizmente, a vida natural da igreja não flui em uma igreja pentecostal institucionalizada. A única esperança para elas é desplugar o clericarismo e conectar-se às Escrituras e às fontes da água da vida.


Igreja Orgânica

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A VERDADE DOS PREGADORES

O pregador, enquanto mediador da mensagem divina, ocupa lugar fundamental na pregação. Ele é reconhecido pelos ouvintes como o “canal da Palavra de Deus”, aquele que entrega o “recado de Deus” para os fiéis. A ideologia do “Ungido de Deus” camufla o sujeito histórico, suas visões de mundo, seus preconceitos e seus interesses nem sempre divinos, desvinculando-o da mensagem pregada.

Os próprios pregadores se compreendem como mediadores especiais e legítimos da mais pura e verdadeira palavra de Deus. Jerry Stanley Key, famoso pastor batista e professor de homilética diz pretensiosamente: “A nós, filhos de Deus, cabe o glorioso privilégio de sermos porta-vozes da palavra que dá vida”.

Entre os católicos também não é diferente, Leonardo Boff denunciou em Igreja Carisma e Poder que a autoridade religiosa se considera como a principal, se não a exclusiva, portadora da revelação de Deus ao mundo, com a missão de proclamá-la, explaná-la, mantê-la sempre intacta e pura e defendê-la. Guardadas as diferenças entre os cristianismos protestante e católico, não vemos motivos para não associar esta postura das autoridades católicas às praticadas pelos líderes das tradições protestantes, como deixa ver a declaração do pastor Stanley Key.

Parece que o princípio do sacerdócio universal de todos os crentes, pressuposto basilar da reforma, segundo o qual todos os crentes estão capacitados para, auxiliados pelo Espírito Santo, lerem e interpretarem a Bíblia, anda bastante desbotado nas igrejas protestantes, que preferem revigorar discursos e atitudes sacerdotais.

Boff observa habilmente que “esta compreensão da revelação divina como comunicação de verdade carrega consigo imediatamente uma conseqüência grave para o problema dos direitos humanos: a intolerância e o dogmatismo. Quem é portador da verdade absoluta [...] não pode tolerar outra verdade”. Aqueles que pretendem possuir a verdade redundam em intransigência e absolutismo.

As intolerâncias em geral e, em particular a intolerância religiosa, já se exasperaram suficientemente para percebermos que não podemos mais ambicionar a propagação de uma verdade única.

Enquanto o pregador continuar falando de um lugar praticamente inalcançável aos crentes, como se ele se transformasse em um ser semi-divino quando sobe ao púlpito, não será possível o desenvolvimento de cristãos autônomos, capazes de dialogar criticamente com o sermão exposto.

As asneiras políticas que protestantes e católicos têm difundido através das redes sociais na internet mostraram, mais uma vez, a alienação religiosa e o espírito de rebanho que submete a grande massa de evangélicos do Brasil.



Teologia do Cotidiano

domingo, 24 de outubro de 2010

Por que sou um sonhador?

Porque a alternativa é aceitar a realidade tal como é, sem qualquer esperança de mudança. Prefiro ser um sonhador a ser um cínico, que se entrega cegamente ao fatalismo.

Sonhadores são cúmplices de Deus na realização de Sua obra restauradora. Sonhadores são seres subversivos, que não se ajustam aos padrões vigentes. São rebeldes com causa! São seres pertencentes a outro mundo... um mundo ainda a ser criado.

São seres de outro tempo. Vieram do futuro pra nos avisar que tudo pode ser diferente.

É verdade que os sonhadores são ingênuos. Mas é essa ingenuidade infantil que subverte a ordem. É das crianças o Reino dos céus!

Sonhos são a matéria prima de que é feito o futuro. Deixar de sonhar é suicidar-se, é morrer estando vivo, é desistir de viver.

E quando os velhos sonham, os jovens têm visões. Adultos sonhadores produzem jovens visionários.

Prefiro o legado dos sonhadores à herança dos perversos.

Quanto ao passado, sou seu aluno, não seu refém.

Sou um sonhador, e nada mais. Mas estando em Cristo, sei que sou capaz.


Hermes Fernandes

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

REFLEXÃO

Poucos têm a consciência do verdadeiro evangelho. Do sentido do mesmo. O motivo do mesmo.
Mas a tristeza é que vários irmãos piedosos estão debaixo de carrascos pseudo-pregadores e estes irmãos por não conhecerem a palavra e serem massa de manobra acabam não vivendo a liberdade em Cristo.

E aí proponho outra reflexão: Nem todos são pensadores. Nem todos entendem. Nem todos são "líderes" e estes manobram pessoas.

Focamos apenas nos que ensinam errado.
Mas esquecemos das pessoas que estão sendo ensinadas (mea-culpa).
Estes últimos estão amarrados sem perceberem achando que são livres.

E no fundo o ser humano sempre se dividiu em duas espécies que se fundem ao mesmo tempo:

1. Necessidade de ídolos, mesmo que mudos. Quiçá os que falam e escrevem bem!
2. Necessidade de glória, reconhecimento: Orgulho, vaidade.

E aí o ser humano adora a si mesmo, pois, seu bem-estar é mais importante do que o outro.

E o amar ao próximo como a ti mesmo?
Bem, virou uma utopia intima não anunciada, lógico.

Pense nisso!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Coelho e o Elefante (1 minuto)


Banda gospel formada por PMs do Bope se prepara para lançar o primeiro CD

RIO - Conhecido por ser a tropa de elite e não entrar em confronto para perder, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) tem seu lado B. Um grupo de policiais evangélicos do mais temido setor da polícia criou a Tropa de Louvor, banda gospel com 14 integrantes, conforme mostra reportagem de Waleska Borges, publicada na edição desta terça-feira do GLOBO. Também conhecido como Caveiras de Cristo, o grupo se prepara para lançar o seu primeiro CD no dia 18, às 19h, no teatro do Sesi em Jacarepaguá. Com músicos de diferentes denominações religiosas, a banda bancou o CD, que custou cerca de R$ 20 mil.

Assista a uma das apresentações do grupo

Banda Tropa de Louvor, se apresenta na Igreja Transformando Vidas, em Higienópolis. Foto: Mônica Imbuzeiro - O GloboUm dos integrantes, o baterista e sargento do Bope Luiz André Monteiro, de 39 anos, conta que tudo começou em 2008, quando um grupo de militares fundou, na sede do batalhão, na Favela Tavares Bastos, no Catete, a Congregação Evangélica do Bope.
Um ano depois, foi criada a Tropa de Louvor. Para formar a banda - que se apresenta de camisa preta, com a inscrição "Se queres a paz, prepara-te para a guerra" -, policiais do Bope convidaram amigos civis da segurança privada. Atualmente, metade do grupo é de PMs e a outra é de civis.
Outras informações podem ser obtidas no site www.tropadelouvor.com.

Globo/Notícias Cristãs

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Importância do Modelo Neotestamentário

Quando Paulo foi confrontado com os que tentavam apartar-se do modelo que ele tinha dado às igrejas, respondeu com inusitada severidade, dizendo:

"Talvez saiu de vocês a palavra de Deus, ou apenas a vocês chegou? Se alguém crê ser profeta, ou espiritual, deve reconheçer que aquilo que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas se alguém discordar, deixemos ele em sua ignorância." (1 Coríntios 14:36-38)

Nos faria bem recordar que a verdade divina se entende tanto pelo preceito como pelo exemplo.

A verdade espiritual se ensina por meio de proposições éticas, bem como mediante palpáveis demonstrações de sua execução.

Este é o caso em toda a Bíblia, desde as histórias do Antigo Testamento, passando pelos relatos evangélicos até as idas e vindas dos apóstolos no Novo Testamento. Portanto, desestimar os princípios e exemplos orgânicos da Bíblia é trair as doutrinas da Bíblia, e conseqüentemente, perder a realidade espiritual que é inseparável das mesmas.

Surpreendentemente, mesmo que uma igreja troque o modelo neotestamentário por sua própria forma construída por ela mesma, até certo ponto, a bênção de Deus ainda pode permanecer sobre ela. Isto fez com que não poucos cristãos chegassem à conclusão de que os modelos apostólicos não são importantes. Mas não devemos nos enganar crendo que a bênção de Deus está desvinculada de sua aprovação . Por exemplo, a história de Israel contém a sóbria lição de como Deus ainda pode abençoar a um povo que substituiu o propósito divino pelos seus próprios.

Ao longo das jornadas de Israel no deserto, Deus supriu todas suas necessidades em forma sobrenatural, apesar do fato de que Ele estava continuamente enojado com eles, por causa de suas constantes murmurações. O mesmo ocorreu quando os filhos de Israel clamaram por um rei em sua rebelião contra a vontade divina, o Senhor condescendeu a seu desejo carnal (1 Samuel 8:1 e ss.). Apesar disso, Ele seguiu abençoando-os. Não obstante, trágicas conseqüências seguiram a sua limitada obediência (1 Samuel 8:11-18). Israel perdeu sua liberdade sob muitos monarcas maus, e a nação inteira sofreu uma série de juízos divinos devido à apostasía nos montes.

Há um triste paralelo entre a condição de Israel e a de grande parte do povo de Deus hoje, que optou por um sistema religioso atado à terra e manejado por homens.


Frank Viola

sábado, 16 de outubro de 2010

Estupradores da fé

Todos os dias observo comentários e observações medíocres de gente parasita e covarde que usa a religião, em especial a “evangélica” para justificar os erros e encontrar sentido para uma vida sem propósito. Entre estes há muitos que não conheço pessoalmente, mas também conheço a muitos, e o que me surpreende é a similaridade das mesmas ladainhas cansativas e repetitivas.

Gente que se deleita na construção de um sistema religioso falido, trocando sempre as peças humanas de reposição, criando novos líderes a molde de uma matriz corrupta, com intuito de sustentar o “maravilhoso mundo de Bob” no qual estão inseridos.

Estes que se negam a viver a realidade da vida sonegando suas agruras, encontram na igreja uma forma de não trabalhar, estudar e assumir responsabilidades. São covardes, Puxa-sacos, indicados ao ministério por pais, avós ou padrinhos da “fé”. Venderam sua alma em troca do poder ilusório, prostituíram a sua Inocência de criança, obtiveram prazer no abuso, e outros que em certo momento foram estuprados, hoje a molde de seus mentores são os estupradores.

Criam sistemas de regras, que se tais buscarem um sentido real poderá entender que a maior convicção que alcançaram, é que o que fazem simplesmente, é explicado pelo fato de que o fazem por fazer, em suma: eles mesmos não tem sentido em suas ações, são apenas movidos por uma necessidade de manter controle do sistema, amortecendo a consciência e fundamentalizando a bíblia, usando-se de versículos bíblicos fora de contexto.

Todas estas ações são premeditadas por mentes maquiavélicas e doentes dos estupradores da fé, condicionando os novos adeptos sobrecarregados de culpa com uma radicalidade extrema, comparada a usada por adestradores de cães, com isso tirando dos mesmos os resquícios de humanidade. Aproveitando-se da culpa sentida por estes miseráveis, seus adestradores criam um sistema de regra e redenção, onde a redenção esta sujeita a regra.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Cochichando...

Você já ouviu a voz de Deus? Talvez você responda sim, ou não...
Você já ouviu Deus cochichar em seu ouvido? Talvez você pense: “Claro que sim” ou “Isso é loucura, Deus não cochicha com ninguém”.
Existem momentos em que é muito difícil ouvir a voz de Deus, seja ela forte ou apenas um sussurro... Mas ele sempre está lá, mesmo que em silêncio, nos assistindo em nossa dor...

Estar em depressão é de repente se descobrir sozinho num mundo cheio de pessoas. É se sentir desamparado, mesmo que hajam muitas pessoas cuidando de você. É descobrir que você não quer mais estar em lugares em que normalmente você estaria. Tudo fica estranho ao seu redor. As pessoas se tornam estranhas para você...
O seu trabalho diário se torna oneroso e difícil... mesmo que você esteja acostumado a fazê-lo diariamente por anos a fio. Seu corpo parece que já não atende mais os comandos de seu cérebro, até porque seu cérebro parece tão cansado que passa a ser comandado por seu corpo.

O desejo de deitar e dormir por horas (ou quem sabe dias) acompanha você o tempo todo, e isso na melhor das hipóteses... Porque na pior delas o desejo é outro, mais sombrio... É o desejo de não mais viver. A diferença entre as duas opções é muito pouca (aos olhos humanos) porque dormir é não viver sobriamente o momento.
O choro vem nos momentos mais inesperados e pelos motivos menos condizentes. Na verdade não é preciso se ter um motivo para chorar, porque a própria vida se tornou um fardo doloroso...
Este é um dos “Vales da Sombra da Morte”...
Nestes momentos, a ajuda de um médico e de um psicoterapeuta são importantes, mas acredito que não substituam a ajuda de Deus.

Penso em Elias (I Reis 19), indo para o Monte Horebe (ou Sinai se preferir), o monte de Deus, fugindo mais uma vez de Jezabel, cansado, exausto, ferido pelo longo tempo passado em esconderijos. Ele se deita ao pé de uma árvore, pede para si a morte e dorme o sono depressivo dos mortais.
É acordado por um anjo, que lhe dá alimento e torna a dormir aquele sono depressivo. Novamente o anjo o acorda e lhe oferece uma nova refeição. Aquela refeição foi suficiente para que Elias andasse quarenta dias e quarenta noites, mas não foi o bastante para lhe tirar do “Vale das sombras” que o acompanhava.
No monte, Elias entra em uma caverna para passar a noite, onde o Senhor vai ao seu encontro.

No encontro com Deus, este lhe pergunta: “O que você faz aqui, Elias?”
Elias responde num lamento, como se não tivesse ouvido a pergunta: “Senhor, queimaram os teus altares, mataram os teus profetas e só eu fiquei vivo e querem tirar minha vida”.
Então Deus diz a Elias: “Saia da caverna e fique diante de mim, no monte”.
Elias então viu um vento forte que quebrou as rochas e rachou os morros, viu um terremoto, e viu um fogo, mas Deus não estava em nenhuma dessas manifestações poderosas.
Elias cobriu o rosto ao ouvir um sussurro suave, e colocou-se na entrada da caverna onde Deus novamente lhe pergunta: “O que você está fazendo aqui, Elias?”
Elias dá a mesma resposta, como se quisesse mostrar a Deus , o CONHECEDOR DE TODAS AS COISAS, a dor daquele momento e dizer: “Estou sozinho, Senhor”.
E o Senhor, QUE CURA TODAS AS FERIDAS, responde: “Você não está sozinho. Existem 7000 como você, que ainda me buscam”.

Reconheço que no Vale das Sombras é difícil chegar à presença de Deus, mesmo que a gente saiba que ele está ali, ao nosso lado ou mesmo que estamos em seus braços, e não percebemos.
Reconheço que no Vale das Sombras precisamos de “anjos” que nos alimentem com aquela comida que vai nos fortalecer para “chegarmos” ou “enxergarmos” a presença de Deus.
Reconheço que no Vale das Sombras o Senhor pode não se manifestar de uma maneira “poderosamente visível”, mas talvez em apenas num “cochichar” aos ouvidos.
Nesse “cochicho” baixinho Deus mostra que além de mim ou de você, leitor, existem tantos outros que podem estar feridos pelo caminho, mas que ele está cuidando com o mesmo carinho com que cuida mim e de você.

É esse “cochicho” carinhoso e poderoso que faz toda a diferença.

“Ele cura os que têm o coração partido e trata dos seus ferimentos”. Salmos 147:3 (NTLH)


Senhor, vem cochichar comigo...


Adelaide

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Profecia de Billy Graham

As seguintes palavras foram ditas nos anos de 1958 e 1965 por um dos maiores evangelistas que o mundo conheceu: Billy Graham. Sem dúvida foram palavras proféticas lançadas há cinco décadas atrás para a atual geração:

Multidões de cristãos estão chegando ao ponto de rejeitar a instituição que nós chamamos de Igreja. Eles estão começando a aderir formas mais simples de adoração. Estão famintos por uma experiencia pessoal e marcante com Jesus Cristo. Eles anseiam por uma fé que arda em seus corações. A menos que a Igreja recupere rapidamente a autoridade de sua mensagem bíblica, pode ser que testemunhemos um espetáculo em que milhões de cristãos deixarão a Igreja institucional em busca de alimento espiritual.1

Penso que uma das primeiras coisas que eu faria seria selecionar um pequeno grupo de oito, dez ou doze homens ao meu redor que estivessem dispostos a se reunir algumas horas por semana e pagar o preço. Isso lhes custaria algo em termos de tempo e esforços. Em alguns anos, eu compartilharia com eles tudo aquilo que tenho. Assim, eu formaria de entre os leigos doze ministros que, por sua vez, selecionariam mais oito, dez ou doze homens e os treinariam.

Conheço uma ou duas congregações que estão fazendo isso e estão revolucionando a Igreja. Penso que Cristo nos deu o padrão. Ele gastou a maior parte de seu tempo com estes homens. Ele não gastou a maior parte de seu tempo com as multidões. Na verdade, entre as multidões os resultados não foram muitos. Ao que me parece, os maiores resultados surgiram de sua ministração pessoal e do tempo que ele gastou com os doze.2

Via: Reimagining Church. Tradução: Pão & Vinho.

Penso que não há entre nós algum homem que tenha conhecido mais multidões do que Billy Graham. Para alguém que pisou em mais nações do que o próprio Cristo encarnado e encheu mais estádios do que qualquer apóstolo ou profeta bíblico, sua conclusão a respeito das multidões é simplesmente fascinante.

Voltemos à intimidade do Cenáculo!

Ecclesia semper reformanda est!

Notas

[1] World Aflame, pp. 79-80.
[2] “Billy Graham Speaks: The Evangelical World Prospect,” Christianity Today, vol.3, no.1, p.5, Oct.13, 1958.

domingo, 10 de outubro de 2010

Sem Barganhas com Deus

Uma leitura sobre a graça e a liberdade

"(...) a Graça [de Deus] pode ser objeto da idiota presunção humana de interpretá-la como licença para a prática da libertinagem. Libertinagem é a banalização da liberdade, fazendo-a tornar-se escravidão à necessidade e ao desejo, mas sob o escudo da pseudojustificação, que, nesse caso, justifica apenas o pecado, mas não liberta o pecador!" (p. 129)

Liberdade é a capacitação na Graça e na Verdade de poder escolher-se-deixar-levar pelo Espírito, que realiza o Bem de Deus no ser humano, conduzindo-o no Caminho Estreito que acontece, em fé, entre a Lei e a Libertinagem, na vereda do amor. (p. 16)

Do livro: Sem Barganhas com Deus

sábado, 9 de outubro de 2010

Mente que nem sente!

Assim como a Verdade é o Filho de Deus, a Mentira é a filha do Diabo (Jo.8:44), e como tal, é a cara do pai.
É mais fácil conviver com pessoas que tenham qualquer outra deficiência de caráter do que conviver com o mentiroso. Ninguém é mais perigoso que ele. E o pior que aos poucos ele vai se aprimorando na arte de mentir, até tornar-se num mentiroso compulsivo e contumaz, capaz de enganar a si mesmo e a todos ao seu redor.
Quando exposto à luz, fica logo nervoso, perde a linha, porque não suporta a verdade. Quer tirá-lo da linha, chame-o de mentiroso. Está mais preocupado com a sua imagem, a fim de manter a credibilidade e continuar enganando.
Nem todos os mentirosos mentem descaradamente. Alguns são mais sofisticados, e preferem usar meias-verdades, ou dissimulações. Sempre que usam tais artifícios, é para salvaguardar sua imagem ou levar alguma vantagem.

Todo mentiroso tem seus cúmplices. E o que ele não percebe é que eles são os primeiros a questionarem sua integridade quando suas mentiras lhes atingirem de alguma maneira. Por exemplo: o pai que mente a idade do filho para pagar meia-entrada no cinema. O dia que resolver menti para o filho, este será o primeiro a contestá-lo. Se sua esposa lhe ajuda a mentir, ela será a primeira não acreditar em você.
Mas há os que mentem juntos até a morte. Vivem um casamento de mentira, um ministério de mentirinha, um embuste. O livro de Atos dos Apóstolos nos revela a história de um casal de mentirosos, Ananias e Safira. Um dava cobertura ao outro. Infelizmente, não se arrependeram de seu engodo e acabaram fulminados.
A vida do mentiroso não é fácil, pois cada mentira equivale a um remendo numa roupa velha. Quando o rasgo é exposto, tem que fazer um remendo maior para cobrir o anterior. E assim, ele vai vivendo, de mentira em mentira, até o dia do grande rombo, quando tudo vem à tona.

Deus detesta tais expedientes. Entre as coisas abomináveis aos Seus olhos está a “língua mentirosa”, juntamente com “o que semeia contendas entre irmãos” (Pv.6:17-19). Por isso se diz que o que usa de engano não ficará em Sua casa (Sl.101:7).
O mentiroso não consegue manter amizades por muito tempo. Seus amigos são sempre substituídos por novos, porque os relacionamentos sofrem desgastes por causa de suas mentiras. Mesmo familiares preferem manter certa distância. Não suportam vê-lo se gabar daquilo que não possui.

Sem dúvida, o maior mentiroso é aquele que consegue enganar a si mesmo. Paulo nos garante que “os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm.3:13). Suas mentiras lhe soam como verdades. É o mentiroso sincero, mas não inocente aos olhos de Deus. Paulo admoesta: “Ninguém se engane a si mesmo” (1 Co.3:18). Tal exortação é um eco das encontradas ao longo das Escrituras, como a que denuncia àqueles que “se deixaram enganar por suas próprias mentiras” (Amós 2:4). Para chegar a este ponto, a pessoa teve que passar por treinamento intenso, enganando a outros. Enganar a si mesmo é a última fronteira atravessada pelo mentiroso. Uma espécie de pós-graduação em mentirologia.
Mas como tudo o que semeamos, um dia colhemos, chega a um ponto é que o mentiroso é vítima de sua própria astúcia. Um dia ele acaba se entregando sem querer. É só prestar bastante atenção em seu discurso, para perceber sua incoerência.

Não se deixe conduzir por quem usa de engano. Você cairá no mesmo abismo que ele. “Oh! povo meu! os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas” (Is.3:12b).
Se você ama a um mentiroso, trate de confrontá-lo para que se arrependa e não minta mais. Não tape o sol com a peneira. Não tente fingir que acredita em suas dissoluções. Enfrente-o! Seja ele seu cônjuge, seu filho, seu pastor, seu amigo, seu chefe.
Cuidado! Um dia você poderá ser vítima de sua peçonha. Se ele não poupou alguém que dizia amar, não poupará você quando se vir ameaçado.

Cuidado com o que você diz perto dele. Tudo poderá ser usado contra você de maneira distorcida. Afinal de contas, ele sabe jogar com as palavras, sabe dissimular, transformar verdades em mentiras e vice-versa. O que foi dito em forma de brincadeira, será contado como se fosse dito de maneira séria. Comentários em off, serão lançados contra o ventilador para tentar sujar sua reputação. O que ele quer é que você fique mal na fita, enquanto sua própria imagem seja realçado, como se fosse um herói. Até palavras que ele mesmo disse, serão atribuídas a você… Portanto, cuidado! Peça que Deus ponha um guarda à porta de sua boca (Sl.141:3). Lembre-se que “o hipócrita com a boca danifica o seu próximo” (Pv.11:9).

Alguns perderam totalmente o temor de Deus, sendo capazes até de jurar por Ele, para dar peso às suas mentiras (Sl.24:4). Sua consciência está cauterizada. Por isso se diz que tais pessoas “mentem que nem sentem”. Em vez de mentiras localizadas, suas vidas foram tomadas de mentiras generalizadas, como um câncer que se nega a retroceder.
E antes de difundir algo, procure ouvir as partes envolvidas para que você não corra o risco de ser injusto e cúmplice de uma mentira. Adotar a mentira dos outros é como adotar um filho do diabo, pois afinal, ele é o pai da mentira.

Genizah

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Diga SIM à liberdade religiosa!



"Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade."
1 João 3.18

A Organização da Conferência Islâmica, que compreende 57 países, sendo a maioria de população muçulmana, apresentará mais uma vez a Resolução da Difamação da Religião na Assembleia Geral das Nações Unidas, no final deste ano.

Seguindo uma mobilização global organizada pela Portas Abertas Internacional, o underground, ministério de jovens da Missão Portas Abertas, iniciou dia 1° de outubro a campanha Free to Believe, que tem o objetivo de arrecadar assinaturas em todo o país e unir-se a milhões de outros cristãos ao redor do mundo para se posicionar contra a Resolução da Difamação da Religião.

Essa resolução dá ao governo, o poder para determinar quais visões religiosas podem ou não podem se expressar nesses países predominantemente islâmicos. E ainda, dá ao estado o direito de punir aqueles que expressam posições religiosas "inaceitáveis", de acordo com eles. Portanto, a resolução, na verdade, legaliza a perseguição.

O abaixo-assinado servirá para demonstrar descontentamento e preocupação por parte dos cristãos brasileiros, mas, além disso, conscientizar a Igreja no país de que ela pode fazer diferença e atuar em favor daqueles que necessitam. O intuito é engajar os jovens, seus amigos, igreja, familiares, colegas de classe etc. para que essa resolução seja derrotada.

Quanto mais nomes forem arrecadados em todo o mundo, mais chance haverá de que a ONU não a aprove.

No Brasil, o abaixo-assinado pode ser preenchido online ou por meio de download do arquivo que pode ser impresso quantas vezes forem necessárias. Na página da campanha, existem recursos disponíveis como vídeos e material em Powerpoint. Para mais informações sobre a campanha Free to Believe, acesse www.portasabertas.org.br/freetobelieve ou ligue para (11) 5181 3330.

CLICK AQUI e Assine agora mesmo!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Padre se converte ao protestantismo e gera polêmica na Diocese de Cajazeiras - PB

O Padre Lourival Luiz de Sousa pediu na manhã deste sábado (01), o afastamento dos serviços sacerdotais da Igreja Católica. O documento foi entregue ao próprio Bispo da Diocese de Cajazeiras, Dom José Gonzáles.
Atualmente Lourival estava servindo em paróquias de Sousa e Cajazeiras, já que tinha entregado a paróquia de Belém do Brejo do Cruz, onde tinha recentemente ganhado desta comunidade uma passagem aérea com tudo pago para a comunidade Canção Nova em Cachoeira Paulista. Lá Padre Lourival, segundo informações foi bem recebido e teria participado de programa da emissora católica, na volta ao sertão da Paraíba, em cada missa que o sacerdote celebrava pregava muito que os católicos deixassem de idolatria e que se apegasse mais em Jesus Cristo, fonte de tudo.

Entenda o caso

Em entrevista exclusiva ao Portal Diário do Sertão, Lourival afirmou que sua mudança de religião se dá por não aceitar algumas coisas que acontecem dentro da crença católica, mais o ponto principal seria a questão da idolatria.
“Eu deixe a igreja católica, tirei a batina como se diz, e fui ao vivo entregar a carta de renúncia ao bispo Diocesano.” Disse o ex-padre.
Perguntado pela reportagem se ele poderia voltar atrás em sua decisão, Lourival foi rápido em sua resposta.
“Não tem condição de eu voltar porque eu conheço a palavra. Deixe eu dizer uma coisa a você, 90% das pessoas que estão na igreja, porque gostam deste negócio de imagem, gosta de procissão, a gente prega sobre a idolatria e aí as pessoas não aceitam que está na palavra, então este foi um dos grandes motivos da minha saída”. Disse.
O ex-padre sabe que a sua saída da igreja católica causará uma grande polêmica no meio católico, mas ele disse que está disposto a sofrer todas as conseqüências, em nome da palavra de Deus.

Currículo

Padre Lourival recebeu a ordenação ao sacerdócio católico em 18/06/2000 e exercia o sacerdócio há quase 10 anos. Ao longo desse período ele foi o pároco das cidades de Aguiar/PB, Igaraci/PB, Diamante/PB, Boa Ventura/PB, Curral Velho/PB e Belém do Brejo do Cruz/PB, tendo visitas marcantes em igrejas de outras cidades, e, ainda era auxiliar nas igrejas de Sousa e Cajazeiras.

Diocese se pronuncia

O portal Diário do Sertão procurou o Vigário Geral da Diocese, Padre Agripino Ferreira, que confirmou o afastamento de Padre Lourival de Sousa das suas funções sacerdotais. Agripino lamentou a saída do colega e afirmou à reportagem que espera que Lourival possa rever sua decisão.

Diário do Sertão/Notícias Cristãs

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Natureza Humana

A fim de entender o papel — tanto negativo quanto positivo — do corpo na vida espiritual e na vida em geral, precisamos compreender mais profundamente a natureza da personalidade, do caráter e da ação do ser humano.

Cada um de nós cresce num ambiente que nos ensina a falar, pensar, sentir e agir como os outros a nosso redor. Aprendemos por imitação.
Esse é o mecanismo pelo qual a personalidade humana é formada, o que, em grande parte, contribui para nosso bem.

No entanto, também insere em nós hábitos perversos que permeiam toda vida humana. Os padrões humanos comuns para lidar com "a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação cos bens" que, de acordo com o apóstolo João constituem "o mundo" (1Jo 2:16), controlam as crianças desde a mais tenra idade, pela participação na vida daqueles que as cercam.

As práticas pecaminosas tornam-se hábitos,depois, escolha e, por fim, caráter.

Pense nisso!

extraído do livro "A Grande Omissão - As dramáticas conseqüências de ser cristão
sem se tornar discípulo
" de Dallas Willard - pág.39

domingo, 3 de outubro de 2010

O camelo e o buraco da agulha

É mais fácil ser adepto da teologia da prosperidade do que da teologia da libertação (que dizem, já morreu, mas os que dizem se enganam).

Para quem deseja sucesso rápido, conforto, popularidade, e uma igreja crescendo sem parar, basta que se ofereça o evangelho numa embalagem adequada à burguesia.

Recomenda-se evitar: críticas ao acúmulo de riquezas, apêlos humanitários, referências a palavras solidariedade e justiça, opções ideológicas que favoreçam os pobres, demonstração de simpatia a expressões como "contrato social" e "outro mundo possível", sermões baseados nos profetas menores, convocações ao sacrifício, e similares.

Apenas dois problemas surgirão no caminho: o tribunal da consciência (que resistido acabará se dissolvendo) e o juízo final.

Pense nisso!

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